Primeiro dia em Washington D.C.

O primeiro dia em Washington, começou cedo por efeitos de “jet lag”. O dia estava solarengo, e bastante primaveril com temperaturas bastante convidativas para passear pela cidade.

Washington DC

Com um mapa de Washington D.C. nas mãos (obtido na recepção do hotel), era chegada a altura de decidir qual o caminho a seguir e que local visitar primeiro.

washington-dc-capitol-hill-map

Atendendo a que o ponto de partida era Foggy Bottom, e que estava tudo por visitar, o percurso a seguir, que parecia fazer mais sentido, era continuar pela 23ª Rua até ao Lincoln Memorial (extremidade esquerda do mapa anterior).

No percurso ainda haviam vestígios da sinalização existente relativa ao dia de Inauguração do 58º Presidente, afinal todos os que quiseram assistir eram convidados fazê-lo, deslocando-se a pé.

sinalectica dia inauguracao

E também se passa pelo edifício do Instituto da Paz dos Estados Unidos.

Instituto de Paz dos Estados Unidos

Mas efectivamente era o “Lincoln Memorial” que merecia especial atenção de todos os turistas nas imediações.

Lincoln Memorial

E se era a monumental estátua de Abraham Lincoln no centro interior do memorial, que inspirava respeito e todos queriam ver e visitar, eram os discursos gravados nas paredes que lhe davam maior significado e importância por tudo o que representavam.

Discursos Lincoln

 Depois do Memorial de Abraham Lincoln ter ficado para trás, o Espelho de Água em frente ao Memorial, e o Monumento de Washington, um obelisco de enormes proporções, são impossíveis de ignorar.

O Espelho de Água foi apreciado e percorrido pelo seu lado Norte pelo que  só avistei à distância o Memorial dos Veteranos da Guerra da Coreia, com os seus soldados a lembrarem os típicos exércitos em terracotta, assim como o Distrito de Columbia War Memorial (com a forma de um Monóptero), que homenageia os cidadãos do Distrito de Colúmbia que serviram na Primeira Guerra Mundial.

Espelho de Agua em Frente ao Memorial de Lincoln

A colmatar na extremidade do Espelho de Agua, encontra-se o impressionante Memorial da Segunda Guerra Mundial.

Memorial da II Guerra Mundial

Depois de deambular um pouco pelo Memorial, a vontade de ingerir algo, de preferência sentada e num ambiente confortavel e acolhedor, fez-me desviar do “National Mall”, onde tirando as tradicionais carrinhas ambulantes de “Fast Food”, não existem cafés, restaurantes e afins nas imediações,  e subir a 17ª Rua NW, em busca de um local aprazível que preenchesse os requisitos pretendidos.

Mas a 17ª Rua NW, também não é uma rua qualquer, e são vários os edifíicios que lá se encontram dignos de referência. Como por exemplo o edifício principal da Organização dos Estados Unidos, o Memorial Continental Hall – Edificio principal da DAR (Daughters of the American Revolution), o edifício da American National Red Cross, ou o edifício do Corcoran School of the Arts & Design, e o majestoso Eisenhower Executive Office Building.

Na Rua 17 NW

Convém referir que o majestoso edifício Eisenhower fica ao lado do “West Wing da White House” e em frente  à Galeria Renwick, ou seja, está muito bem acompanhado e localizado.

Dwight D Eisenhower Executive Office Building - sinalectica

E como gosto de arte contemporânea, a Galeria Renwick, foi um dos museus que não perdi a oportunidade de visitar.

Renwick Gallery

Foram várias as peças expostas que apreciei bastante, eis apenas algumas delas:

Renwick Gallery - exposicao

Claro que depois de sair da Galeria, queria apreciar a “White House” o melhor possivel, atendendo ao que o extenso perímetro de segurança permitia. Mas foram as estatuas da Praça Lafayette  (norte da White House) que eu pude realmente ver de perto.

Praça Lafayette e White House

E se a White House era o local que todos queriam fotografar entre o gradeamento na Praça, uns metros mais à frente, e depois de passar na Avenida de Pensilvania, em frente aos edifícios do Tribunal Federal das Reclamações dos EUA, do PNC Bank – Bank of América, e do Tesouro dos EUA, na esquina entre a Rua 15ª NW e a Avenida de Nova York NW era certamente onde iriam a seguir, já que é onde se encontra a loja de souvenirs da Casa Branca.

Na Avenida de Pensilvania NW

E na montra da loja de souvenirs, não faltam artigos, alguns bastante peculiares até (como uma espécie de tarteira em vidro cuja cobertura parece a cupola do Capitólio). No interior a quantidade e diversidade de artigos é realmente enorme, e existe para todos os gostos e “preferências politicas” devo acrescentar. Não faltam as cores da Bandeira dos EUA, nem obviamente artigos com o popular slogan “Make America great Again”…

Loja de souvernirs da Casa Branca

(Não resisti a adquirir aqui duas decorações para a minha árvore de Natal, confesso: uma bola e uma decoração metálica alusiva ao Festival das flores de cerejeira.)

Descendo pelo passeio da Rua 15ª NW, pelo lado da loja, umas placas metálicas circulares no chão despertaram a minha atenção e interesse. Tratava-se afinal de um monumento denominado de “The Extra Mile” que pretendia homenagear desta forma pessoas ilustres em diversas áreas.

The extra Mile

O percurso continuou, o que me permitiu posteriormente, virando para a Rua E NW (perpendicular à 15ª), apreciar de novo a Casa Branca, mas agora a sua fachada Sul com os jardins.

Casa Branca - lado Sul

Depois da Casa Branca ter ficado para trás, era chegada a altura de regressar ao National Mall, e apreciar de perto o Obelisco conhecido como Monumento de Washington. Até à Primavera de 2019, não é possível visitar o interior do Monumento pois este encontra-se em obras de reparação e substituição do elevador, ainda por consequência do tremor-de-terra que afectou o estado da Virgínia em 2011.

Monumento de Washington

Deste “ponto central” no National Mall foi interessante vislumbrar os monumentos uma vez mais, que culminam na extremidade Oeste no Lincoln Memorial, e  na extremidade Este no imponente edifício do Capitólio. Foi curioso igualmente presenciar a quantidade de carrinhas de Fast Food que se alinhavam em frente, na rua mais próxima.

 Vistas a partir do Monumento de Washington

Depois de passar por este corredor de carrinhas de Fast Food, e nada imbuida do espírito tipicamente americano, de saciar a fome desta forma, continuei em direcção a um edifício que até então não sabia de que se tratava. Mas lá que tinha um design muito sui generis e um estilo que contrastava com todos os outros que ficavam em “Downtown” isso era inegável. Tratava-se afinal do Museu Nacional da História e Cultura Afro-Americana. Um Museu inaugurado em Outubro de 2016, pelo então Presidente Barack Obama.

Museu Nacional de História e Cultura Afro-Americana

Apesar de todos os Museus em Washington D.C. terem entrada gratuita (excepto três), existe um “catch” para visitar este. Ou seja, não é possível simplesmente chegar ao Museu, entrar e visitá-lo, é necessário possuir previamente bilhetes para esse efeito, e isso é obtido através do site do Museu aqui.

Como não tinha um interesse especial em visita-lo, não fiquei particularmente aborrecida ou transtornada com esse inconveniente.

Assim, a visita à cidade continuou passeando pela frente de vários outros museus que pertencem ao Instituto Smithsonian.

Mapa dos Museus do Instituto Smithsonian

Mas foram os Arquivos Nacionais dos Estados Unidos da América que me despertaram maior interesse em visitar, e por um motivo muito simples, era aqui que se podiam ver os documentos de Fundação dos Estados Unidos: A Declaração de Independência, a Constituição e a Declaração dos Direitos dos Estados Unidos.

Arquivos Nacionais dos Estado Unidos da América

O dia entretanto em termos atmosféricos deteriou-se consideravelmente, e começou a ficar cinzento, e a chover, tornando-se nada convidativo a continuar a explorar a cidade. Assim decidi regressar, mais cedo que o previsto, ao hotel e recuperar um pouco dos efeitos do jet lag que persistiam.

O que este primeiro dia em Washington me deixou completamente convencida, é o quanto “Downtown” se encontra “apinhada” de Edificios, Memoriais e monumentos  emblemáticos e de extrema importância para os EUA, por metro quadrado, sejam eles históricos, governamentais, museus, ou sede de organizações com reconhecida relevância a nivel mundial.

Isso, e o quanto é dificil encontrar lojas, cafés, restaurantes, ou algo do género, nas imediações da área do “National Mall“. (O pequeno-almoço foi tomado perto da Casa Branca, num Cosi, e o Almoço no Carmine’s)

Jardim de Cristal….

Depois de Regen, o percurso na “Glasstraße” continuou em direção a Frauenau, onde se encontra o Jardim de Cristal e o Museu de Cristal. As duas cidades distam entre si cerca de 18km.

Se, admito, a diminuta extensão da Floresta de Cristal/Vidro me decepcionou um pouco, o mesmo já não posso dizer do Jardim de Cristal, com a sua diversidade de obras de arte.

Frauenau - mapa do Jardim  e Museu de Cristal

O Jardim de Cristal estende-se por uma área de 8 hectares em redor do Museu de Cristal, do riacho Flanitz e das áreas das oficinas/fábricas de vidro (Glasshütten) Poschinger e Valentin Eisch.

O percurso ao longo do jardim para apreciar todas as obras de arte tem uma extensão de cerca de 3 km. Não existe qualquer vedação que impossibilite o acesso ao jardim, pelo que a visita ao mesmo é obviamente gratuita.

Procurando seguir a numeração apresentada pelo mapa do jardim, eis uma hipotética visita virtual às obras de arte do mesmo, que começa perto do Glashütte Eisch.

1 – Carmelo Lopez – Weitblick, 2010

“Cinco figuras sentadas em colunas de madeira de diferentes alturas permitem o seu autor brincar com a perspectiva e percepção de quem as aprecia. A partir de um certo ponto de vista, há uma ilusão de óptica, segundo a qual todas as figuras estão na linha descendente e a olhar numa direção: para o tronco com a quinta figura”.

Frauenau - Jardim  de Cristal 1

2 – Thierry Boissel – Antiphon, 2010

“Tema da instalação é o passear comunicativo, passeios descontraídos na natureza. O titulo “antífona” refere-se tanto ao jogo de luz e vidro, bem como ao diálogo de duas pessoas e a repetição continuada de memórias. Thierry Boissel fotografou 150 casais em Fraueneau para esta sua instalação”.

Frauenau - Jardim  de Cristal 2

 3 – Korbinian Stöckle: Zwischenwelt (Entre mundo), 2010

“Na placa de vidro fica reflectido o nosso mundo. Dependendo da localização do espectador, o trabalho muda com seus variados tons: em uma área de água, no ambiente imediato (árvores, nuvens, céu) ou em sua própria imagem no espelho. No entanto, os reflexos evitam a visão directa para o mundo intermediário: através do reflexo infinito das figuras de vidro abaixo da superfície a imaginação do espectador é estimulada e ele é um mergulho em outro tempo, se não mesmo em outro mundo”.

Frauenau - Jardim  de Cristal 3

4 – Eva Käsper e Tiina Sarapu – Espaço Imaginário, 2010

“A instalação brinca com a percepção espacial, com a realidade e a reprodução, Ela oferece novas perspectivas do ambiente familiar e, uma vez que desperta nossos sentidos entorpecidos, o inesperado aparece e desaparece o esperado, o mundo é metafísico. O “Espaço imaginário” é sujeito a constantes mudanças no ritmo com a natureza e suas estações, reflectindo o sol e a chuva, a grama e a neve, a cidade e seus arredores”.

Frauenau - Jardim  de Cristal 4

5 – Magdalena Paukner – Das Urkraut, 2010

“A cultura da cavalinha (planta) em fases de crescimento individual: as menores plantas menores  espiam apenas para fora da terra, as outras já são altas como um homem. A cavalinha, uma erva, é uma das plantas mais antigas do planeta. Ela cresceu muito antes dos dinossauros, à 400 milhões de anos atrás, e é considerada altamente adaptável e forte. Os homens da floresta bávara usavam-na antigamente como acessório/decoração do chapéu”.

Frauenau - Jardim  de Cristal 5

6 – Ron Fischer – Himmelsschale (Taça do céu), 2007

“Esta instalação foi feita para a exposicao de floricultura de Waldkirchen de 2007, que teve como temática “para cima, para o céu, tudo de encanta.” É propriedade particular e registrado como empréstimo permanente ao jardim”.

Frauenau - Jardim  de Cristal 6

7 – Simone Fezer: “Lebensadern” (linha da vida), 2010

“A instalação de abeto e tubos deformados de vidro vermelho serve como uma alegoria para a base histórica económica do povo na Floresta da Baviera: madeira e vidro como a salvação pulsante – em simbiose formal de uma entidade dinâmica, como eles moldaram o povo e sua história”.

Frauenau - Jardim  de Cristal 78 – Stefan Stangl – Stumme Diener (servo mudo), 2010

“O grupo de figuras transmite baseia-se na ideia do servo silencioso ou pagodes oscilantes. As quatro figuras estão montadas de forma móvel na sua estrutura de metal e movimentam-se ao tocar ou com o vento. As figuras têm as suas próprias opiniões, elas não dizem nada, apenas acenam para todos”.

Frauenau - Jardim  de Cristal 8

9 – Raymond Martinez – Ariane à Naxos, 2010

“Emergindo do chão, usando três elementos de betão, fragmentos cintilantes de um ícone da mitologia grega: Ariane. Por casamento com o deus grego do vinho Dionisios, a humana Ariane, filha do rei Minos de Creta ascendeu ao Olimpus. Os elementos de betão da fundação adornam os relevos, nos quais se encontram o rosto de Ariane. Os elementos de vidro adjacentes fazem a história de Ariane prosseguir. Enquanto o concreto é um material tão profano, terreno, o vidro simboliza a transformação no mítico, divino”.

Frauenau - Jardim  de Cristal 9

10 – Alexander Wallner- Lichtgewächs, 2010

“A escultura apresenta a ornamentação gravada de vidros barrocos por cortadores de vidro do século XVIII, que inspirados pela natureza, tomam os motivos florais os da sua preferência no seu trabalho. Esta gravura de vidro devolve-se ao jardim como um objecto independente na natureza”.

Frauenau - Jardim  de Cristal 10

11 – Renato Santarossa – Poesia da Transparencia, 2010

(tão transparente que a escultura no meio do lago, quase de torna imperceptível nas fotos seguintes. Na foto do site oficial do jardim consegue-se vê-la muito melhor)

Frauenau - Jardim  de Cristal 11

12 – Ron Fischer – Arche II (arca II), 2010

“A viagem de um objecto de vidro: A “Arca I” viajou desde 2003, um recipiente de vidro de cinco metros de comprimento, a partir de Lusen (montanha comum à Baviera e à região de Plzeň na Republica Checa) até 20 locais em ambos os lados da fronteira boémia-bávara. Tanto na Boémia como na Baviera, artistas, ambientalistas, pessoas das oficinas do vidro, estudantes e turistas empurraram a arca para a frente – das florestas do Parque Nacional para as fábricas de vidro, antes locais de cultura boémia. O projecto reuniu pessoas assim como a sua região e a realização do objecto de arte “Arca de vidro” foi uma declaração política para o desenvolvimento sustentável da região da fronteira. A Arca I está na parte inferior do pico do Lusen (Lusengipfels). A “Arca II” está nos Jardins de cristal graças ao generoso financiamento do casal de Munique Marianne e Heiner Schaefer”.

Frauenau - Jardim  de Cristal 12

14 – Jens Gussek – Herzstück (coração), 2010

“O “coração” é a expressão plástica de uma experiência pessoal do artista em Frauenau, que mudou a sua vida de forma significativa. É um testemunho de amor para as muitas pessoas que Jens Gussek conheceu ao longo dos anos em Frauenau. Que Frauenau é denominada de “Coração de cristal na estrada do cristal”, acrescenta ao objecto um significado mais imediato”.

Frauenau - Jardim  de Cristal 14

15 – Michael Gölker – Dreiklang (Três sons), 2010 

“As gotas de água em vidro estão relacionadas com a imagem. A sua dimensão colossal simboliza o cenário do vigor de um elemento, que para a natureza é fundamental”.

Frauenau - Jardim  de Cristal 15

16 – Sandra de Clerck – Sieben Lämmer (Sete cordeiros), 2010

“Sete cordeiros recém-nascidos, candidos e puros: eles simbolizam o poder divino na natureza, são em palavras combinadas pensamentos espirituais sobre o crescimento e decadência. Cada ovelha, pode estar morta ou simplesmente  a dormir, num prado em flor, na natureza, por si só, e é parte de uma cena pacífica, um pastoreio idílico. Colocados sobre uma base de concreto, os cordeiros estão confrontados com a cultura – o que seu descanso tranquilo, mas não interferem”.

Frauenau - Jardim  de Cristal 16

O Jardim possui outras esculturas, como o mapa do mesmo sugere, mas as apresentadas ilustram em que é que este consiste.

Talvez este artigo permita despertar a vossa curiosidade para o explorarem pessoalmente in loco. Até lá, podem sempre espreitar um pouco mais no site oficial do jardim, onde todas as esculturas são apresentadas.

Frauenau - Jardim  e Museu de Cristal

Castelo de Miramare

Outra das principais atracções de Trieste é o Castelo de Miramare, com uma localização privilegiada num alto penhasco acima do mar Adriático, no pico do promontório rochoso de Grignano no Golfo de Trieste, a cerca de 10 km da cidade em si.

Trieste - Castelo de Miramare - o golfo de Trieste no mar adriático

O Castelo Miramare está rodeado por um parque repleto de preciosas espécies  botânicas.

Este é o mapa do Parque de Miramare (com legendas em italiano).

O Castelo foi encomendado na segunda metade do século XIX pelo arquiduque Fernando Maximiliano de Habsburgo (Imperador do México) como uma residência para si e sua esposa, Carlota da Bélgica.

Trieste - Castelo de Miramare

O castelo oferece aos visitantes de hoje um exemplo de uma luxuosa residência aristocrática que tem preservado os seus móveis originais. No entanto a mim o que mais me surpreendeu foi em uma das salas encontrar um quadro com o retrato de D. Pedro II Imperador do Brasil, além do Rei Ludwig II da Baviera, e Napoleão III, Imperador de França, contemporâneos do arquiduque, entre outros. Como marinheiro por vários anos em Trieste, não é igualmente surpreendente que o arquiduque possua no castelo, um quadro com parte do mapa mundo e alguns navegadores.

Trieste - Castelo de Miramare - um pouco do interior

A história associada ao Castelo podem encontrar aqui.

O Parque de Miramare é extenso e com diversos focos de interesse, pelo que a compilação de imagens seguintes ilustra apenas um pouco do mesmo.

Trieste -Parque de Miramare

Informações úteis nomeadamente relacionadas com horários de abertura e custos de admissão  estão disponíveis nos links anteriores respectivos.

No Parque de Colina Petřín

Depois do Mosteiro Strahov, a visita exploratória continuou no Parque de Colina Petřín, porque a Torre de Observação Petřín que se destacava indiscutivelmente na paisagem, não me tinha passado despercebida mesmo à distancia. Queria por isso, vê-la de perto, e se possível subir à mesma.

Praga - Torre de Observacao Petrin no horizonte

“A torre de observação foi construída para a Exposição Geral Centenária do País, no âmbito de uma Feira Mundial, que decorreu em 1891, em Praga por iniciativa dos fundadores do Clube de Turismo Checo: Dr. Vilém Kurz e o arquitecto Vratislav Pasovský.

A torre foi inspirada pela torre de observação de Paris, projectada pelo engenheiro Eiffel, e a colina Petřín, com 318 m de altura foi escolhida para a localização da sua estrutura. A construção começou em 16 de Março de 1891, de acordo com o projecto inicial do arquitecto Vratislav Pasovský e elaborada pelos engenheiros František Prášil e Julius Souček da Máquina de Trabalhos Checa e da Morávia (Českomoravská strojírna). A cerimónia de inauguração teve lugar a 20 de Agosto do mesmo ano.

As fundações foram feitas com 11 metros de profundidade para segurar a construção de aço com 63,5 metros de altura, a  que pesava 175 toneladas. Um tubo octogonal é o núcleo da estrutura, com o elevador rodeado por duas escadarias em espiral com 299 degraus – uma para cada sentido. Toda a estrutura inclui elementos de contraventamento em forma de cruzes de Santo André. A torre tem duas plataformas de observação,  a  superior fica a 55 metros de altura. O piso térreo e a cave situam-se num edifício de estilo neo-renascentista.

Em inícios de Julho de 1938, a parte superior da torre foi danificada por um incêndio, provavelmente causado por um curto-circuito na caixa do elevador. A torre de observação foi uma torre de transmissão de TV entre 1953 e 1992. Actualmente é utilizada apenas como uma torre de observação”. (texto retirado e traduzido livremente daqui)

Praga - Torre de Observacao Petrin

Como o meu três palmos adormeceu no automóvel, quando estávamos a chegar às imediacoes da torre, e não o quisemos acordar, eu fui espreita-la mais  de perto enquanto o meu marido ficou com ele. Assim, não me pude ausentar durante muito tempo, e não subi à torre.

Ainda assim, descobri no parque além da torre, dois outros edifícios bastante interessantes.

O edifício do labirinto de espelhos, assemelha-se a um pequeno castelo, e também é remanescente da exposição mundial de 1891. A sua construção em madeira imita a parte gótica da fortificação em Vysehrad.

praga - Parque Petrin - Labirinto de espelhos

“A Igreja de S. Lourenço, é uma igreja barroca com uma única nave, localizada onde previamente houve uma igreja românica provavelmente de madeira, existente em 1135.

A aparência actual da igreja resulta de um projecto barroco de reconstrução 1739 – 1745, provavelmente com base em planos de Kilian Ignaz Dienzenhofer. O construtor foi Michele Ignazio Palliardi e posteriormente o seu sobrinho, Ignazio Giovanni Palliardi. A igreja foi vista como um local de peregrinação, com paragens individuais ao longo da Via Sacra, a Capela do Santo Sepulcro e o Calvário, que conduzem até ela. Dentro da igreja há uma escultura de São Lourenço por J. Lederer. O retábulo representando o martírio de São Lourenço é a obra do pintor J.C. Monnoto da Borgonha.

A igreja foi fechada por um decreto emitido pelo imperador Joseph II, em 1784, e re-consagrada em 1840.

Três torres dominam a igreja: as duas torres laterais têm 24,5 metros de altura, enquanto a torre central com a cúpula tem 22,7 metros de altura.

O arquiteto Jiří Pelcl projetou o actual interior do presbitério e do crucifixo.

A igreja está em locação para a Igreja Católica Antiga desde 1994. Em 1995, a igreja foi elevada a catedral.” (texto retirado e traduzido daqui)

Como podem constatar pela imagem, quando passei perto da igreja  esta encontrava-se com obras de renovação.

Praga - Parque Petrin - Igreja de S Lourenco

Oceanário de Lisboa

Construído em Lisboa, no âmbito da EXPO 98 (ultima exposição internacional do séc. XX, com o tema “Os oceanos, um património para o futuro”), o Oceanário permanece  no Parque das Nações como um dos principais atractivos do local.

No Parque da Nacoes

Como o meu três palmos não tinha a mínima noção das opções existentes e do que gostaria de visitar em Lisboa, decidi por ele, com a expectativa que ele apreciasse  descobrir o Oceanário, tal como eu gostei quando o fiz pela primeira vez, durante a referida EXPO 98.

Oceanário - exterior do edifício

Os esquemas das plantas seguintes, retiradas do site do oceanário pretendem mostrar um pouco, na falta de uma planta elucidativa das diversas áreas que o compõem, como este é constituído, em que a azul estão as zonas aquáticas, onde se encontram os mais de 7.000 m³ de água salgada dividida por 30 aquários, incluindo o aquário central com cerca de 1000 m² e 5.000 m³.

Edifício – Piso Expositivo 1 – terrestre (site do Oceanário)

Edifício – Piso expositivo 0 – subaquático (site do Oceanário)

O meu três palmos adorou visitar o Oceanário, disso não fiquei com a mínima dúvida.

Mas admito que esperava que ele quisesse despender mais tempo a fazê-lo, ao invés de quase literalmente correr pelos vários corredores, a dizer que já tinha visto o que os mesmos continham, sempre a querer visitar a próxima área.

A principal consequência desse facto, é que me impediu de rever o Oceanário com a calma e atenção que gostaria… e as fotos que tirei ficaram sem a respectiva legenda.

Assim, as fotos seguintes, carecem de alguns dados informativos acerca do que se referem concretamente.

No gigantesco aquário central coabitam cerca de 100 espécies diferentes, oriundas de vários recantos do oceano, representando o oceano global e pretendendo mostrar que todos os oceanos estão ligados.

Este pode ser apreciado através de 4 janelas enormes principais, mas também de várias outras mais pequenas. Estas ultimas permitem mostrar alguns ecossistemas e/ou pormenores do que se passa no momento junto às janelas acrílicas.

O azul predomina em absoluto, mas a espessura das janelas dificulta a captação de imagens nítidas, pelo menos com a minha máquina fotográfica que não é profissional.

Oceanário - aquário central 1

Oceanário - aquário central 2

Oceanário - aquário central 3

Espaços Informativos

Oceanário - espacos informativos tubaroes corais e muito mais

No primeiro andar, o terrestre, são representados nos cantos, os habitats típicos dos quatro oceanos à superfície.

Oceano Atlântico

Oceanário - Oceano Atlantico

Oceano AntárcticoOceanário - Oceano Antárctico

Oceano Pacífico

Oceanário - Oceano Pacífico

Lamentavelmente não possuo qualquer registo fotográfico relativo ao Oceano Indico, pois passei por ele literalmente a correr para reencontrar o meu três palmos, que se ausentou de mim sem qualquer aviso prévio.

Expositores com pequenos repteis, em seus habitats verdejantes e tropicais, também despertam o interesse de quem por lá passa. Pode ser um desafio encontrar os pequenos habitantes que lá residem, e que passam despercebidos ao olhar mais desatento.

Oceanário - expositores com pequenos repteis 1Oceanário - expositores com pequenos repteis 3Oceanário - expositores com pequenos repteis 2

Pelas janelas laterais do aquário central, já no piso subaquático, nas áreas com reentrâncias que sobressaem da área central, correspondentes a cada um dos oceanos já vislumbrados à superfície do piso terrestre, vislumbram-se algumas das suas especificidades.

Oceanário - aquário central - janela lateral 1 Oceanário - aquários laterais 2

Oceanário - aquário central - janela lateral 4

Oceanário - aquário central - janela lateral 5

Oceanário - aquário central - janela lateral 6

Além do aquário central, não faltam aquários de menores dimensões espalhados pelo espaço e organizados segundo as especificidades dos ecossistemas respectivos dos oceanos que representam.

Oceanário - aquário lateral 1

Oceanário - aquário central - janela lateral 3

Oceanário - aquário lateral 3

Oceanário - aquário lateral 4

Oceanário - aquários laterais 5

Oceanário - aquário lateral 6

Oceanário - aquário lateral 7

Oceanário - aquários laterais 8

Oceanário - aquário lateral 9

Já na área exterior do Oceanário, à saída,  encontrava-se uma exposição subordinada ao tema “Keep the oceans clean!!“, ou seja, sensibilizando para que se mantenham os oceanos limpos.

Oceanário - Keep the oceans clean - placar

A exposição é deveras criativa, e usa como matérias primas das obras expostas, lixo encontrado nos oceanos.

Oceanário - Keep the oceans clean - exposicao

Jardim Buddha Eden…

Já tinha tentado uma vez, mas sem sucesso visitar o Buddha Eden, Jardim da Paz no Bombarral. Mas como essa tentativa resultou de um forte impulso do momento, não retirei previamente a morada do mesmo, do site oficial. Nessa altura não encontrei o caminho até lá, por falta de sinalização para o mesmo nas imediações.

Já me tinha deliciado com fotos do Jardim, e descrições entusiastas de amigos que o tinham visitado. A vontade de o visitar era crescente, pelo que não perdi a primeira oportunidade que encontrei para o fazer.

Após o almoço na Lourinhã, dada a proximidade relativa da cidade ao Bombarral, estavam reunidas as condições e encontrada a oportunidade para o fazer. Mesmo consciente que jardins, são francamente mais interessantes de visitar na Primavera e Verão quando estão floridos.

Atendendo ao atrás descrito, começo por mostrar a localização do jardim e citar as direcções para o mesmo, apresentadas no site do Buddha Eden.

Mapa Oeste de Portugal com Lourinha Bombarral e localizacao do Jardim Buhdda Eden

Buddha Eden
Quinta dos Loridos
Carvalhal
2540-480 Bombarral
Portugal

Direcções
Utilizando a A8 saia na Saída 12 em direcção a Carvalhal, siga os sinais 
para a BuddhaEden. 

Aprox. a 45 min. a norte de Lisboa.
Aprox. a 05 min. a sul de Óbidos.

Buddha Eden - Entrada

Com um nome como o que possui é auto-explicativo que se trata de um jardim com uma profunda presença budista.

Este extenso jardim oriental com cerca de 35 hectares (o maior da Europa) foi  idealizado e concebido pelo Comendador José Berardo, em resposta à destruição de dois Budas Gigantes de Bamiyan, Afeganistão em Março de 2001 pelos talibans (o Vale de Bamiyan foi inscrito em 2003 na Lista da UNESCO do património mundial em perigo).

O Jardim Buddha Eden, pretende assim ser um lugar de reconciliação e paz, sem quaisquer conotações religiosas, ou de outro tipo, implícitas. Um local que indiscutivelmente transmite um bem estar interior, de paz e harmonia, propício à meditação.

Neste jardim pode encontrar-se um grande património escultório com uma temática predominante e principal, em que assentou a sua criação e existência mas não exclusiva. (Informações sobre este jardim, podem ser encontradas aqui, onde me baseei para o descrever. Informações sobre o horário de abertura e outras utilidades, essas encontra aqui).

O custo do ingresso no parque foi de 2,50 € por pessoa. Mas à saída, ao passar pela loja, permitia levantar e levar para casa uma garrafa de vinho da Bacalhôa Vinhos de Portugal, de 75 cl, o JP Azeitão Tinto 2012, cujo valor de venda no site é de 2€.

Esta é indiscutivelmente uma forma inovadora e original de promover um novo vinho no mercado, oferecendo-o após a visita ao jardim.

Buddha Eden - bilhete de entrada

Algo que senti falta, durante a minha visita exploratória ao jardim, foi de um mapa com as principais atracções e áreas assinaladas. Talvez a inexistência seja intencional, para impedir algum tipo de constrangimento à liberdade e espontaneidade de circulação, e promover a auto-expressão, auto-realização e autonomia, tudo sem pressa. O pequeno “comboio turístico” que percorre o jardim e permite uma forma expedita de o visitar, no entanto, possui um trajecto pré-estabelecido, o que pode contrariar a minha ilação anterior.

Eis alguns dos locais e esculturas que se podem descobrir durante a visita ao jardim.

A primeira impressão,  logo ao passar a porta de acesso, cativa, em especial com o grande portão principal.

Buddha Eden - primeiro impacto

Os monges budistas acolhem os visitantes nas margens do caminho.

Buddha Eden - Monges Budistas

No fim do caminho com os monges, vislumbra-se o lago, e não faltam focos de interesse  em volta do mesmo.

Buddha Eden - em redor do Lago

Não faltam pagodes ou mesmo um dragão em mármore rosa.Buddha Eden - ainda no Lago

Colecção de Budas junto à margem do Lago, alguns em cima de flores de lótus, outros em cima de animais. 

Buddha Eden - Coleccao de Budas

Buddha Eden - mais Budas

Duas espécies de santuários de Budas esculpidos na pedra, por certo um memorial à barbaridade ocorrida em Bamiyan.

Buddha Eden - santuarios de Budas esculpidos na pedra

Exército de Terracota na “montanha” a resguardar o lago.

Buddha Eden - Exército de Terracota

Local que inspira à paz e à meditação com um proeminente Buda.

Buddha Eden - Buda e paz

Caminho florestal com diversos sobreiros

Buddha Eden - caminho de floresta com Monges Budistas

Uma outra sequência de Budas, algo que realmente não falta no jardim.

Buddha Eden - mais uma sequencia de Budas

Várias esculturas com aves em mármore, próximas de um pequeno lago.

Buddha Eden - aves circundam o pequeno lago

Caminho ladeado por estátuas de cães de fogo e elefantes conduzem a um centro com três pagodes esbeltos e alongados.

Buddha Eden - caes de fogo elefantes e pagodes

Já perto do ponto central do jardim, o caminho é acompanhado por alguns pequenos budas.

Buddha Eden - pequenos Budas

Os grandes Budas, numa área central e elevada do jardim, em grande destaque. No ponto mais alto, o Buda Maior com 21 m de altura. Um nível abaixo, na grande escadaria, o Grande Buda deitado que possui cerca de 15 m, e é ladeado num patamar inferior por 2 budas esbeltos com 10 m de altura.

Buddha Eden - Os grandes budas

Buddha Eden - Os grandes budas - continuacao e panoramica

Numa área ampla do jardim, uma longa fila de bustos de Buda.

Buddha Eden - bustos de budas

Nas imediacoes desta, em frente aos bustos, o exército em Formação de Terracota

Buddha Eden - Formacao de Terracota

No jardim também não falta um anfiteatro ao ar livre, rodeado por uma colecção de esculturas contemporâneas de vários artistas, algumas criadas antes da existência do jardim.

Buddha Eden - anfiteatro e coleccao de esculturas contemporaneas

Um jardim genuinamente impressionante e admirável!!!

O Palácio de Lago Monrepos

O terceiro dos palácios de Ludwigsburgo, o Monrepos, é o de menores dimensões   mas a sua localização no jardim em frente ao lago torna-o parte de um cenário idílico.

Uma avenida com cerca de 3 km em linha recta, liga-o ao Palácio Favorite. Nesse percurso, fica parte do caminho dos planetas, enquanto o restante, parte do jardim do Palácio Monrepos noutra direcção. [Entre o Sol, numa extremidade do caminho, e Plutão na outra, distam cerca de 6 km de distancia]
Com o meu três palmos era de todo inviável sequer ponderar a hipótese de percorrer este caminho dos planetas. Mas fica aqui a referencia, para quem tenha curiosidade e interesse em percorrer a pé estes cerca de 6 km à descoberta.
No jardim do Palácio Monrepos encontrei a placa informativa referente a este caminho e o planeta Júpiter,  por perto, também no jardim.

“O Monrepos foi mandado construir pelo Duque Karl Eugen entre 1758 a 1764 numa área elevada de terra. Durante o verão, “o povo mais gracioso” devia “ser capaz de se divertir com os prazeres”. Assim que Karl Eugen voltou o seu interesse para outros edifícios, o pequeno palácio barroco permaneceu dormente por muitas décadas.

Só depois com o Duque Friedrich II e o seu arquitecto da corte Thouret é que o palácio foi remodelado no estilo classicista e decorado para proporcionar um ambiente adequado para as celebrações de caça. O nível do lago também foi reduzido e o jardim geométrico foi transformado num jardim paisagístico inglês, de acordo com as preferências da época.

No entanto, até hoje, continua possível remar com um barco em redor do lago idílico, embora tais passeios sejam menos luxuosos do que aqueles durante a época do Duque Karl Eugen, quando gôndolas trazidas de Veneza eram dirigidas por gondoleiros reais.” (texto retirado e traduzido livremente daqui)

Como o palácio é propriedade da Casa de Württemberg, só pode ser visitado em regime especial, pelo que eu limitei-me a aprecia-lo pelo seu exterior.

Voltado para o lago e para a pequena igreja existente neste, o palácio avista uma paisagem que inspira o sossego e o descanso.

No jardim propriamente dito, mais do que a vegetação em si, o que mais despertou a minha atenção, foram dois dos bancos, autenticas obras de design que encontrei.

Com este terceiro palácio, termino a visita a esta surpreendente cidade de Ludwigsburgo.

O Palácio Favorite

Desengane-se quem pensar que Ludwigsburgo só possui um palácio digno desse nome.

Muito pelo contrário, a cidade possui três, todos cujas origens remontam ao Duque Eberhard Ludwig, embora o terceiro tenha sido convertido de um pavilhão de caça pelo Duque Karl Eugen, que os mandou erigir.

Para uma melhor noção do conjunto e da sua ordenação territorial na cidade, esta fracção do mapa citadino evidencia a localização dos 3: o Palácio Residencial, o Palácio Favorite e o Palácio de Lago Monrepos.

Do mapa destaca-se um fio condutor que parece ligar os três parques entre si, de uma forma sequencial.

O artigo de hoje debruça-se sobre este segundo palácio e parque, o Favorite, como o próprio titulo deixa antever.

“Localizado a norte do Palácio Residencial de Ludwigsburgo, o Palácio Favorite desfruta de uma posição privilegiada sobre o extenso parque Favorite. O seu magnífico Bosque foi originalmente plantado para criar  uma fazenda de faisões.

O Palácio Favorite foi construído entre 1717 e 1723 em nome do Duque Eberhard Ludwig e segundo os projectos do arquitecto da corte Donato Giuseppe Frisoni. Não pretendia ser uma residência permanente, antes servir primordialmente como contraponto visual a norte para o palácio residencial.

O Favorite foi usado para efeitos de caça e como residência de verão com vistas panorâmicas do andar principal.

Em 1748 o palácio permitiu o fundo perfeito para o fogo de artifício no casamento do Duque Karl Eugen e Elizabeth Friederike de Brandenburg-Bayreuth. Mais tarde Karl Eugen alterou a fazenda de faisões introduzindo os veados brancos no parque. O Duque Friederich II, que se tornou no primeiro rei da família Württemberg converteu o parque numa menagerie com vários tipos de veados.

Em inícios do seculo XIX, o duque, entretanto rei Friederich I de Württemberg, mandou redecorar os interiores dopalácio no estilo Neoclássico. Sob a orientação do arquitecto Nikolaus von Thouret, os quartos foram remobilados com elaborados frescos e gessos. Esses magnificos interiores mantem-se até hoje, excepto um quarto que continua a reflectir o estilo barroco do Duque Eberhard Ludwig.

No século XX o palácio foi negligenciado e entrou em decadencia. Mas entre 1972 e 1982 o palácio foi restaurado readquirindo o brilho dos seus tempos de gloria. Actualmente o palácio é conhecido em toda a Alemanha como o cenário do Nachtcafé, um popular talk show do canal publico SWR.” (texto retirado deste prospecto informativo acerca do palácio)

Jardim dos Contos de Fadas…

O extenso parque de Ludwigsburgo, Bluhendes Barock, possui igualmente um espaço dedicado aos mais pequenos, mas que mesmo os maiores não são indiferentes.

Refiro-me ao Jardim dos Contos de Fadas.

“Deixe-se encantar por criaturas misteriosas num reino de conto de fadas. Onde vive o príncipe sapo? Como parece a Bela Adormecida? Que partidas fazem Max e Moritz? Quão grande é o Rübezahl (um espírito das Montanhas dos Gigantes, montanhas ao longo da fronteira entre as terras históricas da Boêmia e Silésia)?

Príncipes belos e princesas encantadoras, elfos atrevidos e misteriosas criaturas míticas habitam um jardim de conto de fadas. Eles esperam que tanto crianças grandes como pequenas, os orientem no seu fantástico mundo mágico. Sente-se uma vez no trono dos réis dos nenúfares.  Faça um passeio de barco no rego dos contos de fadas! Experimente inúmeras pequenas aventuras​​!

“Chame alto: Rapunzel, desça as suas tranças!” Dito e feito. Ele vem aí! Mas quando Rapunzel descobre que em baixo não aguarda nenhum príncipe, a trança continua pendurada até metade.

O espelho na parede, não capta ninguém. Mesmo quando a madrasta malvada não está em frente a ele, a resposta é bem conhecida: Você é a mais bonita aqui.

”O sorriso de uma criança e a alegria luminosa nos seus olhos valem mais para mim do que o acenar de cem  barbas espessas”, disse uma vez o criador do jardim dos contos de fadas Albert Schöchle. Quando se vê as crianças neste jardim, percebe-se o que ele  quis dizer.” (texto retirado daqui)

Este é o mapa do jardim dos contos de fadas, e na legenda os links remetem para a respectiva história:

Legenda:

1 Entrada no Jardim dos Contos de fadas 17 A estrela do dinheiro
2 O Gigante de Ludwigsburgo 18 Capuchinho Vermelho
3 O rei dos Nenufares 19 Mãe Holle
4 Rego dos contos de fadas 20 O Lobo e os sete cabritinhos
4a A inteligente  Else 21 Branca de Neve e a Rosa vermelha
4b O alfaiate valente 22 Os músicos de Bremen
4c Tunel do Pinoquio 23 Rumpelstielzchen
5 Branca de Neve 24 O papagaio falador (dos contos das mil e uma noites)
6 Aqui apenas as pessoas pequenas tem sorte 25 Ali Baba e os 40 Ladrões (Abre-te Sesamo)
7 Hänsel e Gretel 26 Cinderela
8 Max e Moritz 27 Os sapatos vermelhos
  Viúva Bolte 28 O gigante Golias
  Alfaiate Böck 29 Pote cozinha! (Doce Mingau)
  Professor Lämpel 30 O Rei sapo
  Tio Fritz 31 Burro de ouro
9 O irmãozinho e a irmãzinha 32 Bastão fora do saco
10 A bonita filha do moleiro 33 Dragão de papel
11 Pequeno Zoo de animais dóceis 34 Mesa dos desejos
12 Parque infantil de água 35 Rapunzel
13 Casa de actividades 36 A Bela Adormecida
14 Herzogschaukel (casa de baloiço do Duque) 37 Os sapatos desgastados
15 Comboio dos contos de fadas 38 Rübezahl
16 1001 Noites
Ali Baba e os 40 ladrões
Génio da lâmpada mágica
Simbad

Depois do festival das abóboras, eis chegada a altura de partir à descoberta deste Jardim dos contos de fadas, e deixar o meu três palmos maravilhado…

Para isso a primeira coisa a fazer, é mesmo passar pela entrada no jardim (1).

E encontrar o velho contador de histórias.

O Gigante de Ludwigsburgo (2), de sentinela também marca, a escassos passos, a sua presença.

E porque não aproveitar para se sentar um pouco no trono do rei dos nenúfares (3) rodeado por agua por todos os lados e apenas com uma pequena passagem de acesso. Eu experimentei e o meu três palmos também. Só tivemos que ter cuidado para não nos molharmos no percurso.

Também não dispensamos andar nos pequenos barcos pelo estreito rego de agua (4), enquanto “descobríamos” a história da inteligente Else (4a) e do Pinóquio que incluiu passar pela boca da baleia transformada em tunel (4c).

Com receio que o espelho me dissesse o que eu já sabia, não quis ver a minha imagem reflectida no espelho mágico da rainha má, madrasta da Branca de Neve (5).

Apesar de ter ficado com vontade de entrar, achei mais seguro resistir, pois podia não ter o mesmo engenho e conseguir soltar-me da bruxa má, como o fizeram Hansel e Gretel (7).

Mas as partidas do Max e Moritz (8), essas eu quis ficar a conhecer quais eram.

A esbelta estátua alusiva à história do Irmãozinho e da Irmãzinha (9), também não passou despercebida.

Um passeio pelo pequeno comboio (15) era igualmente imprescindível, ainda mais porque é através deste que se acede às histórias das mil e uma noites (16).

A menina da estrela do dinheiro (17), também encontrei, mas ela não partilhou o dinheiro comigo.

Se alguns contos para mim foram uma total novidade, já outros eram bastante familiares e fizeram-me recordar a minha infância, como o conto do capuchinho vermelho (18).

Já o conto do lobo e dos 7 cabritinhos (20), eu admito que não conhecia, mas agora tanto eu como o meu palmos sabemos do que se trata.

Para mim Branca de Neve só havia uma, a que acompanhava os sete anões  Mas há uma outra, a Branca de Neve e a Rosa vermelha (21).

Os Músicos de Bremen (22), são um conto que sempre achei muito engraçado.

Rumpelstilzchen (23) sempre o associei a uma personagem muito má e com um ar assustador, mas o deste jardim nem achei tanto.

Os sapatos vermelhos (27) são outro dos contos que desconhecia de todo.

O gigante Golias (28) destaca-se no seu castelo.

Gostaria de ter trazido comido o pote que cozinha sozinho algo tão doce (29), mas tal jamais seria permitido.

Já o príncipe sapo (30), descobri recentemente que na historia original, a princesa não beija o sapo e este transforma-se no príncipe,  antes atira-o enojada pela janela ao vê-lo deitado na sua cama, e é nessa altura que ele se transforma.

O Dragão de papel (33) agradou imenso ao meu três palmos, que viu nele algo interessante para escalar.

Perto da torre da Rapunzel (35) nem me atrevi a chama-la, mas outros encarregaram-se disso, e a trança desceu até metade, pois ela descobriu que afinal não se tratava do príncipe prometido quem chamava por ela.

E assim termina a minha visita a este jardim dos contos de fadas…

Ludwigsburgo especialmente no Outono…

Se há alturas especiais para visitar determinados locais eu diria que em Ludwigsburg, uma dessas alturas é indiscutivelmente no Outono, ou se preferirem no tempo das abóboras.

Anualmente realiza-se em Ludwigsburgo uma Exposição/festival de abóboras no Blühendes Barock (um parque e jardim muito extenso e bonito que inclui também um jardim de contos de fadas), com muitos focos de interesse na vasta agenda de actividades.

Este ano a exposição é dedicada ao país vizinho, a Suiça, tendo como titulo “Suiça Total” e decorre entre 31 de Agosto e 4 de Novembro.

Os pontos altos da agenda são:

  • 16 de Setembro às 13:00, Domingo – Regata de Abóboras a decorrer no lago do jardim sul, na qual os barcos são feitos de abóboras ocas gigantes.

  • 29 e 30 de Setembro, Fim-de-semana – Maior sopa de abóbora da Alemanha

  • 7 de Outubro, às 13:30 – Domingo – Campeonato Alemão da abóbora mais pesada.

  • 14 de Outubro, às 13:30, Domingo – Campeonato Europeu da abóbora mais pesada.

  • 21 de Outubro às 12:00, Domingo – Festival das esculturas de abóboras, no qual são esculpidas as abóboras perdedoras (as que não ficaram nos 3 primeiros lugares do pódium) dos campeonatos nacional e europeu, perante uma assistência que depois elege as obras de arte vencedoras.

  • 27 e 28 de Outubro, a partir das 14h, fim-de-semana – Halloween em família. As crianças podem esculpir as suas abóboras com as ferramentas existentes, e as que apareçam fantasiadas, têm entrada gratuita. Há prémios para as melhores fantasias.

  • 4 de Novembro, a partir das 12:00, Domingo – encerramento do festival com o abate das abóboras vencedoras dos campeonatos. Talvez tenha a sorte de adquirir a pevide que dará origem a abóbora vencedora do próximo ano.

Esta é a planta do extenso parque barroco, que inclui vários jardins a rodearem o Palácio de Ludwigsburgo:

Este ano não assisti a este festival, mas no ano em que o fiz o tema da exposição de abóboras eram a Viagem às estrelas (com representações dos signos do Zodíaco e do sistema solar…).

Adorei sobretudo a capacidade de com abóboras de vários tamanhos, cores e formas,  e madeira conseguirem criar peças tão coloridas e originais, abordando a temática em causa.

Eis um pouco do que encontrei em exposição, em parte do vasto parque do Blühendes Barock.

  • Signos do Zodíaco

  • Sistema Solar

  • Foguetões

  • Ovni

  • Viagem à Lua da Missão Apolo

Claro que num festival desta natureza também não faltam pequenos stands onde se vende uma grande variedade de abóboras e produtos feitos com as mesmas.