O quarto dia na Escócia começou cedo no Radisson Blu Hotel em Glasgow, mas foi passado a cerca de 78 km a sul e a norte da cidade, (tirando respectivamente o tempo da viagem, para chegar a ambos) em dois locais distintos e que procuraram agradar a interesses diferentes.
O dia começou particularmente cedo por um motivo especial. Tinhamos que ir ao aeroporto de Glasgow para buscar um casal de amigos portugueses que chegava de Budapeste e com quem iríamos passar os próximos 3 dias a explorar um pouco mais o país.
Enquanto esperava que o seu voo aterrasse e que eles saíssem pela porta da saídas (claro), procurei ocupar o tempo a recolher algumas brochuras de locais que podiam ser interessantes de visitar nas imediações, mais ou menos distantes.
O primeiro destino, foi escolhido por mim, mas foi previamente vetado e aceite por todos.
Assim, deixamos Glasgow para trás e dirigimo-nos para sul e para a costa em direção ao Castelo Culzean, outro dos castelos com uma localização idílica que eu tinha imensa curiosidade e interesse em visitar.
A planta da propriedade ajuda a perceber melhor a extensão da mesma.
Mas sem duvida foi o Castelo, a “joia da coroa” da propriedade, o principal motivo de termos feito a viagem para chegar aquela costa na Escócia. E mesmo em um dia sombrio e cinzento, com reminescências de Outono, é incontornável a sua imponência.
Assim como é indisputável a sua fantástica localização.
A visita ao interior do castelo reservou algumas surpresas, uma das quais envolveu-nos a todos a cooperar com o meu “5 Palmos”. Em todas as divisões havia um bonequinho da Lego escondido à vista, e cujo desafio era encontrar, um pouco no espírito da caça ao ovo, típica na Páscoa. Foi uma tarefa por vezes ardua, mas também divertida, e os 7 bonecos da Lego existentes foram encontrados…
A primeira sala visitada, a do Arsenal, possui uma incrível colecção de armas dispostas de uma forma no mínimo muito artisitica. Para terem uma ideia, possui 716 pistolas, e em apenas uma das paredes 111 espadas.
A Biblioteca, um local muito aprazível e com uma iluminação natural providenciada pelas grandes janelas que possui voltadas para o mar.
A sala de jantar é muito harmoniosa e agradável, e transmitia uma sensação de vivida, muito provavelmente pela mesa preparada para uma refeição.
A escadaria oval no centro do Castelo tem um ar imponente. Da mesma pode-se espreitar o andar superior, acessível apenas aos que ficam alojados em um dos quartos do castelo que funciona como hotel – The Eisenhower, assim denominado dado o seu atigo residente, o General Dwight D. Eisenhower.
O Salão circular é impressionante, muito elegante e uma vez mais possui janelas voltadas para o mar que permitem apreciar a fantástica vista.
A Suite de quartos, iclui vários, o primeiro dos quais entitulado de “Gentleman’s State Dressing Room”.
O primeiro de uma série de salões de estado mantem o esquema de cores do que estava em trend em fins do século XVIII.
O longo salão outrora denominado de grande salão no então castelo medieval, foi também referido como o Quarto dos quadros, uma vez que houve intenção de dispor tesouros de arte adquiridos por Sir. Thomas Kennedy na sua grande viagem.
Uma outra pequena sala, com um ar acolhedor, onde outrora seria servido o chá das cinco, antecede uma zona de quartos onde os mais pequenos residentes da casa dormiam .
O que nos quartos onde os mais pequenos dormiam, mais atraiu a minha atenção, foi o formato dos berços ou camas infantis, que mais lembram pequenos barcos.
Perto de uma pequena escadaria interior, um lembrete do motivo porque existe um quarto no castelo com nome homónimo, que foi oferecido e pertencia ao General Dwight D. Eisenhower.
Por último, na visita ao interior do Castelo, a cozinha, cheia de utensílios, e com uma mesa que pretende relembrar o que anteriormente lá era preparado.
De regresso ao exterior do castelo, um pouco mais do mesmo.
E do parque que o rodeia.
Além de um livro sobre a História do Castelo e do Parque, de uma decoração para a árvore de Natal, adquiri igualmente dois postais na loja do Castelo.
Depois de dada por concluida a visita ao Castelo Culzean e um pouco do seu extenso parque, era chegada a altura de rumar em direcção ao segundo destino, aquele que interessava mais aos nossos dois amigos pois ainda não tinham visitado nenhuma destilaria de Whisky na Escócia. A escolha recaiu sobre a denominada “The Famous Grouse Experience”, cujo panfleto tinha trazido do aeroporto de Glasgow.
A destilaria fica em Crieff, a norte de Glasgow, como o mapa no início do mapa assinala.
A destilaria é facilmente identificável pelo seu edifício com as chaminés típicas, e com o inconfundível “Grouse” de grandes dimensões à entrada do parque de estacionamento.
Mas o conhecido Whisky The Famous Grouse, não é um Single Malt mas sim um Blended, o que significa que resulta da mistura de vários Single Malted. Como tal não se pode dizer que seja oriundo de uma destilaria exclusivamente. Desta forma escolheu para a sua “casa” a destilaria do Whisky Glenturret, a mais antiga destilaria da Escócia, fundada em 1775, que pertence ao mesmo grupo.
Durante a visita guiada à destilaria, por sinal a mais interessante e instructiva das que fiz durante estas férias na Escócia, sobretudo pela guia Australiana que tivemos, não foi possível, uma vez mais tirar fotografias nos espaços interiores.
Assim as únicas que possuo são as da loja, no fim da visita guiada, onde foi feita a prova de dois Whiskys, um dos quais um Famous Grouse fumado.
Algo interessante, é que é possível engarrafar a sua própria garrafa de Whisky, de uma edição anual especial.
E foi mesmo isso que o Earl e a Condessa de Strathearn, mais conhecidos como Duque e Duquesa de Cambridge, fizeram aquando da sua primeira visita oficial à região escocesa de Strathearn em 2011.
Um dia em cheio, que acabou em Glasgow…
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