Culzean & Famous Grouse

O quarto dia na Escócia começou cedo no Radisson Blu Hotel em Glasgow, mas foi passado a cerca de 78 km a sul e a norte da cidade, (tirando respectivamente o tempo da viagem, para chegar a ambos) em dois locais distintos e que procuraram agradar a interesses diferentes.

Quarto dia na Escócia - mapa

O dia começou particularmente cedo por um motivo especial. Tinhamos que ir ao aeroporto de Glasgow para buscar um casal de amigos portugueses que chegava de Budapeste e com quem iríamos passar os próximos 3 dias a explorar um pouco mais o país.

Enquanto esperava que o seu voo aterrasse e que eles saíssem pela porta da saídas (claro), procurei ocupar o tempo a recolher algumas brochuras de locais que podiam ser interessantes de visitar nas imediações, mais ou menos distantes.

O primeiro destino, foi escolhido por mim, mas foi previamente vetado e aceite por todos.

Assim, deixamos Glasgow para trás e dirigimo-nos para sul e para a costa em direção ao Castelo Culzean, outro dos castelos com uma localização idílica que eu tinha imensa curiosidade e interesse em visitar.

A planta da propriedade ajuda a perceber melhor a extensão da mesma.

Castelo e Parque Culzean - plantaCulzean Castle and Park_0001

Mas sem duvida foi o Castelo, a “joia da coroa” da propriedade, o principal motivo de termos feito a viagem para chegar aquela costa na Escócia. E mesmo em um dia sombrio e cinzento, com reminescências de Outono, é incontornável a sua imponência.

Castelo Culzean - exterior

Assim como é indisputável a sua fantástica localização.

Paisagem avistada do Castelo Culzean

A visita ao interior do castelo reservou algumas surpresas, uma das quais envolveu-nos a todos a cooperar com o meu “5 Palmos”. Em todas as divisões havia um bonequinho da Lego escondido à vista, e cujo desafio era encontrar, um pouco no espírito da caça ao ovo, típica na Páscoa. Foi uma tarefa por vezes ardua, mas também divertida, e os 7 bonecos da Lego existentes foram encontrados…

A primeira sala visitada, a do Arsenal,  possui uma incrível colecção de armas dispostas de uma forma no mínimo muito artisitica. Para terem uma ideia, possui 716 pistolas, e em apenas uma das paredes 111 espadas.

Castelo Culzean - Arsenal

 A Biblioteca, um local muito aprazível e com uma iluminação natural providenciada pelas grandes janelas que possui voltadas para o mar.

Castelo Culzean - Biblioteca

A sala de jantar é muito harmoniosa e agradável, e transmitia uma sensação de vivida, muito provavelmente pela mesa preparada para uma refeição.

Castelo Culzean - Sala de Jantar

A escadaria oval no centro do Castelo tem um ar imponente. Da mesma pode-se espreitar o andar superior, acessível apenas aos que ficam alojados em um dos quartos do castelo que funciona como hotel – The Eisenhower, assim denominado dado o seu atigo residente, o General Dwight D. Eisenhower.

Castelo Culzean - escadaria interior

O Salão circular é impressionante, muito elegante e uma vez mais possui janelas voltadas para o mar que permitem apreciar a fantástica vista.

Castelo Culzean - salao circular

A Suite de quartos, iclui vários, o primeiro dos quais entitulado de “Gentleman’s State Dressing Room”.

Castelo Culzean - Primeira Suite

Castelo Culzean - antecamara

O primeiro de uma série de salões de estado mantem o esquema de cores do que estava em trend em fins do século XVIII.

Castelo Culzean - salao azul

O longo salão outrora denominado de grande salão no então castelo medieval, foi também referido como o Quarto dos quadros, uma vez que houve intenção de dispor tesouros de arte adquiridos por Sir. Thomas Kennedy na sua grande viagem.

Castelo Culzean - longo salão

Uma outra pequena sala, com um ar acolhedor, onde outrora seria servido o chá das cinco, antecede uma zona de quartos onde os mais pequenos residentes da casa dormiam .

Castelo Culzean - pequena sala

 O que nos quartos onde os mais pequenos dormiam, mais atraiu a minha atenção, foi o formato dos berços ou camas infantis, que mais lembram pequenos barcos.

Castelo Culzean - quartos infantis

Perto de uma pequena escadaria interior, um lembrete do motivo porque existe um quarto no castelo com nome homónimo, que foi oferecido e pertencia ao General Dwight D. Eisenhower.

Castelo Culzean - presente de agradecimento

Por último, na visita ao interior do Castelo, a cozinha, cheia de utensílios, e com uma mesa que pretende relembrar o que anteriormente lá era preparado.

Castelo Culzean - cozinha

De regresso ao exterior do castelo, um pouco mais do mesmo.

Castelo Culzean - exterior 2

E do parque que o rodeia.

Castelo Culzean - parque

Além de um livro sobre a História do Castelo e do Parque, de uma decoração para a árvore de Natal, adquiri igualmente dois postais na loja do Castelo.

Castelo Culzean

Depois de dada por concluida a visita ao Castelo Culzean e um pouco do seu extenso parque, era chegada a altura de rumar em direcção ao segundo destino, aquele que interessava mais aos nossos dois amigos pois ainda não tinham visitado nenhuma destilaria de Whisky na Escócia. A escolha recaiu sobre a denominada “The Famous Grouse Experience”, cujo panfleto tinha trazido do aeroporto de Glasgow.

A destilaria fica em Crieff, a norte de Glasgow, como o mapa no início do mapa assinala.

Famous Grouse Experience - localizaçao

A destilaria é facilmente identificável pelo seu edifício com as chaminés típicas, e com o inconfundível “Grouse” de grandes dimensões à entrada do parque de estacionamento.

Famous Grouse Experience - parque e edifício

Mas o conhecido Whisky The Famous Grouse, não é um Single Malt mas sim um Blended, o que significa que resulta da mistura de vários Single Malted. Como tal não se pode dizer que seja oriundo de uma destilaria exclusivamente. Desta forma escolheu para a sua “casa” a destilaria do Whisky Glenturret, a mais antiga destilaria da Escócia, fundada em 1775, que pertence ao mesmo grupo.

Famous Grouse Experience - destilaria

Durante a visita guiada à destilaria, por sinal a mais interessante e instructiva das que fiz durante estas férias na Escócia, sobretudo pela guia Australiana que tivemos, não foi possível, uma vez mais tirar fotografias nos espaços interiores.

Assim as únicas que possuo são as da loja, no fim da visita guiada, onde foi feita a prova de dois Whiskys, um dos quais um Famous Grouse fumado.

Algo interessante, é que é possível engarrafar a sua própria garrafa de Whisky, de uma edição anual especial.

E foi mesmo isso que o Earl e a Condessa de Strathearn, mais conhecidos como Duque e Duquesa de Cambridge, fizeram aquando da sua primeira visita oficial à região escocesa de  Strathearn em 2011.

Famous Grouse Experience - lojaFamous Grouse Experience - loja2

Um dia em cheio, que acabou em Glasgow…

Lagos, Montanhas e Castelos…

A Escócia é pródiga em Lagos, Montanhas e Castelos numa combinação. A outros níveis também, mas alguns desses talvez fiquem para outro artigo, ou já tenham sido mencionados anteriormente (como a quantidade de destilarias de Whisky que possui).

No terceiro dia na Escócia, o objectivo final era dormir em Glasgow, com acento tónico no dormir, porque queria aproveitar o máximo o percurso até lá.

Terceiro dia na Escócia - mapa

Mas a viagem começou na direcção oposta… pois o meu marido queria visitar uma destilaria que não tinha conseguido visitar no dia anterior, a Cardhu.

Comparada com a que tinhamos visitado no dia anterior, esta não me deixou tão “maravilhada”, mas com isso não pretendo dizer que a visita guiada à destilaria, não foi uma experiência enriquecedora, porque foi.

Cardhu - exterior destilaria

Não era possível tirar fotografias durante a visita guiada, pelo que apenas o pude fazer na area interior da loja, também reservada no fim da viagem à prova de 3 amostras Whiskies Cardhu.

Faço referência a esta precisão apenas porque os Cardhu são Whiskies Single Malt, mas faz parte da história da destilaria Cardhu o facto desta ter sido adquirida pela John Walker & Sons em 1893. Os Whiskies Johnnie Walker, porque se tratam de Blended Malt Whisky, são assim originários parcialmente desta destilaria, tendo esta como uma das suas legítima casas.

Convém referir igualmente, que na loja era possível adquirir Whiskies não apenas da Cardhu e Johnnie Walker, mas também de outras marcas escocesas da região que pertencem igualmente ao grupo Diageo.

Cardhu - interior loja

Depois da visita à destilaria, a viagem começou realmente no sentido pretendido… passando de novo por Inverness, em direção ao Lago Ness. Confesso que não andei à procura do Nessie, o conceituado monstro do lago. Ainda assim passamos pelo Centro e Exibição do Loch Ness, onde não faltavam réplicas e referências ao Nessie.

Centro do Loch Ness

Não permanecemos aí durante muito tempo, porque mais do que monstros estavamos mais interessados em avistar o Castelo Urquhart, ou mais concretamente as ruinas do mesmo que se encontra nas imediações, no Lago Ness.

Lago Ness e Castelo Urquhart

Com uma localização absolutamente fantástica, seria impossível ficar indiferente às ruinas do Castelo. Mas por se tratarem justamente de ruinas, não havia muito que realmente pudesse ser visitado (segundo os meus padrões), que me desculpem o sacrilégio, os que tem um particular interesse por arqueologia e ruinas.

Assim, depois de o avistar à distância, optei por aproveitar ao máximo o dia, continuando viagem com outro destino no pensamento.

Mas não se pode descontar o facto, que o percurso embora com paisagens dificeis de ignorar e que convidam a parar para as apreciar melhor, é composto por estradas predominantemente locais e em várias situações, apenas com uma estreita faixa de rodagem. Assim o percurso demorou bem mais que quaisquer expectativas minhas, por mais pessimistas que fossem.

Paisagem entre o Lago Ness e Inverarey _01

Paisagem entre o Lago Ness e Inverarey _02

E consequência dessa realidade, só chegamos ao destino intermédio, bem depois da hora deste fechar as suas portas ao publico e permitir ser visitado.

E sim, num país como a Escócia, com tantos, tantos castelos, era mesmo um que eu pretendia visitar, o Castelo de Inveraray.

Mas só consegui apreciar o exterior do Castelo (do século XVIII, mas que parcialmente já remontava ao século XV), casa ancestral do  Duque de Argyll, Chefe do Clan Campbell.

Castelo de Inverarey

A sua localização perto do Lago Fyne, insere-o numa paisagem ainda mais cativante, que as cores do entardecer só glorificam.

Lago Fyne

A chegada a Glasgow só aconteceu bem depois das 21h, mas valeu bem a pena, aproveitar o dia no percurso ao invés de no destino…

Nas Terras Altas escocesas

O segundo dia na Escócia começou no hotel, com um pequeno almoço continental para uns, e um tipicamente Macdonald escocês para outro.

Macdonald - pequeno almoço

O percurso previamente definido, sofreu alterações ao longo do dia, mas presumo que  o imprevisto também torna um dia de férias ainda mais interessante.

O mapa seguinte, (uma vez mais cortesia do Google maps) resume o resultado final, mas apenas em um sentido, porque o dia acabou uma vez mais no hotel em Inverness.

Segundo dia na Escócia - mapa

O primeiro local que mereceu uma paragem, foi totalmente inesperado. Era um local que o meu marido queria visitar mas que tinha desistido, ao constatar via internet que o local não estaria a laborar durante o período da Páscoa. Assim não se tinha preocupado em descobrir onde ficava concretamente.

No entanto, no percurso para o Castelo Dunrobin, ao apreciar a paisagem, vi uma tabuleta informativa que anunciava a proximidade da Destilaria Glenmorangie. Essa era justamente a destilaria sobre a qual o meu marido tinha pesquisado, e decidimos espreitar se realmente estaria tudo fechado ou se daria para visitar.

Glenmorangie street sign 1

Os prenuncios eram encorajadores, já que haviam vários automóveis, estacionados no parque.

Destilaria Glenmorangie 1

Efectivamente, era possível visitar a destilaria, mas foi a loja, em um  pequeno edífício anexo, que mais despertou a nossa atenção.

Destilaria Glenmorangie 2

A loja é elegante e selecta, e possuia algumas garrafas de Whisky que a avaliar pelo seu preço, suponho que só podiam ser excepcionais.

Destilaria Glenmorangie 3

Depois da destilaria, a viagem continuou em direcção ao Castelo Dunrobin, um dos castelos que eu tinha mais interesse em visitar nas Terras Altas escocesas.

Castelo Dunrobin - indicacao

O Castelo Dunrobin parece literalmente retirado de um Conto de Fadas.

Dunrobin Castle postcard

O Castelo Dunrobin é das grandes casas, a que se encontra mais a norte na Escócia, sendo mesmo a maior das Terras Altas com 189 quartos, e uma das casas britânicas mais antigas continuamente habitadas, datando em parte dos inícios dos anos 1300.

Trata-se da casa histórica dos Condes e Duques de Sutherland. A Primeira parte do edifício data de cerca de 1275 e possui várias extensões posteriores.

Eis a planta informativa do que se pode encontrar na propriedade.

Dunrobin Castle plan

E mesmo em um dia com muitas semelhanças a um outonal, não perde muito do seu encanto.

Castelo Dunrobin - castelo e jardim

Além do jardim, também tive o desprazer de visitar o Museu, anexo à propriedade, onde estão expostos os trofeus e comprovativos de caça dos ancestrais da família Sutherland. Para mim o museu pode ter o efeito de incentivar a caça furtiva, de alguma forma enaltecendo-a, o que só pode ter repercuções nefastas.

Castelo Dunrobin - Museu

Já dentro do Castelo, não era permitido tirar fotografias, pelo que as que possuo se limitam à entrada, onde se adquirem os bilhetes, o que não revela muito do seu interior.

Castelo Dunrobin - interior

Assim na loja não saí sem o Guia oficial do Castelo (e sem mais uma decoração para a minha árvore de Natal).

Dunrobin Castle guide

Após dar por concluida a visita ao castelo Dunrobin, eis chegada a altura de alterar os planos seguintes (que implicavam uma inversão de marcha e seguir no sentido contrário, em direccao à região de Speyside, especialmente pródiga em destilarias de Whisky).

Assim o destino continou em direcção à extremidade mais a norte da ilha da Grã-Bretanha, num percurso predominantemente junto à costa até John O’ Groats.

Percurso até John O Groats

O principal motivo para a visita a este vilarejo, é simples. O local é conhecido por ser uma das extremidades da distância mais longa entre dois pontos continentais britânicos habitados, com a extremidade da terra a sudoeste, em Cornwall a distar 876 milhas (1.410 quilômetros) de John O’ Groats.

John o Groats

Numa lojinha nas imediações, além de adquirir um postal ilustrativo do percurso destas 876 milhas, não resisti a comprar também uma bola com motivos escoceses para decorar a minha árvore de Natal.

John O Groats

Dever cumprido, chegamos a John O’ Groats, era por isso altura de finalmente regressar a Inverness, sem mais desvios previstos. Até porque o Castelo e Jardins de Mey, que fica nas imediações, estava ainda fechado ao publico.

A chegada a Inverness foi bem mais tardia que quaisquer previsões podiam antever, pois na viagem de regresso encontramos uma fila interminavel de veiculos na estrada, consequência de um veículo pesado a obstruir completamente as vias.

veiculo pesado na estrada

E descobrimos em “primeira mão” a parca quantidade de estradas alternativas e o quão estreitas, apenas com uma faixa de rodagem,  as estradas na Escócia podem ser.

O aspecto positivo do percurso alternativo utilizado, foi poder apreciar um pouco a costa oeste da Escócia, ver as ovelhas a uma incrível proximidade e desfrutar ainda mais da paisagem.

Percurso de regressoa a Inverness

Assim a chegada a Inverness foi apenas para jantar, e descobrir que a maioria dos Restaurantes escoceses estão interditos a menores de 16 anos a partir das 21h, por servirem bebidas alcoolicas e funcionarem como Pubs também.

Acabo este artigo com Inverness ao anoitecer, com o seu castelo e as margens junto ao Rio Ness.

Inverness ao anoitecer

Em terras da “Mary, Queen of Scots”

As férias da Páscoa 2017 começaram demasiado cedo, para quaisquer padrões convencionais, uma vez que o voo entre Munique e Edinburgo estava marcado para as 5:55 de manhã. Como se tratou de um voo directo, não houve atrasos dignos de referência, a chegada ao aeroporto de Edinburgo foi registada cerca das 7:20, hora local.

O aeroporto de Edinburgo, tratando-se do aeroporto da capital do país, admito que o esperava com maiores dimensões e melhores infraestruturas, nada comparável com o de Munique por exemplo. Suponho que seja reflexo do nível de afluxo diário de voos e passageiros, que ambos possuem, que justificará em parte essa diferença. Com isso não pretendo dizer, que se trate de um aeroporto rudimentar, ou que tenha sido complicado e demorado sair do mesmo, muito pelo contrário.

Aeroporto de Edinburgo

Com as malas despachadas já em nossa posse, o passo seguinte foi encontrar o balcão  de atendimento da Sixt, onde tinhamos previamente feito o aluguer de uma viatura. Aí o atendimento foi bastante expedito e agradável, conforme os padrões esperados. Houve mesmo um upgrade da viatura oferecida, o que é sempre agradável, e acabamos por saír do aeroporto com um Mercedes-Benz Classe C novo.

Auto - Sixt

Os planos para o primeiro dia na Escócia, não envolviam ficar na capital do país, antes rumar em direção à capital das Terras Altas escocesas (Highlands), mas não necessariamente optar pelo caminho mais directo para lá chegar.

A minha proposta implicava várias paragens durante o percurso, com o objectivo de explorar algumas atrações turísticas. Claro que à priori eu acho sempre que o tempo é elástico, que nós somos imunes ao cansaço (consequência de termos madrugado), e que por isso conseguimos visitar mais do que é humanamente possível.

O resultado final ficou bastante aquêm das minhas expectativas iniciais, mas no computo geral, ainda assim, diria que foi um sucesso. O mapa seguinte, “cortesia” do Google maps, ilustra os locais, no percurso, que efectivamente visitamos.

Primeiro dia na Escócia - mapa

O primeiro local onde paramos foi em Linlithgow. O motivo era simples, pretendia visitar o Palácio onde a Rainha Mary Stuart nasceu, o Palácio de Linlithgow.

O dia digno de Outono e não de Primavera, não nos impediu de desfrutar da agradável paisagem do Palácio e Igreja Paroquial de St Michael, avistada junto ao lago com nome homónimo.

Palácio de Linlithgow 1

Palácio de Linlithgow

O caminho de acesso principal ao Palácio, é feito passando primeiro por uma praça com a Cruz e seu icónico Poço no centro, local central da cidade onde se realizam mercados, cerimónias publicas e anúncios.

O edifício com uma torre de relógio, à esquerda do Poço na foto abaixo, foi outrora o edifício Municipal da cidade, construido entre 1668-70 por John Smith, baseado nos planos de John Mylne, Mestre Masson  de Charles I e Charles II. Actualmente é um Centro de Artes da Comunidade denominado de Burgh Halls.

Linlithgow 2

Poço da Cruz,  Antigo Edifício Municipal – Burgh Halls

Continuando pelo Kirkgate chega-se ao portão do Palácio, com os brasões que registram a linha real de sucessão. O Portão data de cerca de 1535, e os quatro paineis esculpidos e pintados representam as ordens de cavalaria transmitidas por James V – o Velo de Ouro, São Miguel, a Jarreteira e o Cardo.

Linlithgow 3

Imediatamente depois de se passar pelo portão do Palácio, encontra-se a Igreja Paroquial de S. Miguel.

A igreja foi consagrada em 1242, mas sofreu um fogo em 1424 e foi reconstruida pouco depois na sua forma actual. Em 1821 perdeu  a sua coroa de pedra do século XV, a qual foi substituida em 1964 pela actual de alumínio.

Linlithgow 4

Ao lado encontra-se o motivo principal da visita à cidade, o Palácio de Linlithgow.

Linlithgow 5

Uma casa senhorial real foi construida no local do presente palácio, no século XII. O actual edifício quadrado começou a ser construido em 1424 para o Rei James I e foi concluido após dois séculos. James V nasceu neste palácio em 1512 e Mary, Rainha dos Escoceses, em 1542.

O Parlamento Escocês encontrou-se no grande salão em diversas ocasiões, sendo que a ultima foi em 1646. O Palácio foi fortificado e ocupado durante 1650-59 por Oliver Cromwell, e eviscerado pelo fogo em 1746 depois da ocupação pelos soldados do Duque de Cumberland e permaneceu sem telhado desde então.

Actualmente encontra-se em ruinas, e por isso a visita que fizemos ao mesmo foi curta que o inicialmente previsto. A estátua no jardim é da Rainha Mary.

Palácio de Linlithgow 3

Onde despendemos mais tempo, foi a explorar a loja do Palácio. Aí adquiri um livro sobre os Castelos escoceses “Scottisch Castles & Fortifications” e um postal.

Linlithgow Palace

Depois de Linlithgow, o destino seguinte foi Stirling onde havia um castelo que queria impreterivelmente visitar, o Castelo de Stirling.

Ao contrário do anterior, este não se encontra em ruinas e tem muito mais para visitar.

Stirling Castle_0001

Como o castelo fica no cimo de um rochedo, a paisagem avistada do mesmo é magnifica, e o Monumento Wallace, à distância, destaca-se indiscutivelmente tornando-se incontornável.

Wallace Monument avistado do castelo de Stirling

O magnificente Castelo de Stirling dominou a história escocesa durante séculos, e permanece como um dos melhores exemplos da arquitectura renascentista na Escócia.

O edifício actual remonta aos séculos XV e XVI e foi defendido contra os Jacobitas em 1746. Entre 1881 e 1964 foi usado como um depósito para recrutas dos Highlanders de Argyll e Sutherland (Regimento de Infantaria), mas agora não serve quaisquer funções militares.

Gerações de monarcas escoceses, ampliaram, adaptaram e embelezaram o castelo durante séculos. O Palácio Real foi a casa de infância da Mary, Rainha dos Escoceses.

Não faltavam assim motivos, para este castelo ter caído no meu radar de castelos que queria visitar.

O mapa seguinte, retirado do site oficial do castelo, ilustra o quanto há para explorar no Castelo de Stirling.

Stirling Castle Map

E incontornavelmente, a visita exploratória começa passando pela entrada principal. Depois de apreciar as vistas e a estátua de Roberto I, embainhando a sua espada após a Batalha de Bannockburn em 1314.

Castelo Stirling 1

Depois de adquiridos os bilhetes, claro que visitei a loja do pátio, mas como se pode ver pelo mapa, essa não é a única loja nas instalações.

Após o controlo dos bilhetes encontra-se do lado esquerdo o acesso ao jardim da Rainha Anne, e do lado direito o Café Unicórnio (algo que despertou muito mais o interesse do meu “5 palmos”).

Castelo Stirling 2

Já o Esporão Francês com os seus canhões, fica por cima do Café, e do mesmo também se pode desfrutar de uma paisagem fantástica.

Castelo Stirling 3

E depois de apreciar a paisagem, eis que finalmente atravessamos o portão com as duas torres laterais circulares e chegamos ao pátio exterior.

Antes de visitarmos os Edifícios reais propriamente ditos, optamos por visitar primeiro a Cozinha, e a exposição de Tapeçarias.

Achei particularmente interessante na cozinha todo o ambiente encenado que parecia muito autêntico.

Castelo Stirling 4

Já a exposição de tapeçarias ajudou-me a perceber melhor o porquê do logótipo do Castelo ter um Unicórnio, uma vez que o tema das tapeçarias conta a história da Caça de um e qual o seu simbolismo. (As tapeçarias ilustradas nos placares, essas estão nas paredes das salas do Castelo.)

Castelo Stirling 5

De regresso agora ao Pátio Interior, as fachadas dos vários edifícios que o envolvem, evidenciam que não foram construidos simultaneamente, ambos foram resultado de ampliações sucessivas, pelos diferentes estilos e materiais usados.

Castelo Stirling 6

O Grande Salão (edificio com as fachadas exteriores pintadas de amarelo pálido, oficialmente, dourado real) foi concluido para James IV em 1503 e é o maior deste tipo alguma vez construido na Escócia. Foi usado para festas, danças e concursos e possui grandes janelas do lado onde se sentam os reis à mesa.

Castelo Stirling 7

Através de uma porta lateral ao fundo do salão, acede-se directamente ao edifício do Palácio Real. Trata-se de uma autêntica viagem no tempo, à época do reinado de James V, da infância da  Mary Stuart e da realeza do século XVI.

Além das divisões incrivelmente bem conservadas, tratadas e magnificamente decoradas, o que mais me agradou foram as personagens vestidas a rigor de acordo com época, com as quais podiamos interagir, e descobrir por essa via pormenores sobre as vivências, intrigas e acontecimentos da corte da altura.

Castelo Stirling 8

O terraço conhecido como Posto de Observação das Senhoras, como o próprio nome sugere, era usado pelas damas da corte para apreciarem a paisagem circundante. Acede-se ao mesmo através de uma porta do palácio para o exterior.

Castelo Stirling 9

Depois do palácio seguiu-se a visita ao Museu do Regimento, algo que confesso despertou mais o interesse e atenção do meu marido do que o meu.  Pessoalmente o que eu achei mais piada foi apreciar os Kilts e outros acessórios que constituem a indumentária típica e tradicional escocesa.

Castelo Stirling 10

Por fim, visitamos a Capela Real, o ultimo dos edificios reais erguidos no Castelo. Construida em apenas sete meses, por ordens de James VI que queria um local adequado para o baptismo do seu filho e herdeiro Principe Henrique. Data de 1593-4 e foi uma das primeiras igrejas protestantes na Escócia.

 

Castelo Stirling 11

A visita à descoberta deste castelo e de muitos dos seus recantos, agradou-me imenso, mas era chegada a altura de continuar viagem em direcção a Inverness.

Desta vez sem mais paragens previstas no percurso, pois o cansaço tinha-se apoderado dos “turistas” que madrugaram, e que só desejavam a paragem final, aquela que os levaria ao quarto do hotel.

A viagem exploratória pela Escócia continuou no dia seguinte por outras paragens…

Um dia no “Campo”

O segundo dia passado em Washington, foi sobretudo desfrutado fora da cidade…

A ideia começou no dia anterior, mas foi cerca das 4h da manhã, consequência uma vez mais dos efeitos do Jet Lag, e estarmos precocemente acordados, que a reserva foi feita, para visitar Mount Vernon no próprio dia, numa excursão de autocarro com partida às 11h de 420 L’Enfant Plaza SW, Washington, DC. A companhia que ofereceu o programa que procuravamos e com disponibilidade para o próprio dia foi a D.C. Trails.

Chegar à L’Enfant Plaza SW, não foi díficil, já que existe uma paragem da linha de metro com essa mesma designação.

A excursão oferecia a visita não apenas a Mount Vernon, destino principal pretendido, mas uma paragem intermédia para visitar a cidade histórica de Alexandria.

Outras excursões, ofereciam igualmente no pacote, a visita ao Cemitério Nacional de Arlington, mas confesso que não tinha um interesse particular em visita-lo, pelo que não fiquei  desapontada por aquela que marcamos não possuir.

Em Washington D.C, o condutor e guia turista, procurou conduzir o autocarro o mais lentamente possível, facultando o máximo de informações possível, sobre os locais e atracções turísticas por onde passavamos.

Saídos de Washington D.C., o autocarro conduziu-nos em direcção à cidade histórica de Alexandria, passando no percurso perto do Pentagono, por exemplo.

Na cidade de Alexandria paramos para uma curta visita à Igreja de Cristo, a Igreja que George Washington frequentava, enquanto viveu na cidade.

Igreja de Cristo - Alexandria

Historia da Igreja de Cristo

Depois da curta paragem na Igreja, regressamos ao autocarro, e demos algumas voltas pela cidade a uma incrível lenta velocidade, para melhor apreciarmos alguns edifícios que constituem o património histórico da cidade, incluindo aquela que é considerada a casa mais estreita e pequena dos EUA, uma escola para cães e a casa onde o General George Washington viveu na cidade (a casa branca com a decoração azul, vermelho e branco por baixo das janelas).

As casas históricas estão todas devidamente assinaladas na sua fachada com uma placa metálica em forma de uma elipse, e segundo o guia custam um absoluto balúrdio.

Alexandria

Depois de Alexandria ficar para trás, Mount Vernon começou a ficar cada vez mais perto até finalmente chegarmos ao destino.

Mount Vernon é uma extensa propriedade com plantação, localizada nas proximidades de Alexandria, no Estado da Virginia, junto ao Rio Potomac. Pertenceu ao Primeiro Presidente dos Estados Unidos, antes, durante e depois de o ter sido. Nela encontram-se vários edifícios, alguns que persistem desde o tempo em que George Washington lá viveu, como a mansão por exemplo, e outros bem mais recentes, e que tornam a visita ainda mais rica e agradável, destacando-se a este nível o Museu, a área de apoio, de restauração, e de lojas.

O bom estado de conservação actual deve-se ao empenho e dedicação da “Mount Vernon Ladies’ Association” (Associação das Damas de Mount Vernon), que se juntaram para impedir a deterioração da propriedade, reabrindo-a ao publico em 1860, depois de esta ter caído em declínio com após a morte de George Washington em 1799.

Mapa Mount Vernon

Após a paragem do autocarro nas imediações da propriedade, a primeira indicação de que estamos no local certo é a sinalectica informativa.

Mount Vernon_0002

Mais à frente é possivel adquirir os bilhetes para visitar a mansão num horário pré-determinado, mas no nosso caso os bilhetes faziam parte do pacote, pelo que foi só uma questão de os levantar na bilheteira (abaixo encontra-se o do meu “5 Palmos”, o único jovem do grupo).

Mount Vernon Ticket

E como não nos restava muito tempo para cumprirmos o horário no bilhete, convinha dirigirmo-nos para a mansão com diligência.

Mount Vernon_0010

No percurso, do lado esquerdo da mansão, encontra-se a Greenhouse, um dos maiores edifícos da propriedade, que servia para proteger não apenas as plantas, como uma estufa, mas também como residência dos escravos que trabalhavam na propriedade.

Mount Vernon_0013

Mas no interior da mansão, era expressamente proibido tirar fotografias, e eu cumpri as regras, pelo que não possuo nenhuma.

Assim as fotos que possuo são apenas do seu exterior, e neste caso, da fachada traseira da mansão.

Mount Vernon - Mansao

A paisagem que se pode avistar em frente à mesma, admito, essa realmente merece ser avistada todos os dias ao acordar e ao adormecer…

Vista sobre o Pontomac

Os estábulos remontam ao tempo do General G. W., e persistem pouco ou nada inalterados. Era aqui que ele guardava muitos dos seus cavalos e algumas carruagens, e escusado será dizer, que como General era um ótimo cavaleiro.

Mount Vernon - Estabulos

O Túmulo onde George Washington deixou escrito no seu testamento, que queria ser sepultado, e que foi construido posteriormente (mais de 30 anos depois da sua morte) segundo os seus planos, para esse efeito.

Mount Vernon - Tumulo de George Washington e esposa

A propriedade possui igualmente um Ancoradouro, utilizado actualmente, entre Abril e Outubro, pelos que fazem um cruzeiro pelo Rio Potomac e chegam por esta via para visitar Mount Vernon.

Mount Vernon - Ancoradouro

Mount Vernon - no Ancoradouro

A proximidade ao rio Potomac, era encarada pelo General George Washington, de forma positiva, por vários motivos, e não apenas paisagistas, afinal ele também gostava de pescar, era prático e tinha um espirito bastante empreendedor.

Mount Vernon - pescaria

E claro que não eram apenas “os recursos” do Rio, mas também os da Terra que eram extraidos da propriedade e alvo do espírito empreendedor de George Washington.

Perto do Ancoradouro, pode-se ver também o Pomar e o Viveiro de plantas da propriedade.

Mount Vernon - Pomar e Viveiro

Além da Agricultura, a  Pecuária, também era bem explorada na Propriedade, e por isso não faltavam nem faltam igualmente animais, como ovelhas por exemplo.

Mount Vernon - ovelhas

O Museu dedicado à vida e obra de George Washington, é uma magnífica lição histórica interactiva, que apreciei imenso visitar. Sem dúvida uma muito mais recente “aquisição” e mais valia para quem descobre Mount Vernon.

Mount Vernon -Museu 1

Mount Vernon -Museu 2

Mount Vernon -Museu 3

Depois da visita ao Museu, chegou finalmente à altura que o meu “5 Palmos” já pedia e ansiava fazia bastante tempo, almoçar.

E depois do almoço, pude deliciar-me um pouco na loja, descobrir que a porcelana que lá vendiam, inesperadamente era da Vista Alegre, e adquirir mais alguns enfeites para decorarem a minha árvore de Natal.

Mount Vernon - Loja

Mount Vernon - Loja 2

Depois da loja… e porque já estavamos em “cima da hora” combinada, era altura de regressar ao autocarro e fazer a viagem de regresso até Washington D.C.

Primeiro dia em Washington D.C.

O primeiro dia em Washington, começou cedo por efeitos de “jet lag”. O dia estava solarengo, e bastante primaveril com temperaturas bastante convidativas para passear pela cidade.

Washington DC

Com um mapa de Washington D.C. nas mãos (obtido na recepção do hotel), era chegada a altura de decidir qual o caminho a seguir e que local visitar primeiro.

washington-dc-capitol-hill-map

Atendendo a que o ponto de partida era Foggy Bottom, e que estava tudo por visitar, o percurso a seguir, que parecia fazer mais sentido, era continuar pela 23ª Rua até ao Lincoln Memorial (extremidade esquerda do mapa anterior).

No percurso ainda haviam vestígios da sinalização existente relativa ao dia de Inauguração do 58º Presidente, afinal todos os que quiseram assistir eram convidados fazê-lo, deslocando-se a pé.

sinalectica dia inauguracao

E também se passa pelo edifício do Instituto da Paz dos Estados Unidos.

Instituto de Paz dos Estados Unidos

Mas efectivamente era o “Lincoln Memorial” que merecia especial atenção de todos os turistas nas imediações.

Lincoln Memorial

E se era a monumental estátua de Abraham Lincoln no centro interior do memorial, que inspirava respeito e todos queriam ver e visitar, eram os discursos gravados nas paredes que lhe davam maior significado e importância por tudo o que representavam.

Discursos Lincoln

 Depois do Memorial de Abraham Lincoln ter ficado para trás, o Espelho de Água em frente ao Memorial, e o Monumento de Washington, um obelisco de enormes proporções, são impossíveis de ignorar.

O Espelho de Água foi apreciado e percorrido pelo seu lado Norte pelo que  só avistei à distância o Memorial dos Veteranos da Guerra da Coreia, com os seus soldados a lembrarem os típicos exércitos em terracotta, assim como o Distrito de Columbia War Memorial (com a forma de um Monóptero), que homenageia os cidadãos do Distrito de Colúmbia que serviram na Primeira Guerra Mundial.

Espelho de Agua em Frente ao Memorial de Lincoln

A colmatar na extremidade do Espelho de Agua, encontra-se o impressionante Memorial da Segunda Guerra Mundial.

Memorial da II Guerra Mundial

Depois de deambular um pouco pelo Memorial, a vontade de ingerir algo, de preferência sentada e num ambiente confortavel e acolhedor, fez-me desviar do “National Mall”, onde tirando as tradicionais carrinhas ambulantes de “Fast Food”, não existem cafés, restaurantes e afins nas imediações,  e subir a 17ª Rua NW, em busca de um local aprazível que preenchesse os requisitos pretendidos.

Mas a 17ª Rua NW, também não é uma rua qualquer, e são vários os edifíicios que lá se encontram dignos de referência. Como por exemplo o edifício principal da Organização dos Estados Unidos, o Memorial Continental Hall – Edificio principal da DAR (Daughters of the American Revolution), o edifício da American National Red Cross, ou o edifício do Corcoran School of the Arts & Design, e o majestoso Eisenhower Executive Office Building.

Na Rua 17 NW

Convém referir que o majestoso edifício Eisenhower fica ao lado do “West Wing da White House” e em frente  à Galeria Renwick, ou seja, está muito bem acompanhado e localizado.

Dwight D Eisenhower Executive Office Building - sinalectica

E como gosto de arte contemporânea, a Galeria Renwick, foi um dos museus que não perdi a oportunidade de visitar.

Renwick Gallery

Foram várias as peças expostas que apreciei bastante, eis apenas algumas delas:

Renwick Gallery - exposicao

Claro que depois de sair da Galeria, queria apreciar a “White House” o melhor possivel, atendendo ao que o extenso perímetro de segurança permitia. Mas foram as estatuas da Praça Lafayette  (norte da White House) que eu pude realmente ver de perto.

Praça Lafayette e White House

E se a White House era o local que todos queriam fotografar entre o gradeamento na Praça, uns metros mais à frente, e depois de passar na Avenida de Pensilvania, em frente aos edifícios do Tribunal Federal das Reclamações dos EUA, do PNC Bank – Bank of América, e do Tesouro dos EUA, na esquina entre a Rua 15ª NW e a Avenida de Nova York NW era certamente onde iriam a seguir, já que é onde se encontra a loja de souvenirs da Casa Branca.

Na Avenida de Pensilvania NW

E na montra da loja de souvenirs, não faltam artigos, alguns bastante peculiares até (como uma espécie de tarteira em vidro cuja cobertura parece a cupola do Capitólio). No interior a quantidade e diversidade de artigos é realmente enorme, e existe para todos os gostos e “preferências politicas” devo acrescentar. Não faltam as cores da Bandeira dos EUA, nem obviamente artigos com o popular slogan “Make America great Again”…

Loja de souvernirs da Casa Branca

(Não resisti a adquirir aqui duas decorações para a minha árvore de Natal, confesso: uma bola e uma decoração metálica alusiva ao Festival das flores de cerejeira.)

Descendo pelo passeio da Rua 15ª NW, pelo lado da loja, umas placas metálicas circulares no chão despertaram a minha atenção e interesse. Tratava-se afinal de um monumento denominado de “The Extra Mile” que pretendia homenagear desta forma pessoas ilustres em diversas áreas.

The extra Mile

O percurso continuou, o que me permitiu posteriormente, virando para a Rua E NW (perpendicular à 15ª), apreciar de novo a Casa Branca, mas agora a sua fachada Sul com os jardins.

Casa Branca - lado Sul

Depois da Casa Branca ter ficado para trás, era chegada a altura de regressar ao National Mall, e apreciar de perto o Obelisco conhecido como Monumento de Washington. Até à Primavera de 2019, não é possível visitar o interior do Monumento pois este encontra-se em obras de reparação e substituição do elevador, ainda por consequência do tremor-de-terra que afectou o estado da Virgínia em 2011.

Monumento de Washington

Deste “ponto central” no National Mall foi interessante vislumbrar os monumentos uma vez mais, que culminam na extremidade Oeste no Lincoln Memorial, e  na extremidade Este no imponente edifício do Capitólio. Foi curioso igualmente presenciar a quantidade de carrinhas de Fast Food que se alinhavam em frente, na rua mais próxima.

 Vistas a partir do Monumento de Washington

Depois de passar por este corredor de carrinhas de Fast Food, e nada imbuida do espírito tipicamente americano, de saciar a fome desta forma, continuei em direcção a um edifício que até então não sabia de que se tratava. Mas lá que tinha um design muito sui generis e um estilo que contrastava com todos os outros que ficavam em “Downtown” isso era inegável. Tratava-se afinal do Museu Nacional da História e Cultura Afro-Americana. Um Museu inaugurado em Outubro de 2016, pelo então Presidente Barack Obama.

Museu Nacional de História e Cultura Afro-Americana

Apesar de todos os Museus em Washington D.C. terem entrada gratuita (excepto três), existe um “catch” para visitar este. Ou seja, não é possível simplesmente chegar ao Museu, entrar e visitá-lo, é necessário possuir previamente bilhetes para esse efeito, e isso é obtido através do site do Museu aqui.

Como não tinha um interesse especial em visita-lo, não fiquei particularmente aborrecida ou transtornada com esse inconveniente.

Assim, a visita à cidade continuou passeando pela frente de vários outros museus que pertencem ao Instituto Smithsonian.

Mapa dos Museus do Instituto Smithsonian

Mas foram os Arquivos Nacionais dos Estados Unidos da América que me despertaram maior interesse em visitar, e por um motivo muito simples, era aqui que se podiam ver os documentos de Fundação dos Estados Unidos: A Declaração de Independência, a Constituição e a Declaração dos Direitos dos Estados Unidos.

Arquivos Nacionais dos Estado Unidos da América

O dia entretanto em termos atmosféricos deteriou-se consideravelmente, e começou a ficar cinzento, e a chover, tornando-se nada convidativo a continuar a explorar a cidade. Assim decidi regressar, mais cedo que o previsto, ao hotel e recuperar um pouco dos efeitos do jet lag que persistiam.

O que este primeiro dia em Washington me deixou completamente convencida, é o quanto “Downtown” se encontra “apinhada” de Edificios, Memoriais e monumentos  emblemáticos e de extrema importância para os EUA, por metro quadrado, sejam eles históricos, governamentais, museus, ou sede de organizações com reconhecida relevância a nivel mundial.

Isso, e o quanto é dificil encontrar lojas, cafés, restaurantes, ou algo do género, nas imediações da área do “National Mall“. (O pequeno-almoço foi tomado perto da Casa Branca, num Cosi, e o Almoço no Carmine’s)

Um pouco do “country side” da Salzburger Land

As temperaturas negativas persistem, mas continuam acompanhadas por dias lindos e solarengos, pelo que existe uma forte atracção, que me puxa para aproveitar o que a natureza tem para me oferecer.

A questão é que continuo a não ser adepta dos desportos típicos de Inverno, mas fiquei fã de descer a montanha de trenó, depois de o ter experimentado na semana anterior.

Assim a palavra chave para pesquisar locais onde houvesse essa possibilidade, em países de língua oficial alemã é “Rodelbahn“. (Porque não dizer “na Alemanha”? Porque atendendo à localização geográfica de Munique, nem sempre os locais mais perto e/ou mais interessantes ficam necessariamente na Alemanha, podem ficar por exemplo na Austria.)

E foi justamente com essa ideia em mente que a minha pesquisa se direccionou para o Estado de Salzburgo (Salzburger Land), na Áustria, uma das regiões contíguas ao distrito Administrativo de Oberbayern (Baviera Superior),  de que Munique é capital e que pertence ao Estado da Baviera.

Os mapas abaixo  ajudam a perceber um pouco melhor a sua localização relativa.

oberbayern-e-salzburg

Claro que não precisaria de sair de Oberbayern sequer, para encontrar o que procurava, mas se na semana anterior já o tinha feito, em busca da Região do Allgäu, no distrito Administrativo de Schwaben, porque não fazê-lo uma vez mais? (Admito que ainda considerei duas regiões em Oberbayern, Berchtesgadener Land e Garmisch-Partenkirchen. Mas por diferentes motivos, foram preteridas. Garmisch-Partenkirchen por exemplo estaria particularmente congestionada no fim-de-semana, dado decorrer aí o Campeonato do Mundo de Ski)

A pesquisa na internet recaiu não apenas em “Rollerbahn” mas também “Snowtubing”, algo que o meu “5 Palmos” queria e não tinha conseguido fazer na semana anterior.

Foi uma das Estâncias de Esqui da região “Ski Amadé“, a de Radstadt -Altenmarkt que mais me cativou. (Radstadt dista de Munique 199km, o que equivale a 2h de viagem)

radstadt

O motivo da escolha de Radstadt ficou a dever-se sobretudo ao facto deste possuir um percurso para descida com trenós de 6km (um dos mais longos na região). Para facilitar a decisão, este percurso tem iluminação noturna, o que me garantia um pouco mais de segurança caso houvesse algum infortúnio e precisasse de ser resgatada.

Por outro lado, a forma de chegar lá acima é com teleféricos para 8 pessoas irem sentadas (“8er Königslehenbahn I), estando estes sempre a circular, o que faz com que não se criem praticamente filas de espera.

Outras questões “técnicas” pertinentes:

  • O ponto de partida em Radstadt, fica a 858 m de altitude;
  • Existe um amplo parque de estacionamento disponível e gratuito;
  • É possivel alugar ou comprar equipamento e acessórios desportivos na loja existente perto do parque de estacionamento;
  • Existe nas imediações um Café-Restaurante, o Unterberg Salettl, onde é possivel recarregar energias;
  • No Königslehenbahn, é possível alugar os trenós por 5€ cada (+5€ de depósito a ser restituido no momento de devolução dos mesmos), imediatamente antes de se entrar nos funiculares.
  • A subida no Teleférico tem uma paragem numa estação intermédia, onde inclusivé as portas dos funiculares são automaticamente abertas, mas só se deve sair na estação final, em Kemahdhöhe, a 1571 m de altitude.

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radstadt-teleferico

Kemahdhöhe é a estação final de mais do que um percurso de teleféricos quer telecabines quer telecadeiras:

  • 3 – Königslehenbahn II, 
  • 4 – Kemahdhöhebahn,
  • 6 – Hochbifangbahn II,
  • 7 – Hochbifangbahn I.

No mapa de curvas de nível seguinte, retirado daqui, além dos percursos dos teleféricos atrás mencionados, encontra-se igualmente bem assinalado a vermelho o percurso efectuado pelos trenós.

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No fim da viagem de teleférico, é uma lufada de ar fresco maravilhosa. A paisagem montanhosa avistada de outra perspectiva, vale por si ter feito a subida, ainda mais num dia de sol como aquele com que me deparei.

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No cimo da montanha além das estações finais dos teleféricos, algumas com um ar mais futurista, existe o Restaurante, Bar e Terraço Sportalm que possui um ar rústico, de madeira, com gastronomia regional austriaca.

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Desfrutar da paisagem e explorar um pouco mais as imediações nunca parece demais, ainda mais num dia tão agradável como o que encontrei.

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E não é apenas natureza no seu explendor máximo o que se encontra. Também encontrei manifestações católicas como uma cruz e uma escultura de S. José, N. Senhora e do Menino Jesus. Mas o que mais me surpreendeu foi encontrar um coração metálico vermelho para colocar cadeados, como muitos fazem em pontes.

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E ao lado do coração vermelho é onde se encontra o ponto de partida do percurso de descida de trenós. Preparei-me  não apenas fisicamente mas também mentalmente para a descida, mas ainda assim, deixei muitos passarem-me à frente, mesmo crianças com aparente muito mais experiência e empolgação do que eu.

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O percurso é mais largo que o primeiro que experimentei, mas possui igualmente algumas curvas bem fechadas, e algumas extensões de 1, 2 ou mesmo 3 km onde a dificuldade é parar dada a velocidade a que se pode atingir.

Existem no entanto duas curtas extensões onde o percurso ao invés de descer sobe, pelo que, a não ser que se vá a grande velocidade o que nunca procurou ser o meu caso, tem que se subir puxando pelo trenó. Outras áreas são mais planas, e nessas também tive que puxar pelo trenó pois não levava lanço suficiente para as fazer de outra forma.

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Depois do percurso concluido, restou-me ficar com a sensação muito agradável e positiva de uma hora talvez, muito muito bem passada. Adorei uma vez mais a experiência e continuo com vontade de voltar a repeti-la, numa outra aventura, em outro local, com um novo trajecto…

Mas o dia não estava dado por concluido. A seguir era altura de partir à procura do Snowtubing…

E para isso, tinha-se que rumar de automóvel em direcção a St.Martin am Tennengebirge, onde o Snow Tube Jausenstation Monigold ficava. A distância entre ambos os locais é de cerca de 18km.

O Snowtubing lá foi agradável, apesar de em termos de extensão ser bastante curto, com cerca de 250m, e não conter grandes curvas e contra-curvas (como admito estava a contar).

O meu “5 Palmos” gostou bastante, apesar de ter ficado amplamente satisfeito com apenas 3 descidas. Eu confesso que me fiquei por 2.

Seguro, fácil e agradável para os mais novos e totalmente inexperientes, é sem dúvida um dos pontos fortes do local… O outro é que não estava nada concorrido, pelo que foi fácil estacionar, apesar da quase inexistência de parque de estacionamento nas imediações.

snowtubing-em-st-martin

Preparações com antecedência

Em Abril de 2016 o meu “5 palmos” fez a sua primeira comunhão. Um marco importante na sua vida de católico.

Os preparativos aqui na Alemanha começaram em Novembro do ano anterior, com uma reunião entre pais e pároco, onde a agenda das actividades foi apresentada e entregue, e alguns pormenores esclarecidos. Documentos foram solicitados e outros entregues.

Para as crianças as actividades começaram em Janeiro, com um primeiro encontro durante uma manhã de sábado. Neste foram definidos os grupos de crianças e as mães/pais responsáveis pela dinamização dos encontros.

De entre as actividades neste primeiro dia constou a decoração de uma vela, a vela do grupo, a construção e pintura de um mural com o tema da Primeira Comunhão e a pintura de um longo tapete de papel (que foi guardado e seria usado exclusivamente no dia da Primeira Comunhão).

O tema escolhido foi “Vem em busca dos Vestigios”.

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O encontro terminou com uma celebração na igreja na qual os pais também participaram.

A este primeiro encontro seguiram-se os semanais, de uma hora, durante um dos dias da semana, cada um com um tema definido.

O grupo do meu “5 palmos”, por exemplo, era constituido por 5 crianças e três mães, mas o número de crianças e de adultos por grupo variava.

Lembro-me que em um dos encontros semanais fizeram pão (ou mais concretamente vários pães), e no fim, os pais ou encarregados de educação, foram convidados a aparecer e participar num lanche, onde o pão foi o centro das atenções.

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Em outro dos encontros, os pais e ou encarregados de educação tiveram mesmo que estar presentes, pois a decoração da vela de comunhão era o que estava na “ordem do dia” e foi uma actividade realizada pelas crianças com a ajuda muito activa e participativa dos pais.

Não se esperavam velas perfeitas, mas foram sem duvida decoradas com muito carinho e atenção, obtendo-se algo único, pessoal e intransmissível.

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Sabendo previamente que um dia teria que ajudar a decorar a vela de comunhão do meu “5 palmos”, procurei com antecedência pensar num tema que se enquadrasse bem para a primeira comunhão, com uma “imagem” que se pudesse usar em vários elementos.

A decoração da vela, como a imagem anterior deixa um pouco transparecer, consistiu num barco com duas velas, uma com o cálice e a hóstia, e outra com um cacho de uvas, e um mastro a formar uma cruz. Umas ondas do mar com uns peixes estilizados completaram a imagem. Tudo feito com folhas de cera com as tonalidades azul e prateado, e umas fitas de cera. Em baixo letras e números a formarem as palavras 1ª Comunhão, o nome do meu filho e a data do evento.

A inspiração ocorreu-me depois de desfolhar um livro do tipo “faça você mesmo” propositamente para este tipo de eventos. Claro que o comprei, para o poder ver e rever com mais atenção e tempo.

livro-de-ideias

O tema escolhido foi “Com Deus no caminho” (mit Gott Unterwegs!), tendo sido usado nos convites,  ementas & marcadores de mesa, e cartões de lembrança. A ideia central consistiu num simples barco de origami a navegar sobre as ondas.

O primeiro passo passou por comprar os materiais necessários, e para isso a loja Idee em Munique foi o local ideal para encontrar desde folhas de papel, cartões, envelopes, letras, palavras e figuras autocolantes, até pequenos peixes prateados em madeira.

E de umas simples folhas de papel com padrões (e um pouco mais) resultaram, com tempo, carinho e dedicação algumas das coisas que eu, depois de ter comprado o livro, decidi que tinha de “fazer eu mesma”.

folha-com-padrao

convites-e-afins

Uma vez que adquiri “alguma experiência” com a decoração da vela de comunhão, comprei velas pequeninas e decorei-as com o mesmo tema, tornando-as nas lembranças para oferecer aos convidados.

Não satisfeita, achei que tinha que tornar a mesa do almoço da comunhão, também no espírito do tema. Para isso, adquiri dois barcos 3D em papel, que pintei, um Kit da Rayer com dois peixes, e extra um outro peixe maior também de esferovite bem como mais alfinetes e lantejoulas. Tecido azul de mousseline para colocar no centro da mesa e imitar as ondas do mar, finalizaram o resultado pretendido.

a-mesa

Para terminar, o bolo de comunhão não poderia faltar. E esse não teria conseguido fazer sem a inestimável e imprescindível ajuda na decoração, de uma querida e insubstituível amiga.

bolo

Como nota final quero apenas referir, que o local escolhido para a realização do almoço da Comunhão, foi o Restaurante Chinesicher Turm,  inserido no English Garten no centro de Munique.

Foi um dia perfeito em todos os sentidos, tirando o facto de ter sido digno de um típico dia de Inverno, onde até a neve quis marcar a sua presença.

Nebelhorn no Inverno

Depois da chegada do Inverno, da queda com alguma frequência de neve e das temperaturas médias a manterem-se negativas dia após dia, sem qualquer previsão de mudança nos dias mais próximos, afiguravam-se duas alternativas.

“Não querer encarar o frio” e evitar ao máximo sair de casa, ou acolher a neve e as temperaturas negativas de braços abertos e com a roupa apropriada vestida (com caracteristicas de isolamento térmico, de preferência) e sair de casa para me divertir na neve.

Se a influenciar a escolha se presenciar um dia lindo de sol, então a tomada de decisão é facilitada e a opção escolhida é óbvia.

Confesso que nunca fui fã de “férias de Inverno”, ao contrário de alguns amigos meus para os quais tais férias são incontornáveis e mesmo as preferidas.

Assim não é de estranhar, que esqui ou snowboard são desportos que não me atraem, ainda mais porque não são raras as notícias de acidentes na prática dos mesmos.

No entanto tal não me deve impedir de me divertir na neve, se a oportunidade para isso existir.

Foi nesse sentido que recorri ao site Bayern.by com o objectivo de encontrar na Baviera, locais onde pudesse fazer Snowtubing. Foram várias as alternativas encontradas, algumas mais perto de Munique outras menos. Como em Bayrischzell já tinha estado, essa opção foi descartada em prol de outra região que ainda não conhecesse.

A escolha recaiu sobre Nebelhorn, seduzida pela existência de um Snowpark com vários equipamentos disponíveis (inclusivé para a prática de snowtubing) apresentada pelo NTC – Sport Oberstdorf  (Centro de Desportos de Inverno de Nebelhorn).

Oberstdorf fica na região de Allgäu na Baviera, e dista cerca de 171km (2h12) de Munique. Não posso dizer que tenha sido a opção mais perto de casa, mas foi uma bem acertada. (A rede de estradas é boa e as autoestradas na Alemanha, têm em geral um ótimo nível de conservação, em algumas áreas não existem limites de velocidade, e não se pagam quaisquer portagens, o que ajuda bastante e facilita a decidir, quando se pretende fazer uma viagem com mais de uma centena de quilómetros, e se tenciona regressar no mesmo dia).

O Allgäu é uma região rica para quem quer desfrutar da Natureza, em qualquer estação do ano, no Inverno em especial, e era mesmo isso o que eu procurava.

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E Nebelhorn não decepcionou nesse sentido.

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O mapa retirado do site Das Höchste ajuda a perceber melhor o que se pode encontrar no Nebelhorn não apenas em termos de desportos de Inverno (pistas de esqui não faltam, com diferentes graus de dificuldade como convém) mas também outras formas de desfrutar intensamente da neve com o devido conforto (Restauração, Serviços de Apoio, Funiculares, etc).

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O Wintererlebnispark, foi o local onde encontraria a forma ideal para me divertir na Neve, e para lá chegar tive que subir no Nebelhornbahn desde a base em Oberstdorf a 813m até à Estação Seealpe a 1280m.

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A paisagem avistada a 1280m de altitude é retemperadora e o ar fresco que se inspira é do mais saudável possível.

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Se a ideia original era a prática de Snowtubing, a aparente insuficiência de neve para o efeito, impediu que o percurso estivesse criado, e por isso não avistei um único “pneu gigante insuflável” também conhecido por Snow Tube, para amostra.

Mas trenós não faltavam, quer os tradicionais de madeira quer os Zipflracer, uma versão mais aerodinâmica de plástico. Escusado será dizer que optei por um destes ultimos.

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Também haviam Snowbikes, Skifox, Skibockerl, Snowscooter e SMX, mas além de serem mais dificeis de controlar, para alguém tão inexperiente quanto eu, com nenhuma destas outras opções poderia descer a montanha.

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E descer a montanha pela pista de trenós, foi mesmo o que eu fiz depois de ter andado várias vezes a treinar na estação Seealpe, com o trenó plástico laranja que aluguei por 5€.

“Desde a estação”Seealpe” (1280m)  até ao vale são 2,5 km de caminho com declive. Com uma diferença de altura vertical de 450m você pode fazer um passeio de trenó e descer a montanha. Os Trenós podem ser alugados no restaurante ao lado da estação “Seealpe” [ou no centro de actividades NTC]”

Foi mesmo o que esta descrição sugere o que eu fiz, e que para mim foi adrenalina pura, principalmente fazer a alta velocidade as curvas muito acentuadas do percurso, e ter a sensação que podia sair do mesmo e cair pela montanha a baixo, a qualquer momento.

Claro que fotos que relatam essa experiência são escassas, pois convinha que me agarrasse bem ao manipulo do trenó para evitar maiores estragos.

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Mas dá para ficarem com uma pequena ideia de algumas das curvas, e de como o caminho tinha áreas bem irregulares que convidavam a quedas ou saltos, dependendo da velocidade a que se vinha.

Para mim, foi uma experiência incrível, que adorei, mas cuja chegada ao fim foi muito bem acolhida, com a sensação: consegui e cheguei inteira.

Neve a cobrir-me não faltou, até porque, uma árvore não satisfeita com o que eu já tinha conseguido sozinha, decidiu atirar-me uma “bola de Neve” directamente na minha cara.

Regresso depois das Férias…

As férias natalícias são sempre vividas com particular intensidade, repletas de momentos emotivos, onde o assento tónico é colocado nas vivências em família.

Não são um período rico em termos exploratórios de novos locais e experiências, no entanto, mesmo no ultimo dia de 2016, a caminho do local onde passaria o Reveillon, houve a oportunidade de visitar uma das “aldeias históricas de Portugal“, relativamente perto da fronteira  do país com Espanha, Monsanto.

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Por certo várias aldeias são consideradas tipicamente portuguesas, mas segundo este Postal adquirido no local, Monsanto considera-se a “mais portuguesa”.

Motivos para isso não faltam, pois o prospecto de Monsanto no âmbito das Aldeias Históricas de Portugal,  faz referência a dois titulos que lhe foram atribuidos no século XX, em 1938 “Aldeia mais Portuguesa de Portugal” e em 1995 “Aldeia Histórica”.

O mapa/esquema seguinte, revela as principais atrações turísticas e pontos de interesse que  a Aldeia de Monsanto possui (e foi retirado do panfleto turístico disponível no site das Aldeias Históricas).

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Uma das vantagens, ou talvez não, de ter visitado esta aldeia no último dia do ano, é que não estava particularmente lotada de turistas, muito pelo contrário. Mas talvez também porque as expectativas eram essas, o posto de turismo estava fechado. Felizmente uma lojinha de “souvenirs” da região estava aberta, e na mesma pude adquirir postais e o prospecto já acima mencionado, o que foi bastante util, para a visita à descoberta da aldeia.

A chegada à aldeia com estradas locais estreitas e com curvas não facilitam o acesso e não convidam ao estacionamento, até porque que não há muitos locais disponíveis para o efeito. Por isso visitar a aldeia num dia parco em turistas, foi uma vantagem, pois não foi dificil encontrar um local para estacionar o automovel.

As imagens tiradas, num dia “solarengo” pemitem ficarem com uma ideia do que podem encontrar por lá, tudo muito bem explicado dada a sinaléctica existente, e que ajuda sempre.

1 – Porta do Espírito Santo ou de São Sebastião &  2 – Capela do Espírito Santo

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3 – Chafariz do Meio

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4 – Casa de Fernando Namora

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5 – Cruzeiro de S. Salvador

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 7 – Igreja Matriz ou de S. Salvador

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8 – Solar dos Pinheiros e Chafariz do Mono

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9 – Solar do Marquês da Graciosa

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12 – Antigo Consultório de Fernando Namora

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13 – Igreja da Misericórdia

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14 – Torre de Lucano ou do Relógio

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A fantástica paisagem avistada do Miradouro do Forno (20)

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21 – Gruta

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22 – Percurso e Subida para o Castelo

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A chegada ao Castelo, é conseguida depois de uma subida com um declive acentuado, mas não particularmente dificil. Confesso que quando vi o percurso pensei que iria ser mais dificil e demorado atingir o topo, e nem estava com calçado apropriado para a caminhada.

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A vista panorâmica do castelo permite identificar melhor o que este guarda entre as suas muralhas.

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Capela de Santa Maria do Castelo, é um dos focos de interesse.

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A Cisterna destaca-se no centro do recinto.

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A Porta Falsa ou de Traição é uma das formas de sair do Castelo e de regressar ao centro da Aldeia, mas o percurso escorregadio descendente foi-me desaconselhado no Inverno. Do lado direito desta Porta é onde se encontra a Torre Perimetral. Para além da porta, no entanto, a paisagem que se avista, essa não é nada proibitiva, antes muito convidativa.

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A visita à Citadela permite vislumbrar igualmente uma paisagem privilegiada sobre a aldeia.

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Fora das muralhas do Castelo existem outros focos de interesse, e pouco depois da saída do mesmo, encontra-se a Capela de S. Miguel.

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Continuando o percurso descendente outros locais merecem atenção, mas também é mais uma oportunidade para apreciar um pouco mais o castelo.

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As Furdas, conhecidas por pocilgas, ao contrário do que seria o caso anteriormente, não inspiram actualmente repugnância pois não emitem qualquer odor nauseabundo.

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Termino este artigo com imagens que transpiram um pouco mais o ambiente que se vive na aldeia e que a tornam peculiar. Espero que “abram ainda mais o apetite” a visitarem-na (caso ainda não o tenham feito) e a descobri-la com os vossos próprios olhos.

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