Culzean & Famous Grouse

O quarto dia na Escócia começou cedo no Radisson Blu Hotel em Glasgow, mas foi passado a cerca de 78 km a sul e a norte da cidade, (tirando respectivamente o tempo da viagem, para chegar a ambos) em dois locais distintos e que procuraram agradar a interesses diferentes.

Quarto dia na Escócia - mapa

O dia começou particularmente cedo por um motivo especial. Tinhamos que ir ao aeroporto de Glasgow para buscar um casal de amigos portugueses que chegava de Budapeste e com quem iríamos passar os próximos 3 dias a explorar um pouco mais o país.

Enquanto esperava que o seu voo aterrasse e que eles saíssem pela porta da saídas (claro), procurei ocupar o tempo a recolher algumas brochuras de locais que podiam ser interessantes de visitar nas imediações, mais ou menos distantes.

O primeiro destino, foi escolhido por mim, mas foi previamente vetado e aceite por todos.

Assim, deixamos Glasgow para trás e dirigimo-nos para sul e para a costa em direção ao Castelo Culzean, outro dos castelos com uma localização idílica que eu tinha imensa curiosidade e interesse em visitar.

A planta da propriedade ajuda a perceber melhor a extensão da mesma.

Castelo e Parque Culzean - plantaCulzean Castle and Park_0001

Mas sem duvida foi o Castelo, a “joia da coroa” da propriedade, o principal motivo de termos feito a viagem para chegar aquela costa na Escócia. E mesmo em um dia sombrio e cinzento, com reminescências de Outono, é incontornável a sua imponência.

Castelo Culzean - exterior

Assim como é indisputável a sua fantástica localização.

Paisagem avistada do Castelo Culzean

A visita ao interior do castelo reservou algumas surpresas, uma das quais envolveu-nos a todos a cooperar com o meu “5 Palmos”. Em todas as divisões havia um bonequinho da Lego escondido à vista, e cujo desafio era encontrar, um pouco no espírito da caça ao ovo, típica na Páscoa. Foi uma tarefa por vezes ardua, mas também divertida, e os 7 bonecos da Lego existentes foram encontrados…

A primeira sala visitada, a do Arsenal,  possui uma incrível colecção de armas dispostas de uma forma no mínimo muito artisitica. Para terem uma ideia, possui 716 pistolas, e em apenas uma das paredes 111 espadas.

Castelo Culzean - Arsenal

 A Biblioteca, um local muito aprazível e com uma iluminação natural providenciada pelas grandes janelas que possui voltadas para o mar.

Castelo Culzean - Biblioteca

A sala de jantar é muito harmoniosa e agradável, e transmitia uma sensação de vivida, muito provavelmente pela mesa preparada para uma refeição.

Castelo Culzean - Sala de Jantar

A escadaria oval no centro do Castelo tem um ar imponente. Da mesma pode-se espreitar o andar superior, acessível apenas aos que ficam alojados em um dos quartos do castelo que funciona como hotel – The Eisenhower, assim denominado dado o seu atigo residente, o General Dwight D. Eisenhower.

Castelo Culzean - escadaria interior

O Salão circular é impressionante, muito elegante e uma vez mais possui janelas voltadas para o mar que permitem apreciar a fantástica vista.

Castelo Culzean - salao circular

A Suite de quartos, iclui vários, o primeiro dos quais entitulado de “Gentleman’s State Dressing Room”.

Castelo Culzean - Primeira Suite

Castelo Culzean - antecamara

O primeiro de uma série de salões de estado mantem o esquema de cores do que estava em trend em fins do século XVIII.

Castelo Culzean - salao azul

O longo salão outrora denominado de grande salão no então castelo medieval, foi também referido como o Quarto dos quadros, uma vez que houve intenção de dispor tesouros de arte adquiridos por Sir. Thomas Kennedy na sua grande viagem.

Castelo Culzean - longo salão

Uma outra pequena sala, com um ar acolhedor, onde outrora seria servido o chá das cinco, antecede uma zona de quartos onde os mais pequenos residentes da casa dormiam .

Castelo Culzean - pequena sala

 O que nos quartos onde os mais pequenos dormiam, mais atraiu a minha atenção, foi o formato dos berços ou camas infantis, que mais lembram pequenos barcos.

Castelo Culzean - quartos infantis

Perto de uma pequena escadaria interior, um lembrete do motivo porque existe um quarto no castelo com nome homónimo, que foi oferecido e pertencia ao General Dwight D. Eisenhower.

Castelo Culzean - presente de agradecimento

Por último, na visita ao interior do Castelo, a cozinha, cheia de utensílios, e com uma mesa que pretende relembrar o que anteriormente lá era preparado.

Castelo Culzean - cozinha

De regresso ao exterior do castelo, um pouco mais do mesmo.

Castelo Culzean - exterior 2

E do parque que o rodeia.

Castelo Culzean - parque

Além de um livro sobre a História do Castelo e do Parque, de uma decoração para a árvore de Natal, adquiri igualmente dois postais na loja do Castelo.

Castelo Culzean

Depois de dada por concluida a visita ao Castelo Culzean e um pouco do seu extenso parque, era chegada a altura de rumar em direcção ao segundo destino, aquele que interessava mais aos nossos dois amigos pois ainda não tinham visitado nenhuma destilaria de Whisky na Escócia. A escolha recaiu sobre a denominada “The Famous Grouse Experience”, cujo panfleto tinha trazido do aeroporto de Glasgow.

A destilaria fica em Crieff, a norte de Glasgow, como o mapa no início do mapa assinala.

Famous Grouse Experience - localizaçao

A destilaria é facilmente identificável pelo seu edifício com as chaminés típicas, e com o inconfundível “Grouse” de grandes dimensões à entrada do parque de estacionamento.

Famous Grouse Experience - parque e edifício

Mas o conhecido Whisky The Famous Grouse, não é um Single Malt mas sim um Blended, o que significa que resulta da mistura de vários Single Malted. Como tal não se pode dizer que seja oriundo de uma destilaria exclusivamente. Desta forma escolheu para a sua “casa” a destilaria do Whisky Glenturret, a mais antiga destilaria da Escócia, fundada em 1775, que pertence ao mesmo grupo.

Famous Grouse Experience - destilaria

Durante a visita guiada à destilaria, por sinal a mais interessante e instructiva das que fiz durante estas férias na Escócia, sobretudo pela guia Australiana que tivemos, não foi possível, uma vez mais tirar fotografias nos espaços interiores.

Assim as únicas que possuo são as da loja, no fim da visita guiada, onde foi feita a prova de dois Whiskys, um dos quais um Famous Grouse fumado.

Algo interessante, é que é possível engarrafar a sua própria garrafa de Whisky, de uma edição anual especial.

E foi mesmo isso que o Earl e a Condessa de Strathearn, mais conhecidos como Duque e Duquesa de Cambridge, fizeram aquando da sua primeira visita oficial à região escocesa de  Strathearn em 2011.

Famous Grouse Experience - lojaFamous Grouse Experience - loja2

Um dia em cheio, que acabou em Glasgow…

Nas Terras Altas escocesas

O segundo dia na Escócia começou no hotel, com um pequeno almoço continental para uns, e um tipicamente Macdonald escocês para outro.

Macdonald - pequeno almoço

O percurso previamente definido, sofreu alterações ao longo do dia, mas presumo que  o imprevisto também torna um dia de férias ainda mais interessante.

O mapa seguinte, (uma vez mais cortesia do Google maps) resume o resultado final, mas apenas em um sentido, porque o dia acabou uma vez mais no hotel em Inverness.

Segundo dia na Escócia - mapa

O primeiro local que mereceu uma paragem, foi totalmente inesperado. Era um local que o meu marido queria visitar mas que tinha desistido, ao constatar via internet que o local não estaria a laborar durante o período da Páscoa. Assim não se tinha preocupado em descobrir onde ficava concretamente.

No entanto, no percurso para o Castelo Dunrobin, ao apreciar a paisagem, vi uma tabuleta informativa que anunciava a proximidade da Destilaria Glenmorangie. Essa era justamente a destilaria sobre a qual o meu marido tinha pesquisado, e decidimos espreitar se realmente estaria tudo fechado ou se daria para visitar.

Glenmorangie street sign 1

Os prenuncios eram encorajadores, já que haviam vários automóveis, estacionados no parque.

Destilaria Glenmorangie 1

Efectivamente, era possível visitar a destilaria, mas foi a loja, em um  pequeno edífício anexo, que mais despertou a nossa atenção.

Destilaria Glenmorangie 2

A loja é elegante e selecta, e possuia algumas garrafas de Whisky que a avaliar pelo seu preço, suponho que só podiam ser excepcionais.

Destilaria Glenmorangie 3

Depois da destilaria, a viagem continuou em direcção ao Castelo Dunrobin, um dos castelos que eu tinha mais interesse em visitar nas Terras Altas escocesas.

Castelo Dunrobin - indicacao

O Castelo Dunrobin parece literalmente retirado de um Conto de Fadas.

Dunrobin Castle postcard

O Castelo Dunrobin é das grandes casas, a que se encontra mais a norte na Escócia, sendo mesmo a maior das Terras Altas com 189 quartos, e uma das casas britânicas mais antigas continuamente habitadas, datando em parte dos inícios dos anos 1300.

Trata-se da casa histórica dos Condes e Duques de Sutherland. A Primeira parte do edifício data de cerca de 1275 e possui várias extensões posteriores.

Eis a planta informativa do que se pode encontrar na propriedade.

Dunrobin Castle plan

E mesmo em um dia com muitas semelhanças a um outonal, não perde muito do seu encanto.

Castelo Dunrobin - castelo e jardim

Além do jardim, também tive o desprazer de visitar o Museu, anexo à propriedade, onde estão expostos os trofeus e comprovativos de caça dos ancestrais da família Sutherland. Para mim o museu pode ter o efeito de incentivar a caça furtiva, de alguma forma enaltecendo-a, o que só pode ter repercuções nefastas.

Castelo Dunrobin - Museu

Já dentro do Castelo, não era permitido tirar fotografias, pelo que as que possuo se limitam à entrada, onde se adquirem os bilhetes, o que não revela muito do seu interior.

Castelo Dunrobin - interior

Assim na loja não saí sem o Guia oficial do Castelo (e sem mais uma decoração para a minha árvore de Natal).

Dunrobin Castle guide

Após dar por concluida a visita ao castelo Dunrobin, eis chegada a altura de alterar os planos seguintes (que implicavam uma inversão de marcha e seguir no sentido contrário, em direccao à região de Speyside, especialmente pródiga em destilarias de Whisky).

Assim o destino continou em direcção à extremidade mais a norte da ilha da Grã-Bretanha, num percurso predominantemente junto à costa até John O’ Groats.

Percurso até John O Groats

O principal motivo para a visita a este vilarejo, é simples. O local é conhecido por ser uma das extremidades da distância mais longa entre dois pontos continentais britânicos habitados, com a extremidade da terra a sudoeste, em Cornwall a distar 876 milhas (1.410 quilômetros) de John O’ Groats.

John o Groats

Numa lojinha nas imediações, além de adquirir um postal ilustrativo do percurso destas 876 milhas, não resisti a comprar também uma bola com motivos escoceses para decorar a minha árvore de Natal.

John O Groats

Dever cumprido, chegamos a John O’ Groats, era por isso altura de finalmente regressar a Inverness, sem mais desvios previstos. Até porque o Castelo e Jardins de Mey, que fica nas imediações, estava ainda fechado ao publico.

A chegada a Inverness foi bem mais tardia que quaisquer previsões podiam antever, pois na viagem de regresso encontramos uma fila interminavel de veiculos na estrada, consequência de um veículo pesado a obstruir completamente as vias.

veiculo pesado na estrada

E descobrimos em “primeira mão” a parca quantidade de estradas alternativas e o quão estreitas, apenas com uma faixa de rodagem,  as estradas na Escócia podem ser.

O aspecto positivo do percurso alternativo utilizado, foi poder apreciar um pouco a costa oeste da Escócia, ver as ovelhas a uma incrível proximidade e desfrutar ainda mais da paisagem.

Percurso de regressoa a Inverness

Assim a chegada a Inverness foi apenas para jantar, e descobrir que a maioria dos Restaurantes escoceses estão interditos a menores de 16 anos a partir das 21h, por servirem bebidas alcoolicas e funcionarem como Pubs também.

Acabo este artigo com Inverness ao anoitecer, com o seu castelo e as margens junto ao Rio Ness.

Inverness ao anoitecer

Há datas que são impreteríveis de festejar

Para mim qualquer justificação é boa para festejar. Mas há datas que anualmente são incontornáveis, e que faço questão de celebrar da melhor forma possível, conforme as condições permitem.

Este ano por exemplo, o dia de aniversário do meu casamento pelo civil coincidiu com um sábado, num fim-de-semana em que por vários motivos, sabia que não optariamos por sair de casa.

Se no meu aniversário de nascimento faço questão de festejar  fora, nem que seja apenas para jantar com algumas das pessoas mais importantes da minha vida, já no de casamento, não faço essa questão, e ir para a cozinha e preparar algo especial, é bastante plausível.

Foi justamente com essa ideia em mente que comecei o dia 11 de Março a escolher na internet os pratos que iriam compor a ementa do jantar.

A entrada escolhida, foi uma que já fiz várias vezes, mas que aprecio bastante e que  também costuma ser muito apreciada pelos outros destinatários do jantar.

Para prato principal, queria algo que fosse preparado no forno, permitindo-me assim mais tempo livre, no entretanto, para outras exigências da ementa e dos preparativos, e de preferência que tivesse peixe como ingrediente essencial.

As restrições na escolha da sobremesa prenderam-se sobretudo com os ingredientes de que dispunha em casa, já que a queria preparar de manhã antes de ir para o exterior. Por outro lado queria fugir ao chocolate, pois ao invês de castanho, ao amor associo muito mais facilmente as cores vermelho e rosa. Assim na minha pesquisa, procurei receitas com frutos vermelhos (e leite condensado, um ingrediente que simplesmente adoro)…

Depois de decididos os três pratos, eis chegada a altura de fazer a sobremesa, a colocar no frigorífico, e de preparar as ementas a imprimir.

bodas de aço

A mesa que serviu de cenário principal, para um jantar que desejava fosse especial, foi colocada enquanto o peixe estava no forno, e antes de os camarões exigirem a minha total atenção.

Bodas de Aço - a mesa

Para não variar, escolhi o serviço de porcelana que tanto adoro, da Pip Studio, com algumas peças extra versateis da Asa Selection, uma travessa da Villeroy & Bosch, e apenas copos de água (porque sou abstémia) da Atlantis.

As letras usadas como marcadores de lugar, foram adquiridas durante os Saldos de Natal, na Butlers, e os guardanapos são da Papstar.

Como couvert na mesa, Ciabatta com ervas, pesto de basílico e creme de azeitona Kalamata.

Entretanto a entrada ficou pronta e o jantar podia começar…

Bodas de Aço - a entrada

Ao que se lhe seguiu o prato principal, muito apreciado pelos três.

Bodas de Aço - prato principal

Para coroar um jantar dedicado ao amor e à união, a cor rosa na forma perfeita de um circulo, para simbolizar que não existe princípio nem fim neste sentimento.

Bodas de Aço - a sobremesa

O molho de frutos vermelhos, optei por servi-lo separadamente, assim cada pessoa podia coloca-lo na quantidade que mais lhe aprouvesse, ou mesmo optar pelo bavaroise sem qualquer extra.

Reencontro em Salzburgo

É incontável o numero de vezes que já visitei Salzburgo, pelos mais diversos motivos.

Recentemente regressei a Salzburgo, por um motivo muito especial. Os meus pais passaram alguns dias de férias em Viena, e propus-lhes viajarem um dia de comboio até Salzburgo, para reverem a cidade e nos podermos reencontrar também.

Os bilhetes para a viagem foram comprados antecipadamente no site da ÖBB, companhia ferroviária nacional austríaca, de forma bastante simples e expedita. Assim em poucos minutos ficaram com o bilhete em pdf nas suas mãos, e só tiveram que esperar pelo dia agendado para o usarem.

O comboio com partida às 08:36 da estação de comboios ocidental de Viena (WIEN WESTBAHNHOF) tinha hora prevista de chegada à estação central de Salzburgo (SALZBURG HBF) às 10:58. A viagem de regresso foi marcada com partida de Salzburgo às 19:02 e chegada  a Viena às 21:24. Viena e Salzburgo ficaram assim a cerca de 2h20 de distância.

Confesso, que apesar de partirem de um local mais distante que eu (que de Munique estava a cerca de 143 km de distancia), chegaram primeiro ao local de encontro definido, o Palácio e Jardins de Mirabell, o local perfeito, pois dista cerca de 930 m da estação central da cidade. Quando cheguei já tinham explorado bastante bem os jardins…

Salzburgo - Palácio e jardins de Mirabell

O dia presenteou-nos com sol e calor, pelo que a visita a Salzburgo foi ainda mais agradável.

O mapa detalhado com as principais atracções turísticas devidamente identificadas, pode ser encontrado no site oficial de Salzburgo, clicando aqui.

Um dos primeiros locais visitados depois dos sempre encantadores e deslumbrantes jardins de Mirabell, foi ditado pelo meu três palmos, que insistia que queria almoçar.

O Restaurante escolhido, ainda do lado da cidade nova, na Linzergasse 9, foi o Gabler Bräu, que se orgulha de existir desde 1429.

Com uma longa história de cerca de 584 anos, foi mencionado pela primeira vez como pousada em 1429, apesar de na altura com um outro nome “Pirprew”. Mudou várias vezes de proprietário até que em 1535 foi adquirido pela família Gabler, a Bräu (cerveja), de onde advém o nome Gabler Bräu. Em 1868 a cervejaria e pousada foi adquirida por Josef Mayr e em 16 de Julho 1868 Franz e Marie Mayr (pais do baixo-barítono de opera Richard Mayr) fizeram o contrato de aquisição e mantiveram-na na família até ter sido adquirida mais tarde pela Brau AG. Actualmente o edifício é propriedade da Immobilien Bauträger AG, que renovou todo o complexo nos anos de 2011/2012.

Salzburg - Gabler Bräu

Os pratos escolhidos, de uma ementa com pratos típicos regionais, revelaram-se bastante saborosos e genuínos. Recomendo sem dúvida alguma, este local para uma descontraída e deliciosa refeição na cidade, rodeada pela história que transpira pelas  paredes do edifício…

Depois de saciado do almoço, o meu três palmos estava em condições de explorar uma vez mais a cidade berço de Wolfang Amadeus Mozart.

Depois de atravessada uma das pontes sobre o rio Salzach (a Staatsbrücke, ponte do estado), chegamos ao centro histórico da cidade.

Salzburgo - Ponte do estado

Percorrer a Getreidegasse, a rua comercial pedonal mais famosa e típica da cidade, com os reclamos tradicionais metálicos a sobressaírem das fachadas das lojas, é algo quase obrigatório para um turista na cidade, e tem um atractivo extra principal, o facto de ser no numero 9 desta rua que se encontra a Casa de nascimento e Museu de W. A. Mozart. 

Salzburgo - Getreidegasse

Ao fim desta rua encontra-se a Igreja de São Brás, na Bürgerspitalgasse 2, e virando à esquerda, um pouco depois, pode-se vislumbrar a Praça Karajan com a Pferdeschwemme (local onde os cavalos se podiam lavar e refrescar depois do árduo trabalho), onde efectivamente sobressai a temática dos cavalos, quer nas pinturas quer na estátua no meio da fonte.

Salzburgo - Praca Karajan

Daí o percurso continuou para a Praça da Universidade (Universitätsplatz), onde se realiza em alguns dias da semana uma espécie de pequeno mercado de flores e outros artigos, em frente a Igreja Universitária.

Salzburgo - Igreja Universitária - exterior

Salzburgo - Igreja Universitária - interior

Alter Markt é considerado o centro do centro histórico da cidade. Aqui pode-se vislumbrar a fonte de S. Floriano, e a “residência” de algumas das lojas de marcas de maior prestigio internacional como a Hermès por exemplo.

Salzburgo - Alter Markt

É também aqui que se encontra um dos Cafés-Confeitarias Fürst, onde se podem adquirir as famosas Mozartkugel (esferas Mozart) originais de Salzburgo, típicos chocolates e conceituadas lembranças da cidade.

Salzburgo -Café confeitaria Fürst

A Praça da Residência com a sua fonte, fica logo a seguir, a anteceder a praça onde se encontra o ponto fulcral e central da diocese, a catedral da cidade.

Salzburgo - Praca da residencia

A Catedral de Salzburgo, Igreja dedicada a S. Ruperto de SalzburgoSt. Virgilio de Salzburgo, situada na Domplatz é outro dos marcos incontornáveis no centro da cidade.

Salzburgo - Catedral

Com tantos motivos de destaque, o interior da catedral merece, para ser apreciado devidamente, que se despenda bastante tempo a percorrer a nave central e laterais, o que desta ultima vez não aconteceu.

Salzburgo - Catedral - interior

Depois da Catedral, passando pela Kapitelplatz, em direcção ao funicular pelo qual é possível chegar à Fortaleza, é impossível não parar para apreciar a esfera dourada gigante, uma obra de arte de  Stephan Balkenhol.

Salzburgo - Kapitelplatz

Após uma breve passagem pelo cemitério compreendido no complexo de S Pedro, no qual parece sempre um pouco mórbido tirar fotografias, o percurso continuou até ao ponto de partida do funicular que nos levaria à fortaleza Hohensalzburg.

Salzburgo - planta do complexo de S Pedro

A fortaleza indiscutivelmente tem diversos focos de interesse para visitar (como o Museu de Marionetas, o Museu da Fortaleza ou os aposentos da regência, por exemplo), mas a possibilidade de apreciar a cidade de um local sobranceiro como o que esta proporciona, coloca a sua visita no topo de qualquer lista dos locais a visitar em Salzburgo.

Salzburgo - avistado da Fortaleza Hohensalzburg

Depois de devidamente explorado tudo o que a Fortaleza poderia oferecer, e de descer usando uma vez mais o funicular, eis chegada a altura de começar a fazer o percurso de regresso e de despedida do centro histórico da cidade, mas continuando a usufruir do que a cidade tem para oferecer.

Pelas ruas Judengasse e Goldgasse, encontram-se sobretudo as lojas onde é Páscoa e Natal durante todo o ano. Lá é sempre difícil resistir à tentação de não adquirir pelo menos um ovo incrivelmente e magistralmente decorado, e leva-lo para casa, o problema é perante uma gama tão vasta, escolher o que se gosta mais.

Salzburg - Páscoa e Natal o ano todo

Esta visita a Salzburgo, acabou sensivelmente no mesmo local que começou, nos jardins de Mirabell, depois de atravessar a ponte Makartsteg, apreciar o Hotel Sacher Salzburg, de um lado e  o centro histórico da cidade do outro.

Salzburgo - na despedida

Outros locais no centro histórico da cidade ficaram por rever, o que não foi grave, pois Salzburgo é uma cidade à qual dá sempre vontade voltar.

No aeroporto de Bruxelas…

Nas ultimas férias em Portugal, ao contrário do que acontece habitualmente, fizemos escala no aeroporto de Bruxelas, tanto na viagem de ida como na de regresso.

O aeroporto tem um aspecto cuidado, com um longo corredor envidraçado, o que o torna bastante iluminado em virtude da iluminação natural. O mapa do aeroporto podem encontrar aqui.

À chegada ao longo corredor do aeroporto fiquei imediatamente surpreendida, pois poder-se-ia tratar de um qualquer aeroporto alemão  Afinal nesse mesmo corredor central de acesso às portas de embarque, entre as passadeiras rolantes encontravam-se em exposição automóveis desportivos, de marcas alemãs, respectivamente um Audi, um BMW e um Mercedes.

Confesso que não fotografei os três, mas o BMW Z4 cor de tijolo, esse ficou devidamente registado…

Aeroporto de Bruxelas - BMW Z4

Em contrapartida, continuando no corredor, mas em direcção contrária, não para as portas de embarque mas para a área comercial,  encontro um outro automóvel exposto. Este de uma conceituada marca japonesa, literalmente com um corte longitudinal. Tratava-se do híbrido Toyota Auris Touring Sports.

Aeroporto de Bruxelas - Toyota Auris Touring Sports

Em frente a este automóvel exposto, certamente o restaurante de marisco mais gourmet do aeroporto, o Black Pearls, junto às escadas rolantes pelas quais se acede aos Lounges.

Aeroporto de Bruxelas - Restaurant Black Pearls

Na área comercial, nao faltam boutiques, espaços de alimentacao, ou as habituais lojas  típicas de aeroporto (com  perfumes e cosméticos, alguns brinquedos, merchandising do país e/ou região, bebidas e delicatessen). Mas a predominância são indiscutivelmente as chocolaterias, afinal a Bélgica é famosa pelo seu chocolate, e nestas não faltam marcas como a Neuhaus, a Godiva, Corné Port-RoyalGuylian, entre outras. 

Aeroporto de Bruxelas - gourmet e chocolates

No aeroporto despertou a  minha atenção, numa das extremidades do corredor, perto de uma porta de embarque, a escultura alaranjada de um “Ovo de Colombo”. Confesso que sem ler a inscrição primeiro pensei que fosse algo alusivo à Páscoa cristã, apesar da mesma já ter passado (a ortodoxa, por acaso foi apenas a 5 de Maio).

Aeroporto de Bruxelas - escultura de ovo de colombo

No computo geral fiquei bem impressionada com o aeroporto de Bruxelas, mas devo reconhecer “que nem tudo são rosas”.

Por exemplo, enquanto esperava pelo voo de ligação, vi um homem das limpezas com o seu carrinho, a esvaziar os baldes de separação do lixo. Apesar de existirem 3 ele esvaziou-os todos para um saco XL comum. Não podia acreditar, talvez fosse ilusão óptica minha, mas ao circular posteriormente perto do carrinho confirmei que o mesmo não possuía qualquer  outros separados no seu interior. Inacreditável…

Apesar de não ser da responsabilidade do aeroporto em si, a viagem de regresso a casa será sempre associada à greve dos funcionários da Swissport. Tal fez com que chegasse a Munique sem malas e que as mesmas só me tivessem sido entregues em casa dois dias depois.

Ainda bem que tal aconteceu na viagem de regresso a casa, ou seja, no fim das férias, pois o transtorno teria sido bem maior se tivesse sido no início das mesmas, como certamente terá acontecido com muitas pessoas.

Merecida pausa para almoço…

A visita exploratória a Ljubljana exigia uma bastante adiada pausa para almoço.

O Restaurante que foi escolhido para a referida pausa, transmite um aspecto recatado e acolhedor, chama-se Gostilna AS e localiza-se na Čopova ulica 5a.

O interior é agradável, os empregados muito simpáticos, prestáveis e solícitos.

A comida é deliciosa. No âmbito das entradas, das quais não possuo qualquer registo fotográfico, destaco o paté de azeitona preta que estava absolutamente divinal.

Como prato principal desfrutei desfrutei de peixe maravilhosamente apresentado. O peixe foi servido entrançado, o que me surpreendeu imenso. O seu sabor a fresco genuíno agradou-me imenso. Afinal, o que é bom não precisa de ser “dissimulado” por muitos ingredientes e especiarias para se tornar apelativo ao paladar: Filete de robalo grelhado com funcho e herbas

As sobremesas onde o chocolate foi predominante, também tinham óptimo aspecto mas foi o seu sabor o que realmente me agradou mais: Bolo de chocolate e Soufflé de chocolate com creme de baunilha e morangos, respectivamente.

Ljubljana - pausa para almoco

Um restaurante que absolutamente recomendo a quem visitar Ljubljana…

Aqui podem descobrir um pouco mais acerca dos pratos que compõem a rica ementa.

Quando a vontade aperta…

Já referi certamente várias vezes aqui, o quanto sinto falta de comida mediterrânica e de peixe nas minhas refeições. Consequências de ter vivido a maior parte da minha vida junto à costa do atlântico e ter trocado recentemente a proximidade ao mar pela proximidade à montanha, aos Alpes.

A paisagem predominante mudou radicalmente, as temperaturas também… com a presença habitual de neve no Inverno, o que no primeiro ano foi uma absoluta novidade.

Habituei-me a muitas dessas mudanças, aprendi a apreciar outras. Mas não se pode tirar  a agua salgada a um peixe que esteja habituado a esta… nem se pode erradicar o peixe da alimentação de quem tanto o aprecia e se habituou a ele no seu regime alimentar.

Assim quando a vontade aperta, a solução mais simples é escolher um restaurante tipicamente com comida mediterrânica para fazer uma agradável refeição.

Admito que restaurantes de comida portuguesa, não são nada fáceis de encontrar em Munique. Restaurantes espanhóis, italianos ou gregos, existem em considerável maior número.

A escolha recaiu desta vez num restaurante grego, situado numa das cidades periféricas a sul de Munique que pertencem ao seu concelho, Unterhaching.

O Restaurante Mythos para mim é sempre uma aposta ganha, pois a decoração é cuidada, os empregados atenciosos, e mais importante ainda, a ementa é bastante vasta e os pratos deliciosos.

Desta vez, num dia pleno de Inverno, onde a neve abundava a decorar a paisagem e as temperaturas no exterior resistiam bastante negativas, as escolhas recaíram em pratos quentes, mesmo nas entradas.

Entradas quentes (Warme Vorspeisen)

Eu admito que sou uma fervorosa adepta de marisco, por isso escolhi para entrada:

Camarões grandes na frigideira, com cebolinha, pimentão, alho e ervas frescas em molho de vinho branco, tomate, e queijo feta”.  (Entrada 219 da ementa do dia)

restaurante Mythos - entrada - Camaroes grandes na frigideira

 Estava divinal, e o molho impossível de resistir.

O meu marido, em contrapartida, como é bastante apreciador de queijo optou como entrada:

Queijo de ovelha no forno (Queijo feta grego, finamente temperado, com tomate, pimentão, azeitonas, cebola e alho)” (entrada quente 27 da ementa do restaurante)

restaurante Mythos - entrada - Queijo de ovelha no forno

Pratos Principais(Hauptspeise)

Eu optei por um prato de peixe (Fischgerichte), obviamente, e continuando na ementa do dia escolhi:

Robalo fresco grelhado, servido com legumes fritos e salada” (prato 228)

restaurante Mythos - Peixe - Robalo fresco grelhado

O meu marido, que não sente certamente tanta falta do peixe quanto eu, optou por um prato de carne (Fleischgerichte), escolhendo uma especialidade grega na frigideira (Spezialitäten aus der Pfanne) continuando fiel à ementa habitual do restaurante (segundo ele, não se apercebeu da existência da ementa do dia, que neste caso se trata de uma ementa sazonal).

Medalhões de Porco em molho de vinho e queijo feta, servido com batatas e salada” (prato  92)

restaurante Mythos - carne - Medalhões de Porco

O meu três palmos, que já tem uma maior predilecção pelos pratos típicos bávaros, optou  por panado de porco (Paniertes Schnitzel) com batatas fritas, e como mal chegou o seu prato quis logo começar a comê-lo nem tive oportunidade de o fotografar.

Sobremesas (Nachspeisen)

Apenas eu quis sobremesa, para partilhar com o meu três palmos, pois não resisto a gelado de baunilha com molho quente de framboesas (prato 191 da ementa habitual). Confesso que o meu três palmos, quase não me deixou provar as framboesas, porque também aprecia bastante esta sobremesa.

restaurante Mythos - sobremesa - gelado de baunilha com framboesas quentes

Uma refeição que apaziguou muito cabalmente as minhas saudades de comida mais mediterrânica.

Krapfen e Carnaval

Até ter vindo viver para a Alemanha, para mim as Bolas de Berlim, apesar do nome associado à capital alemã, sempre foram um bolo bastante popular e típico em Portugal, com um formato mais ou menos redondo (como o próprio nome sugere) e recheado sempre com creme pasteleiro.

A foto seguinte foi retirada da internet referente à Confeitaria Nandinha, considerada por alguns apreciadores, onde se podem encontrar as melhores bolas de Berlim no Porto (Rua Serpa Pinto, 74).

Bolas de Berlim

Mas na Alemanha o recheio e cobertura das Bolas de Berlim, conhecidas por Berliners, Pfannkuchen, Kräppelchen, ou Krapfen, dependendo da região do país, é muito variado. Mas é na altura do Carnaval que são mais populares e em que a diversidade e criatividade aumenta exponencialmente.

A questão que se coloca: Porque é que os bávaros comem Krapfen durante a época de Carnaval?

Existem numerosas versões que explicam porque é que os Krapfen são consumidos principalmente durante esta época do ano, mas a maioria delas atribui à dieta. Na idade média, esses doces, carregados de gordura eram comidos pelos fiéis, para aumentarem o volume e aguentarem os 40 dias de jejum durante a Quaresma. Como os Krapfen são feitos com manteiga e ovos e têm entre 200 e 300 calorias cada, teriam sido uma alternativa mais nutritiva ao pão simples comido tipicamente pelos pobres.

Mas cuidado, porque o Carnaval é conhecido como o período especialmente propício para as pessoas pregarem partidas. Afinal quem não conhece a expressão  “É Carnaval ninguém leva a mal”?

E nesse domínio os Krapfen não estão a salvo, e são objecto de uma partida bastante comum na sua preparação.

Em vez de rechear todos os Krapfen com um doce, muitas vezes marmelada caseira, os especialistas em “Fasching” recheiam um dos Krapfen alternativamente com mostarda. É sempre um momento interessante quando são oferecidos Krapfen caseiros, pois nunca se sabe com o que se pode contar. Uma coisa é certa: o olhar no rosto da pessoa que trinca o Krapfen “mustardado” é sempre impagável!

Os Krapfens oriundos directamente de uma confeitaria são muito mais seguros, isso é certo.

Espreite por exemplo a diversidade de opções que a Confeitaria Heinz oferece nesta altura:

Bäckerei Heinz – Krapfen

Em Munique, a Confeitaria Rischart, com diversas filiais no centro da cidade, é uma das com mais afluência, e também possui uma diversidade enorme de Krapfen à disposição do comprador.

Rischart – Krapfen

O Café Högl é outro dos imensos locais onde a oferta é enorme…

Cafe Högl – Krapfen

Café Högl – Krapfen

E na Confeitaria Riedmair, é mesmo possível  encontrar entre as opções, Krapfens de Cannabis (apesar de garantirem que as mesmas não contêm qualquer substancia ilegal).

Confesso que não sou apreciadora de Bolas de Berlim,  mas isso não me impede de falar nas mesmas, pois não lhe faltam fãs e ainda mais por cá nesta altura do ano.

O meu três palmos, pelo contrário, aprecia bastante, e a ultima que provou era recheada com creme de coco…

Oxalá lá mais vezes…

Algo que gosto imenso de fazer quando visito Portugal, é comer o meu saudoso e fresco peixe, típico dos países à beira mar plantados.

Eu que sempre vivi perto do mar, até o ter trocado pela proximidade aos Alpes, sinto falta da gastronomia portuguesa tão rica em pratos de peixe.

O velho ditado popular tem muita razão de ser, porque realmente só se sente falta do que não está presente, do que não faz parte do quotidiano, e isso para mim, acontece com o peixe fresco à mesa.

Por esse motivo, quando estou em Portugal, aproveito para ir a alguns restaurantes junto à costa, onde a ementa é rica em pratos de peixe e marisco.

Uma dessas idas ao restaurante, levou-me a um que já conheço faz imenso tempo e ao qual gosto sempre de regressar, o Oxalá.

Um restaurante localizado em Ovar, na Rua Colares Pinto, Carregal Sul, em frente à Marina de Ovar, Ria de Aveiro.

Oxalá - localizacao do Restaurante entre o Porto e Aveiro

Foi inaugurado em 1991 e desde então só pode ter angariado adeptos nas pessoas que o visitem.

Com uma paisagem descontraída, como horizonte visual, que convida a um momento relaxante, um ambiente requintado mas não luxuoso, um serviço simpático e muito atencioso, pratos muito bem confeccionados e demasiado generosamente servidos… é irrecusável o convite para um jantar no Oxalá.

Desta vez na ementa seduziu-me uma Sinfonia Marítima, descrita como variedade de peixes grelhados c/ legumes.

Quando chegou a longa travessa à mesa, fui totalmente surpreendida pelo tamanho de uma dose para dois, mas sobretudo pelos peixes grelhados virem camuflados por baixo de marisco variado.

Palavras para quê, adorei esta sinfonia… e fiquei saciada sem conseguir experimentar todos os peixes que a compunham. Aliás, nem eu nem o meu marido demos conta da travessa…

Não existem meias sinfonias e uma é demais para dois…

Mesmo assim não resisti a uma sobremesa, Tarte de Maracujá, que por sinal também vinha muito bem acompanhada…

Oxalá - Sinfonia de Peixe e tarte de maracujá

Conclusão, no Oxalá, não se pode confiar no que a ementa diz, porque os pratos trazem bem mais do que mencionam…

A quem goste de peixe e passe pelas imediações recomendo que pare, e entre para uma refeição no Oxalá.

Em Ovar, seguramente é um dos restaurantes onde será melhor servido a vários níveis.

No Surbahar…

Há dias em que acordamos com vontade de comer algo muito específico e que sabemos muito bem onde encontrar.

Já vos aconteceu alguma vez isso?

A mim já, e numa das ultimas vezes em que tal aconteceu, isso implicou almoçar num restaurante indiano muito específico em Munique, o Surbahar.

Não se trata de um restaurante particularmente na moda ou muito “in”, mas também não é apenas mais um dos muitos restaurantes indianos que se podem encontrar na cidade (um número exponencialmente grande comparado com o numero de restaurantes portugueses existentes. Mas tal não serve de referencia, pois eu só tenho conhecimento de existirem dois restaurantes portugueses, e um deles é mais conhecido por ser um bar).

A sua morada é Flurstraße 32, ou seja, fora do centro histórico da cidade cujo epicentro é Marienplatz, e o mapa seguinte ajuda a localiza-lo.

No interior do restaurante a cor predominante é o laranja e nas paredes não faltam as típicas tapeçarias ricamente bordadas.

Aqui encontram em pdf a extensa ementa do restaurante (em alemão mas com tradução simultânea em inglês, o que ajuda sempre bastante, pelo menos a mim)

Um dos motivos de eu gostar deste restaurante é justamente essa, a extensa lista de opções que compõe a sua ementa. Já experimentei alguns pratos, mas o que me trouxe desta vez ao restaurante foi, como referi, algo muito específico e de que fiquei fã desde a primeira vez que provei.

Como Covert, a aparecer na mesa, antes mesmo de ter tempo para desfolhar todas as páginas da ementa e pouco depois de servirem as bebidas, não faltou o tradicional pão Nan, acompanhado por três molhos, um de manga, outro de frutos vermelhos e um de menta.

Para o meu três palmos que não é particularmente fã de comida indiana, nem eu faço questão que o seja, pelo menos por enquanto, pedi uma sopa indiana de galinha.

Eu sabia antecipadamente o que ia querer, uma das especialidade na categoria de peixe (que inclui marisco): Mango Jhenga e que é descrito como gambas com manga, abacaxi e molho de açafrão e amêndoa.

Claro que na mesa também não faltou a acompanhar o prato principal típico pão indiano. Escolhi o Lachsan Kulcha que é  preenchido com alho.

O meu acompanhante adulto optou por um prato de pato, especialidade da casa, o Ente Surbahar.

De sobremesa continuei fiel à manga, com um creme de manga a acompanhar gelado de baunilha.