Bayeux é uma antiga cidade romana, que teve o seu primeiro bispo (St. Exupère) no século IV. Mas só no século XI foi construída (ou reconstruída) a grande catedral de Bayeux em estilo românico.
A construção dessa Catedral Românica foi iniciada pelo bispo Hugues d’Ivry (1011-1049) e continuada por Odo de Conteville (1050-1097).
Desta catedral persistem actualmente vários elementos: a cripta e a fachada da torre, reabilitada no período gótico.
A famosa tapeçaria de Bayeux, mais concretamente um bordado, é uma das principais atracções turísticas da cidade. Com 70 metros de comprimento, ela retrata os acontecimentos que levaram à conquista normanda da Inglaterra por William, duque da Normandia mais tarde rei da Inglaterra, contra Harold, conde de Wessex, e que culminou na Batalha de Hastings a qual assegurou o sucesso da invasão normanda em Inglaterra. Esta foi patrocinada por Odo e originalmente a intenção era pendura-la na nave da Catedral.
A catedral foi consagrada solenemente em 14 de Julho 1077, pelo Bispo Odo na presença do seu ilustre meio irmão, William o Conquistador, duque da Normandia e rei de Inglaterra e Matilda de Flandres, a rainha consorte.
Em 1105 a catedral românica foi em grande parte destruída por um fogo durante a guerra civil que opôs os filhos de William, o Conquistador (respectivamente Henry I Beauclerc, rei de Inglaterra e Robert Courtheuse, duque da Normandia).
A reconstrução da Catedral começou pouco tempo depois, sob a alçada do Bispo Richard II de Douvres (1107-1133) uma vez que esta foi fundada pelo próprio rei Henry II.
Mas durante a guerra civil que opôs o rei Stephen e a imperatriz Matilda (1135-1144) a catedral foi alvo de um outro fogo (1160). A reconstrução que tinha começado ainda em estilo românico, neste período cedeu lugar ao novo estilo arquitectónico gótico, importado da região de Ilha de França. É desta segunda parte do século XII que são oriundos os corredores da nave, o portal lateral sul e as fundações do capitulo da catedral.
A maior parte da Catedral actual, data contudo do século XIII. O coro foi construído entre 1220 e 1240. A nave foi construída em meados do século XIII, tendo sido decidido que o primeiro nível romanesco decorado no estilo típico do século XII seria preservado. Para o segundo nível foi escolhido um único nível gótico, uma das primeiras demonstrações do estilo gótico superior na Normandia, que permitiu inundar a nave com imensa luz.
As porções norte e sul do transepto foram cobertos com uma estrutura similar à usada para cobrir o coro durante a primeira metade do século XIII. A decoração foi adicionada na segunda parte do século. Ainda durante este século foram acrescentados os pináculos nas duas torres romanescas e a fachada oeste foi renovada no estilo gótico e adornada com cinco varandas.
As capelas das naves laterais foram acrescentadas entre meados dos séculos XIII e XIV.
A construção da base quadrangular da torre central começou durante a primeira metade do século XIV.
A baixa Normandia foi vitima das guerras da religiao em 1562, e a catedral sofreu ataques de pilhagem no pretexto da reforma. Muito do que foi destruido: órgãos mobiliário, estátuas, relíquias, só foi recuperado em fins do século XVI e XVII.
A catedral sofreu pouco durante a Revolução Francesa apesar de ter sido fechada durante 7 anos (1794-1801).
No século XIX foi levado a cabo um grande trabalho de restauro. A torre central estava em iminente risco de ruir, mas foi salva graças à participação de Eugène Flachat. O trabalho foi levado a cabo pelos arquitectos Henri de Dion e Louis Lasvignes (1857-1858).
A Catedral que se pode visitar actualmente é assim resultado de uma complexa e longa história.
No seu interior, a longa nave central e o púlpito de Jean-Louis Mangin (1789), captam de imediato a atenção de quem entra pelo portal norte.
Travessia do transepto Norte (seculo XIII), com vitrais coloridos entre o rendilhado da decoração, de Etienne Thevenot (1848). Exemplos de outros vitrais na catedral, inclusivé um onde por baixo se encontra um memorial da II GM.
Murais da capela de cruzamento sul, um com a Anunciação e a Santa Trindade (séc. XIII) e o outro com a Crucificação e Cenas da Vida de St. Nicolau (séc. XIII) e o Martir St. Thomas Becket (séc. XIX).
Coro e Altar Mor, na altura ainda parcialmente ocupado com um presépio de dimensões expressivas.
Representações religiosas de Nossa Senhora, Jesus Cristo e de Santos.
O grande órgão reconstruído por Aristide Cavaillé-Coll, em 1862.
Olá querida amiga, obrigada pelo maravilhoso comentário a respeito das multas aqui na Alemanha lá no meu blog…E ainda tem gente que acha que pode chegar aqui na Alemanha e correr feito louco pelas Autobahns só para se diverti…Beijos para vc!!!
Olá Angela!
Pois, lá porque as estradas alemãs são em geral óptimas, sobretudo nas autoestradas, e nestas a maior parte do tempo não haver limites de velocidade, quando os há, existem multas de excesso de velocidade, como em tudo, são rigorosos na sua aplicação.
Beijinhos
Cara “Turista”
A narração tão pormenorizada do artigo da “Turista”, sobre a Catedral, dando a conhecer toda a sua história e as fases pelo que passou, desde o início da sua construção, até ao presente, merece da minha parte, que lhe apresente os meus parabéns.
As fotos estão excelentes! O interior da Catedral é divinal!
Creia, que tive a oportunidade de a conhecer, mas, devido a compromissos, ficou adiado. Após este artigo da “Turista”, a vontade é maior!
Um ótimo fim de semana.
Beijinho.
Bom dia cara Executiva!
A catedral tem mesmo uma história riquíssima, que pude ficar a conhecer através do livro que o meu marido me comprou durante a sua visita à mesma, e que procurei sintetizar neste artigo.
O Interior da catedral merece indiscutivelmente uma visita.
Quiçá na sua próxima oportunidade para a visitar não tenha compromissos que inviabilizem a sua visita.
Beijinho e óptima semana