Primeiro dia em Washington D.C.

O primeiro dia em Washington, começou cedo por efeitos de “jet lag”. O dia estava solarengo, e bastante primaveril com temperaturas bastante convidativas para passear pela cidade.

Washington DC

Com um mapa de Washington D.C. nas mãos (obtido na recepção do hotel), era chegada a altura de decidir qual o caminho a seguir e que local visitar primeiro.

washington-dc-capitol-hill-map

Atendendo a que o ponto de partida era Foggy Bottom, e que estava tudo por visitar, o percurso a seguir, que parecia fazer mais sentido, era continuar pela 23ª Rua até ao Lincoln Memorial (extremidade esquerda do mapa anterior).

No percurso ainda haviam vestígios da sinalização existente relativa ao dia de Inauguração do 58º Presidente, afinal todos os que quiseram assistir eram convidados fazê-lo, deslocando-se a pé.

sinalectica dia inauguracao

E também se passa pelo edifício do Instituto da Paz dos Estados Unidos.

Instituto de Paz dos Estados Unidos

Mas efectivamente era o “Lincoln Memorial” que merecia especial atenção de todos os turistas nas imediações.

Lincoln Memorial

E se era a monumental estátua de Abraham Lincoln no centro interior do memorial, que inspirava respeito e todos queriam ver e visitar, eram os discursos gravados nas paredes que lhe davam maior significado e importância por tudo o que representavam.

Discursos Lincoln

 Depois do Memorial de Abraham Lincoln ter ficado para trás, o Espelho de Água em frente ao Memorial, e o Monumento de Washington, um obelisco de enormes proporções, são impossíveis de ignorar.

O Espelho de Água foi apreciado e percorrido pelo seu lado Norte pelo que  só avistei à distância o Memorial dos Veteranos da Guerra da Coreia, com os seus soldados a lembrarem os típicos exércitos em terracotta, assim como o Distrito de Columbia War Memorial (com a forma de um Monóptero), que homenageia os cidadãos do Distrito de Colúmbia que serviram na Primeira Guerra Mundial.

Espelho de Agua em Frente ao Memorial de Lincoln

A colmatar na extremidade do Espelho de Agua, encontra-se o impressionante Memorial da Segunda Guerra Mundial.

Memorial da II Guerra Mundial

Depois de deambular um pouco pelo Memorial, a vontade de ingerir algo, de preferência sentada e num ambiente confortavel e acolhedor, fez-me desviar do “National Mall”, onde tirando as tradicionais carrinhas ambulantes de “Fast Food”, não existem cafés, restaurantes e afins nas imediações,  e subir a 17ª Rua NW, em busca de um local aprazível que preenchesse os requisitos pretendidos.

Mas a 17ª Rua NW, também não é uma rua qualquer, e são vários os edifíicios que lá se encontram dignos de referência. Como por exemplo o edifício principal da Organização dos Estados Unidos, o Memorial Continental Hall – Edificio principal da DAR (Daughters of the American Revolution), o edifício da American National Red Cross, ou o edifício do Corcoran School of the Arts & Design, e o majestoso Eisenhower Executive Office Building.

Na Rua 17 NW

Convém referir que o majestoso edifício Eisenhower fica ao lado do “West Wing da White House” e em frente  à Galeria Renwick, ou seja, está muito bem acompanhado e localizado.

Dwight D Eisenhower Executive Office Building - sinalectica

E como gosto de arte contemporânea, a Galeria Renwick, foi um dos museus que não perdi a oportunidade de visitar.

Renwick Gallery

Foram várias as peças expostas que apreciei bastante, eis apenas algumas delas:

Renwick Gallery - exposicao

Claro que depois de sair da Galeria, queria apreciar a “White House” o melhor possivel, atendendo ao que o extenso perímetro de segurança permitia. Mas foram as estatuas da Praça Lafayette  (norte da White House) que eu pude realmente ver de perto.

Praça Lafayette e White House

E se a White House era o local que todos queriam fotografar entre o gradeamento na Praça, uns metros mais à frente, e depois de passar na Avenida de Pensilvania, em frente aos edifícios do Tribunal Federal das Reclamações dos EUA, do PNC Bank – Bank of América, e do Tesouro dos EUA, na esquina entre a Rua 15ª NW e a Avenida de Nova York NW era certamente onde iriam a seguir, já que é onde se encontra a loja de souvenirs da Casa Branca.

Na Avenida de Pensilvania NW

E na montra da loja de souvenirs, não faltam artigos, alguns bastante peculiares até (como uma espécie de tarteira em vidro cuja cobertura parece a cupola do Capitólio). No interior a quantidade e diversidade de artigos é realmente enorme, e existe para todos os gostos e “preferências politicas” devo acrescentar. Não faltam as cores da Bandeira dos EUA, nem obviamente artigos com o popular slogan “Make America great Again”…

Loja de souvernirs da Casa Branca

(Não resisti a adquirir aqui duas decorações para a minha árvore de Natal, confesso: uma bola e uma decoração metálica alusiva ao Festival das flores de cerejeira.)

Descendo pelo passeio da Rua 15ª NW, pelo lado da loja, umas placas metálicas circulares no chão despertaram a minha atenção e interesse. Tratava-se afinal de um monumento denominado de “The Extra Mile” que pretendia homenagear desta forma pessoas ilustres em diversas áreas.

The extra Mile

O percurso continuou, o que me permitiu posteriormente, virando para a Rua E NW (perpendicular à 15ª), apreciar de novo a Casa Branca, mas agora a sua fachada Sul com os jardins.

Casa Branca - lado Sul

Depois da Casa Branca ter ficado para trás, era chegada a altura de regressar ao National Mall, e apreciar de perto o Obelisco conhecido como Monumento de Washington. Até à Primavera de 2019, não é possível visitar o interior do Monumento pois este encontra-se em obras de reparação e substituição do elevador, ainda por consequência do tremor-de-terra que afectou o estado da Virgínia em 2011.

Monumento de Washington

Deste “ponto central” no National Mall foi interessante vislumbrar os monumentos uma vez mais, que culminam na extremidade Oeste no Lincoln Memorial, e  na extremidade Este no imponente edifício do Capitólio. Foi curioso igualmente presenciar a quantidade de carrinhas de Fast Food que se alinhavam em frente, na rua mais próxima.

 Vistas a partir do Monumento de Washington

Depois de passar por este corredor de carrinhas de Fast Food, e nada imbuida do espírito tipicamente americano, de saciar a fome desta forma, continuei em direcção a um edifício que até então não sabia de que se tratava. Mas lá que tinha um design muito sui generis e um estilo que contrastava com todos os outros que ficavam em “Downtown” isso era inegável. Tratava-se afinal do Museu Nacional da História e Cultura Afro-Americana. Um Museu inaugurado em Outubro de 2016, pelo então Presidente Barack Obama.

Museu Nacional de História e Cultura Afro-Americana

Apesar de todos os Museus em Washington D.C. terem entrada gratuita (excepto três), existe um “catch” para visitar este. Ou seja, não é possível simplesmente chegar ao Museu, entrar e visitá-lo, é necessário possuir previamente bilhetes para esse efeito, e isso é obtido através do site do Museu aqui.

Como não tinha um interesse especial em visita-lo, não fiquei particularmente aborrecida ou transtornada com esse inconveniente.

Assim, a visita à cidade continuou passeando pela frente de vários outros museus que pertencem ao Instituto Smithsonian.

Mapa dos Museus do Instituto Smithsonian

Mas foram os Arquivos Nacionais dos Estados Unidos da América que me despertaram maior interesse em visitar, e por um motivo muito simples, era aqui que se podiam ver os documentos de Fundação dos Estados Unidos: A Declaração de Independência, a Constituição e a Declaração dos Direitos dos Estados Unidos.

Arquivos Nacionais dos Estado Unidos da América

O dia entretanto em termos atmosféricos deteriou-se consideravelmente, e começou a ficar cinzento, e a chover, tornando-se nada convidativo a continuar a explorar a cidade. Assim decidi regressar, mais cedo que o previsto, ao hotel e recuperar um pouco dos efeitos do jet lag que persistiam.

O que este primeiro dia em Washington me deixou completamente convencida, é o quanto “Downtown” se encontra “apinhada” de Edificios, Memoriais e monumentos  emblemáticos e de extrema importância para os EUA, por metro quadrado, sejam eles históricos, governamentais, museus, ou sede de organizações com reconhecida relevância a nivel mundial.

Isso, e o quanto é dificil encontrar lojas, cafés, restaurantes, ou algo do género, nas imediações da área do “National Mall“. (O pequeno-almoço foi tomado perto da Casa Branca, num Cosi, e o Almoço no Carmine’s)

Museu do Cristal em Frauenau

Depois de explorar o Jardim de Cristal em Frauenau, a visita ao Museu de Cristal era um imperativo irrecusável.

O edifício em si tem uma arquitectura moderna bastante interessante, onde o vidro, como expectável, é um material em clara evidencia nas muitas paredes envidraçadas.

Frauenau - Jardim  e Museu de Cristal

O museu está organizado em três áreas, e o plano seguinte, facultado aquando da aquisição dos bilhetes de acesso ao mesmo, ajuda a perceber como.

Frauenau - Plano do Museu de Cristal

Entrada nas áreas de exposição do Museu.

Frauenau - Museu do Cristal - entrada no espaço de exposição

A primeira parte da exposição pode ser denominada de viagem através do tempo, “A Journey with glass“, evidenciando os períodos mais relevantes da história do vidro, começando pelas civilizações antigas das Regiões do Mediterrâneo Oriental, os vitrais das catedrais góticas e achados arqueológicos de vidros usados ​​na Idade Média. O vidro veneziano cristalino do século XV que compete com produtos das vidrarias florestais na Europa Central, e  que simboliza o alvorecer cultural e artístico do Renascimento na exposição. O Barroco, a Revolução Industrial, o Historicismo, a Art Noveau e Art Deco são outros períodos, cada um com as suas especificidades, que pela sua relevância também não foram descurados.

– Civilizações antigas das Regiões do Mediterrâneo Oriental

Frauenau - Museu do Cristal - inicio da viagem - civilizaçoes antigas

-Vitrais das Catedrais Góticas

Frauenau - Museu do Cristal - viagem através do tempo- vitrais das catedrais góticas

– A importância de Veneza e do Vidro de Murano, e a sua chegada à Baviera, às Oficinas do Vidro da Floresta da Baviera.

Frauenau - Museu do Cristal - viagem através do tempo - Veneza 1

Frauenau - Museu do Cristal - viagem através do tempo - a influencia de Veneza 1

– A opulência do período Barroco e do absolutismo das monarquias Europeias

Frauenau - Museu do Cristal - viagem através do tempo - Período Barroco

Frauenau - Museu do Cristal - viagem através do tempo - Barroco 1

A revolução Industrial trouxe a mudança tecnológica imperiosa para a ambiciosa classe média.

Frauenau - Museu do Cristal - viagem através do tempo - Revolucao Industrial

Com a chegada do século XX surgiram os vidros opalescentes da Art Nouveau e Art Deco. 

Frauenau - Museu do Cristal - viagem através do tempo - Seculo XX

A segunda parte da exposição intitula-se Viver e trabalhar com vidro – Living and Working with Glass. “Nesta são apresentados os aspectos sociais e culturais de um assentamento de vidreiros, com relatos autênticos sobre as pessoas em causa, dispostos em torno de um modelo de forno de fusão, e uma colecção de exposições, entrevistas e documentos fotográficos. Ao fazê-lo de forma consistente a exposição procura evitar uma reconstrução tipo casa de bonecas, mas dá exemplos dos passos individuais no processo de produção de vidro, que foram realmente vividos por testemunhas da história – e recolhidos no período de tempo entre a Primeira Guerra Mundial e os dias actuais .
Esta documentação da história social – a história da vida quotidiana – drástica e em contacto com a realidade revela as mudanças no ambiente de trabalho e reflecte os profundos e dramáticos resultados da globalização e automação industrial nos dias de hoje.
O encerramento de fábricas de vidro na floresta bávara e a questão sobre o futuro incerto da indústria do vidro são visualizados assim como são indicadas possíveis soluções para superar a crise.” (texto retirado do site oficial)

Frauenau - Museu do Cristal - Viver e Trabalhar com o Vidro - 1

Frauenau - Museu do Cristal - Viver e Trabalhar com o Vidro - 2

A terceira parte da exposição permanente e onde estão expostas peças de arte moderna, que correspondem no plano do museu às áreas designadas de “Moderne Glass Art“.

Frauenau - Museu do Cristal - Arte Moderna1

Bustos em vidro, de personalidades relevantes na história do vidro

Frauenau - Museu do Cristal - Arte Moderna - bustos

Erwin Eisch, natural de Frauenau, é um dos donos da  Fábrica de vidro Eisch (que se localiza nas imediações do Museu). Ele foi o fundador e mentor do movimento internacional Studio Glass. Ele tem sido uma das forças artísticas que têm empurrado para libertar o vidro de ser um material funcional e transformá-lo em um material para a expressão artística.

No museu existem várias obras de Erwin Eisch, mas “Narziß”, 1971, tem uma posição de destaque na exposição.

Frauenau - Museu do Cristal - Arte Moderna - Narziß - Erwin Eisch

As Vitrinas no rés-do-chão expõe obras de arte muito interessantes, diversificadas, coloridas e que revelam uma enorme criatividade dos seus autores.

Frauenau - Museu do Cristal - Arte Moderna 2

Frauenau - Museu do Cristal - Arte Moderna 3

A exposição de arte Moderna continua no primeiro andar (Obergeschoß) do Museu, com peças absolutamente fantásticas e surpreendentes.

Frauenau - Museu do Cristal - Arte Moderna 4

Frauenau - Museu do Cristal - Arte Moderna 5

Ainda no primeiro andar, na área designada de “The study collection“, encontrava-se uma exposição denominada de “Inspiration Tabak Glas” com bijoutaria e pequenos frascos para tabaco. Sobretudo alguns frascos, achei deveras interessantes.

Frauenau - Museu do Cristal - exposicao temporária - Inspiracao vidro para tabaco

De regresso ao rés-do-chão, foi a área designada no plano do museu de “Special exhibition“, ou seja, dedicada a exposições temporárias, onde eu me surpreendi mais com as peças expostas, talvez pela sua contemporaneidade, e pela forma como o vidro foi usado para construir peças inesperadas de encontrar com este material.

Frauenau - Museu do Cristal - peças modernas 1

A ideia de um vestido com grandes aplicações de vidro foi o que mais me surpreendeu, mas foram diversas as peças que adoraria ter em minha casa, de tão espectaculares que as achei.

Frauenau - Museu do Cristal - peças modernas do quotidiano

Como as imagens por vezes valem bem mais do que as palavras eis algumas das peças que mais gostei, em particular as que se encontram em maior relevo nas fotos seguintes.

Frauenau - Museu do Cristal - peças modernas sala res-do-chao 1

Frauenau - Museu do Cristal - peças modernas sala res-do-chao 2Frauenau - Museu do Cristal - peças modernas sala res-do-chao 3

Um museu que sem dúvida alguma vale mesmo a pena visitar, em particular para quem aprecia ver as potencialidades do que o vidro enquanto matéria-prima permite…

Floresta de vidro

Na Alemanha existem diversas rotas temáticas que envolvem percursos mais ou menos extensos. Algumas dessas rotas já foram mencionadas por aqui, mas a de hoje ainda não.

Glasstraße - sinalizacao

A estrada do cristal, Glasstraße da Baviera Oriental, integrada na Floresta da Baviera (Bayerischer Wald) é um desses casos.

No site oficial da Glasstraße é possível encontrar um mapa em pdf com a referida extensão da estrada e as cidades que a integram, algumas praticamente na fronteira com a Republica Checa.

Glasstraße map

Uma das principais atracções turísticas desta estrada é a Floresta de Cristal, Gläserne Wald em Regen, e foi justamente esta que despertou a minha curiosidade e me fez percorrer cerca de 175 km a partir de Munique, para a visitar.

Confesso que as minhas expectativas foram um pouco defraudadas, pois para uma floresta esperava algo com maior extensão.

A Floresta de Cristal foi criada perto do castelo de Weißenstein seguindo uma ideia de Charly Rödl, o chefe de informações turísticas locais. As árvores de vidro, foram criadas por vários artistas, cada uma com as suas peculiaridades, o que cria um cenário único e original e um pouco menos bucólico.

Regen - Glaeserne Wald 1

Regen - Glaeserne Wald 2

A casa que sobressai nas imagens anteriores perto da floresta de vidro pertenceu a Siegfried von Vegesack (1888 – 1974), um escritor e tradutor alemão. Foi convertida em 1984 num museu na “Fressende Haus” (Casa Carnívora – nome homónimo de um dos romances mais conceituados deste autor, e assim denominada pelo seu proprietário, uma vez que o edifício devorava muito dinheiro na sua manutenção). É possível visita-lo entre meados de Maio e meados de Outubro.

Neste museu é possível encontrar no rés do chão um quarto dedicado ao proeminente autor e anterior proprietário. No primeiro andar encontra-se a maior colecção privada de rapé do mundo com cerca de 1200 latas e frascos coloridos. O segundo andar é dedicado a exposições temporárias e no terceiro andar a exposição tem como moto “o lado positivo da dura vida” com uma peculiar colecção de arte popular do Dr. Reinhard Haller. Também se pode encontrar neste museu achados arqueológicos dos séculos XIV a XVII.

O edifício foi construído originalmente em 1100 como celeiro do Castelo Weißenstein, e situa-se aos pés deste.

Do Castelo de Weißenstein restam apenas as suas ruínas, as quais é possível visitar. Das mesmas pode-se apreciar a privilegiada paisagem proporcionada pela sua localização sobranceira, uma vez que o castelo foi construído sobre o ponto mais alto do Pfahl de rochas de quartzo que se estende pela floresta da Baviera.

Regen - Ruinas do Castelo de Weißenstein

Nas imediações fica a capela de Weißenstein, situada na base do rochedo e das ruínas do castelo. A capela foi construída em 1820. Esta é bastante sui generis uma vez que possui placas/tábuas mortuárias penduradas nas suas paredes exteriores.

Regen - Capela de Weißenstein

.Estes são alguns dos motivos de interesse para visitar Weißenstein em Regen, um dos principais atractivos na estrada de cristal, a Glasstraße.

O Visionarium…

O Visionarium é um local óptimo, para a inerente curiosidade das crianças ser despertada para os caminhos da ciência e do conhecimento, afinal trata-se de um museu de ciência interactivo. Integra a Rede Nacional dos Centros de Ciencia Viva existentes em Portugal.

Situa-se em Santa Maria da Feira, numa das extremidades do  extenso parque, pelo qual se pode aceder na outra extremidade, ao Europarque – Centro Cultural e de Congressos.

Visionarium - parque visto do patio exterior do edifício

Nesta ultima estadia em Portugal, num lindo de sol mas ventoso, visitei o Visionarium, na melhor companhia e permiti que o meu três palmos o descobrisse, ao seu ritmo…

Visionarium - exterior do edifício

Antes mesmo de entrar no edifício  perto da porta de acesso, é possível saber qual o Horário de Funcionamento e o Preçário, gravados numa placa transparente.

Visionarium - Horario de Funcionamento e  Precario

Ao entrar no edifício o que primeiro desperta a atenção é o seu átrio circular, predominantemente envidraçado, com a sua cúpula da qual sobressai um enorme e sugestivo lustre.

Visionarium - atrio interior

Depois de adquiridos os bilhetes (e de um porta-haves de uma abelha denominada de bit, porque é alusiva ao tópico informação), começou a aventura da descoberta no Visionarium.

O museu abarca três andares, com áreas subordinadas a diferentes domínios. O esquema seguinte, retirado do site oficial, da visita virtual, ilustra a organização do espaço.

Visionarium - planta do museu

Um teclado musical capaz de reproduzir o som de vários instrumentos dá as boas vindas ao visitante, que o quer logo experimentar.

Visionarium - teclado musical

A primeira área é subordinada ao tema Terra e começa com uma árvore alusiva a Darwin.

Visionarium - arvore de Darwin

Num país dos primeiros descobridores de novos mundos, a exploração da terra por mar, na sua estreita relação com a ciência através, nomeadamente, dos instrumentos de navegação não podia ser descurada.

Visionarium - do mar à ciencia

Visionarium - entre a agua e o ar

Como não havia na altura nenhuma exposição temporária, depois de explorar a terra, a visita continuou no segundo andar.

Ao cimo das escadas rolantes, já no segundo andar o tema Matéria é aquele que acolhe o visitante.

Visionarium - a matéria

Visionarium - tabela periódica

Visionarium - luz

Depois do Tema Matéria, o segundo andar ainda reserva um outro tema, pois é chegada a altura de explorar a odisseia da Vida.

Visionarium - a vida

Depois da vida, subindo ao terceiro andar, é altura de descobrir e explorar o Universo.

Visionarium - o universo

Alem da rica e abrangente exposição, o museu possui um interessante programa de workshops, oficinas e mini-oficinas e aos fins-de-semana o adoro experimentar, onde por exemplo o meu três palmos aprendeu a fazer gulodices saudáveis (gomas e chupa-chupas).

O Visionarium é igualmente um óptimo local para se realizarem interessantes e didácticas festas de aniversário para os mais novos.

Antes de terminar este artigo, convém esclarecer que as imagens ilustrativas de cada uma das áreas temáticas, não são minimamente exaustivas do quanto se pode encontrar neste museu, que é uma odisseia do conhecimento.

Explore um pouco mais pessoalmente, o que o Visionarium tem para oferecer, talvez já no dia Mundial da Criança,  quando este tem um programa especial (1 e 2 de Junho) preparado para surpreender e agradar a miúdos e graúdos.

Mosteiro da Batalha

Depois de acordar na Batalha e de um pequeno-almoço relaxado, não poderia de forma alguma perder a oportunidade de revisitar o Mosteiro de Santa Maria da Vitória, mais conhecido por Mosteiro da Batalha e principal ex-libris da cidade.

Este Mosteiro está inscrito desde 1983 na lista Património Mundial da Humanidade pela UNESCO, sendo uma das 14 propriedades portuguesas que integram esta lista mundial. 

Batalha - Mosteiro da Batalha exterior

Dois placares metálicos no interior da igreja do mosteiro, informam de imediato acerca do horário de abertura, mapa do complexo do edifício definindo as áreas de visita gratuita e paga, bem como fases da sua construção. Paralelamente é fornecido um pequeno resumo histórico que inclui as motivações ligadas à edificação de tão relevante monumento nacional.

Batalha - Mosteiro da Batalha - mapa e informacoes

„O Mosteiro foi fundado por D. João I (1385-1433), em 1386, em agradecimento à Virgem pela vitória na Batalha de Aljubarrota (1385). Atribuído à ordem Dominicana, assumiu-se como símbolo da independência portuguesa legitimando a dinastia de Avis, finda a crise de sucessão ao trono desencadeada pela morte do rei D. Fernando (1383) e pela integração de Portugal nos domínios de Castela. O projecto, de dimensão pouco habitual na arquitectura portuguesa medieval, e de Afonso Domingues (1386-1402). Após a sua morte, sucederam-lhe Huguet (1402-1438) e Martim Vasques (1438-1448).“

Depois de passar pela porta principal de acesso à igreja do Mosteiro, uma das primeiras paragens é no túmulo do arquitecto Mateus Fernandes que se encontra de imediato no chão ao início da nave central.

Batalha - Mosteiro da Batalha - Tumulo de Mateus Fernandes

A visita à igreja foi bastante constrangida, pois aquando da minha visita à mesma decorria  a celebração de uma missa de comunhão de membros da comunidade, pelo que se exigia respeito, silencio e repouso. Ainda assim ainda consegui apreciar um pouco do seu impressionante interior.

Batalha - Mosteiro da Batalha - Igreja durante a celebracao da comunhao

À entrada do lado direito, a ladear a entrada para a capela do fundador encontram-se outros dois túmulos dignos de referencia.

Batalha - Mosteiro da Batalha - Tumulo de Martim Goncalves de Macada

Batalha - Mosteiro da Batalha - Tumulo de Diogo Goncalves TravassosA capela do Fundador encontrava-se fechada e só foi possível visita-la após o termino da missa.

„Construída no segundo quartel do século XV para panteão de D. João I e da Dinastia de Avis, foi projectada pelo arquitecto Huguet. A cobertura piramidal original ruiu com o terramoto de 1755.“

Batalha - Mosteiro da Batalha - Capela do Fundador

À volta do túmulo conjugal, encastrados na parede, do lado sul encontram-se os túmulos dos seus filhos.

Batalha - Mosteiro da Batalha - Capela do Fundador - tumulos dos filhos de D Joao I

Na parede do lado poente encontram-se os túmulos dos reis D. Afonso V e D. João II, e do filho deste, o infante D. Afonso.

Batalha - Mosteiro da Batalha - Capela do Fundador - tumulos lado poente

Também depois de terminada a missa pude explorar as capelas colaterais à capela Mor.

Batalha - Mosteiro da Batalha - capelas colaterais à capela Mor da Igreja

Bem como ver de perto a cruz e os vitrais da Capela Mor.

Batalha - Mosteiro da Batalha - a igreja a partir da capela Mor

Como visitei o Mosteiro a um domingo, fui surpreendida quando quis adquirir os bilhetes para visitar as áreas do mosteiro cujo acesso é pago, pois os mesmos foram gratuitos.

Já que a visita às áreas pagas do mosteiro foi feita enquanto ainda decorria a missa, o acesso às mesma foi feito por uma porta lateral exterior à igreja.

Deparei-me de imediato pelo Claustro Real com um jardim central já bastante verdejante.

Batalha - Mosteiro da Batalha - Claustro Real

Fonte do Claustro Real ou “Lavatório dos frades”.

Batalha - Mosteiro da Batalha - Claustro Real - Fonte

Perto desta fonte encontra-se o acesso ao antigo refeitório, actual Museu de Oferendas ao Soldado Desconhecido.

Batalha - Mosteiro da Batalha - Museu de Oferendas ao Soldado Desconhecido

Placares elucidativos, enunciando algumas das personalidades mais consagradas e emblemáticas a nível militar.

Batalha - Mosteiro da Batalha - Museu de Oferendas ao Soldado Desconhecido - placares

Diversas condecorações entre as quais algumas alemãs.

Batalha - Mosteiro da Batalha - Museu de Oferendas ao Soldado Desconhecido - insignias

Entre as arcadas que rodeiam o jardim do Claustro real encontra-se a exposição Jardins de Pedra,  obra de Mário Lopes.

Batalha - Mosteiro da Batalha - Exposicao Jardins de Pedra

A nascente do Claustro Real encontra-se a Sala do Capítulo.

„Concebida por Afonso Domingues, primeiro arquitecto do Mosteiro da batalha, foi concluída por Huguet, entre 1402 e 1438. A construção de uma abobada desta dimensão sem suporte central constituiu um impressionante desafio técnico. A arte requintada de Huguet – representativa do gótico flamejante – testemunha a sua origem catalã  O vitral é datado de 1514 e constitui um grande tríptico dedicado à paixão de Cristo.“

Batalha - Mosteiro da Batalha - Sala do capítulo

Saindo da área do Claustro real, visitei em seguida o Claustro de D. Afonso V.

„Construído durante o reinado de D Afonso V (r. 1438-1481), período em que o arquitecto Fernão de Évora dirigiu as obras do mosteiro (1448-1477). A sua linguagem simples representativa do gótico austero do sul mediterrânico, revela também uma nova vivência da fé cristã.“

Batalha - Mosteiro da Batalha - Claustro de D Afonso V

No corredor do primeiro andar que rodeia este Claustro, encontra-se exposta a antiga máquina do relógio da torre.

Batalha - Mosteiro da Batalha - maquina do relogio da Torre

Alguns pormenores que se podem avistar dos corredores exteriores deste claustro.

Batalha - Mosteiro da Batalha - pormenores avistados do Claustro de D Afonso V

Com acesso pelo exterior do Mosteiro, acede-se lateralmente às Capelas Imperfeitas.

„Mandadas construir por D. Duarte (r. 1433-1438) para seu panteao, foram concebidas por Huguet, continuadas por Mateus Fernandes, a quem se deve o monumental portal de entrada (1509), e por João de Castilho a partir de 1528. O balcão do piso superior, já renascentista (1533), atribuído a Miguel de Arruda, representa a ultima tentativa de D. João III (r. 1521-1557) em concluir as capelas antes do encerramento definitivo da obra.“

Batalha - Mosteiro da Batalha - Capelas imperfeitas - planta de localizacao

Batalha - Mosteiro da Batalha - Capelas imperfeitas

É nestas capelas imperfeitas que apesar de sem cobertura central, se encontram os túmulos do Rei D Duarte, da Rainha D. Leonor de Aragão  do infante D. João filho primogénito de D Afonso V.Batalha - Mosteiro da Batalha - Capelas imperfeitas - Tumulos

Regressando ao interior do mosteiro, o ultimo local visitado foi o dormitório onde se encontra documentação e peças originais do mosteiro.

Batalha - Mosteiro da Batalha - Dormitório

Termino com este artigo com uma imagem do Mosteiro já à distância no momento de despedida da Batalha.

Batalha na despedida

No mundo da arte e cultura de Ljubljana

Depois do Museu Nacional da Eslovénia, continuando embrenhada no mundo da arte  e cultura da cidade, outros dois locais merecem indiscutivelmente destaque nas proximidades.

A Galeria Nacional (Narodna Galerija), localizada na Prešernova cesta, no numero 24, é o mais importante museu esloveno de arte histórica, mantendo a maior colecção do país de arte desde a Alta Idade Média até ao século XX.

“A Sociedade da Galeria Nacional foi fundada em 1918, embora os esforços para fundar uma casa da arte eslovena se tenham iniciado em fins do século XIX. A iniciativa de criar uma galeria nacional foi realizada pelo polímata aristocrata e correspondente Peter Radics e pelo presidente da câmara de Ljubljana, Dr. Ivan Hribar, seguidos da Sociedade de Arte cristã que, em 1907, compilou uma colecção da arte mais antiga eslovena. Em 1925, foi adqurirido o  Narodni dom (Casa Nacional). Igualmente importante foi a  aquisição regular anual de obras de arte: com o legado do testamento de Strahl de 1929, a Galeria Nacional adquiriu um fundo considerável de obras de pintores nacionais e europeus, que, em 1930, foi exibido pela primeira vez ao público. O fundo da doação pelo Dr. Fran Windischer – que foi ao mesmo tempo um patrono, e a partir de 1929, também presidente da Sociedade da Galeria Nacional – foi uma contribuição de valor excepcional para a colecção de arte; o Fundo Windischer – o primeiro legado da história da instituição – é ainda hoje a base da colecção da galeria.”(extracto inicial de texto, traduzido e adaptado, retirado daqui)

O edifício actual da Galeria Nacional foi construído em 1896, durante a administração do Presidente da Câmara Ivan Hribar, cuja ambição era transformar Ljubljana numa capital representativa de todas as terras eslovenas. Foi projectado pelo arquitecto checo  František Škabrout e foi usado pela primeira vez como um centro cultural esloveno (Narodni dom) enquanto sede de várias associações culturais de importância nacional. 

Em inícios de 1990, foi construído uma extensão ao edifício principal pelo arquitecto esloveno Edvard Ravnikar. Em 2001, uma grande galeria de vidro transparente, projetada pelos arquitetos Jurij Sadar e Vuga Boštjan, foi construída para ligar as duas alas do edifício.

“Possui duas colecções permanentes, a Arte na Eslovénia e Pinturas Europeias. Além destas acolhe exposições de arte temporárias.

A Galeria Nacional possui uma das maiores obras de arte barrocas de Ljubljana, a original da Fonte dos Três Rios Carníolas por Francesco Robba, que se encontrava em frente à Câmara Municipal da cidade, onde agora está a sua réplica (que referi neste artigo).

A Galeria também abriga uma ampla biblioteca e mantém uma colecção de cartazes e calendários e uma colecção de arquivamento feita de arquivos pessoais de artistas eslovenos.

O departamento de educação da Galeria Nacional, cuja missão é promover e popularizar o património artístico da nação, executa um programa de actividades para crianças e famílias (visitas de exposições especiais, oficinas criativas, etc), também disponível para grupos por marcação prévia”. (texto traduzido, adaptado e retirado daqui)

Ljubljana - Galeria Nacional

A Companhia Nacional Eslovena de Teatro, Opera e Ballet (SNG Opera in balet Ljubljana) localiza-se na Župančičeva ulica 1, num edifício muito interessante e encantador, e merece igualmente ser destacada no domínio da arte e cultura da cidade.
Ljubljana - Casa de Opera de Ljubljana

“A Casa de Opera de Ljubljana, anteriormente a Casa do Teatro Provincial (Deželno gledališče), foi construída entre 1890 e 1892 segundo um projecto neo-renascentista dos arquitectos checos Jan V. Hrasky e Anton Hruby. Antes da construção do Teatro Alemão (o actual Teatro Drama) em 1911, o prédio era um local onde coexistiam produções apresentadas em esloveno e alemão (já que abrigava também o Teatro alemão), passando depois a ter apresentações apenas em esloveno.

A fachada da Casa da Opera tem dois nichos adornados com estátuas de Alojzij Gangl alegóricas da Tragédia e Comédia. A característica aparência do edifício deve-se  principalmente à fachada da frente ricamente adornada com colunas jónicas de suporte a um tímpano majestoso por cima da entrada. As esculturas alegóricas no tímpano representam a Poesia e a Glória, e a figura com uma tocha acima delas – outra obra de Alojzij Gangl – é uma alegoria do Génio. Os pedestais de pedra em frente ao prédio apoiam os bustos dos artistas de teatro eslovenos Anton Verovšek e Ignacij Borštnik esculpidos por France Kralj em 1921, e no pedestal ao lado do edifício a escultura feita  por Stojan Batič a retratar Julij Betetto.

Companhia Nacional Eslovena de Teatro, Opera e Ballet realiza um extenso repertório de óperas clássicas e modernas, balés e obras de concerto. Cada estação dá cerca de 150 apresentações, tanto em casa como no exterior. As suas performances de ópera e balé, e a orquestra têm desfrutado de colaborações de sucesso com artistas e produtores eslovenos e internacionais. As mais aclamadas co-produções internacionais  do Teatro, dos últimos anos, incluem Fausto, Aida, as Ninfas do Reno e o Amor das Três Laranjas, para citar apenas alguns.

Museu Nacional da Eslovénia

Na rua Muzejska ulica 1, encontra-se a mais antiga instituição científica e cultural do país, principal museu da história nacional, o Museu Nacional da Eslovénia e o Museu de História Natural, ambos partilham o mesmo edifício.

O Museu Nacional mantém uma série de descobertas da Eslovénia consideradas importantes tesouros do património cultural do mundo. Um dos mais proeminentes é a flauta Neandertal com 55 mil anos de idade oriunda do local de escavação Divje Babe.

O edifício onde os dois museus estão alojados é um palácio neo-renascentista construído entre 1883 e 1885 segundo projectos de Viljem Treo.

Ljubljana - Museu Nacional da Eslovénia

A história do Museu Nacional remonta a 1821, com a fundação do seu antecessor, o Museu Provincial de Carníola.

No âmbito das suas exposições permanentes encontram-se:

  • Lapidário Romano (da Emona Romana), com cerca de 200 pedras monumentos com inscrições.
  • Os tesouros, com uma selecção dos itens arqueológicos mais importantes e valiosos desde a Idade da Pedra à Idade Média e os primeiros tempos da Idade Moderna;
  • A linguagem eslovena, identidade e símbolo, que apresenta a história do  espaço étnico esloveno à luz da gradação da língua eslovena desde a língua das pessoas até a língua da nação;
  • Colecções de história e arte, colecção de artefatos, feitos e utilizados no país – típicos e importantes para a Eslovénia e os eslovenos;
  • Antiga múmia egípcia, único caixão antropomórfico do Antigo Egipto com uma múmia humana, na Eslovénia.

As exposições temporárias a decorrerem actualmente no museu, podem encontrar aqui. Outros pormenores relativos à visita, nomeadamente horários de funcionamento e custos de admissão, também podem encontrar aqui.

O Museu de História Natural, por sua vez, possui colecções com itens nacionais, europeus e mundiais que demonstram as alterações na biodiversidade, o desenvolvimento do pensamento da história natural, bem como diferentes técnicas de colecta e preparação de amostras. As suas actividades de pesquisa concentram-se no património natural da Eslovénia.

Neste site encontram informação relativa a horários e custos de admissão referentes a este museu.

Na Praça Venceslau…

O ultimo artigo desta série, que escrevo sobre Praga, é dedicado a uma praça bastante emblemática no centro da cidade, a cénica Praça Venceslau, localizada no distrito denominado de Cidade Nova (Nové Město).

“Com cerca de 750 m de comprimento e 60 m de largura, assemelha-se mais a uma avenida parisiense, com conceituados hotéis (como o Evropa, com belíssima arquitectura Art Nouveau), restaurantes, cafés, galerias, lojas, cinemas, clubs.

Indiscutivelmente é onde se encontra o coração comercial da cidade. Foi re-desenvolvido na década de 80 do século XX, para incluir grandes espaços verdes.

No topo da praça, encontra-se o Museu Nacional, e em frente ao mesmo situa-se o Monumento de S. Venceslau, um trabalho de J.V. Myslbeck (1912-1913). No monumento, o santo patrono da Boémia é representado em cima de um cavalo, rodeado pelas estátuas de Sta. Ludmila, São Procópio, St. Adalberto e Sta Inês de Praga.

Originalmente esta praca foi fundada como um mercado de cavalos por Carlos IV, na mesma altura que Nové Mesto. O nome actual foi atribuído em meados do século XIX.

A praça também representa a consciência moral e histórica da recém formada Republica Checa. Nos primeiros meses de 1969 foi cenário de dramáticos eventos, no âmbito da ocupação militar por tropas do Pacto de Varsóvia. A 16 de Janeiro o estudante de filosofia Jan Palach incendiou-se morrendo aos pés do monumento de S. Venceslau, e poucas semanas mais tarde o estudante Jan Zajíc cometeu suicídio nesta mesma praça.

A 28 de Outubro de 1988, a polícia comunista, a forçou a dispersão de uma demonstração que comemorava a proclamação da primeira Republica  Em 1989, houve uma vez mais, brutalidade contra os manifestantes que comemoravam o sacrifício de Palach. Estes eventos conduziram inevitavelmente à “Revolução de Veludo“, que em poucos meses devolveu à Checoslováquia a dignidade de um país livre.

Praga - Praca de Venceslau com o Museu Nacional e o Monumento de S Venceslau

O Museu Nacional (Národní muzeum) é um imponente edificio neo-renascentista, construido na segunda metade do século XIX conforme projecto de J. Schulz. Aqui encontra-se o Museu de Historia e de Historia Natural, e as salas já albergaram  Biblioteca (com mais de 1,3 milhões de volumes e 8000 manuscritos). O Panteao abobadado contem vários bustos e estátuas representantes de figuras importantes da cultura checa.

As colecções de Zoologia, Botânica e Mineralogia estão dispostas nas alas laterais. As secções de História e Arqueologia possuem moedas interessantes, medalhas e exposicoes teatrais.” (texto retirado, traduzido e adaptado do guia turístico “Prague a complete guide to the city” de the Gold Guides)

O Museu encontra-se actualmente fechado até Junho de 2015 por motivos de reconstrução.

Na Normandia – Bayeux

Normandia - mapa com Praias da Invasao no dia D

Depois da Praia de Arromanches, o local visitado seguinte foi a cidade de Bayeux, onde se encontra o Museu Memorial da Batalha da Normandia.

Mas uma vez mais, Janeiro não é o mês ideal para visitar a Normandia, caso o motivo principal esteja relacionado com a Batalha da Normandia de 1944. Este museu também está fechado durante o mês de Janeiro e até 15 de Fevereiro de 2013.

“O Museu apresenta a história completa da Batalha da Normandia correspondente ao período de 7 de Junho e 29 de Agosto de 1944. Possui um espaço de exposição de 2000 m² e a projecção de um filme de arquivo com 25 minutos. Uma loja e uma sala de exposições temporárias completam a evocação deste período” (tradução livre do texto retirado daqui).

Assim o meu “marido repórter” teve que se cingir a vislumbrar o edifício do Museu apenas pelo seu exterior.

Bayeux - Museu Memorial da Batalha da Normandia

Pelo menos os tanques de guerra com os canhões, estavam expostos no jardim exterior…

Para saberem todos os pormenores sobre o dia D e a Batalha da Normandia, o site ideal a visitarem é o Normandie Mémoire.

D-day na Normandia – Arromanches les Bains

O meu marido realizou recentemente uma viagem a trabalho à Normandia. Na altura perguntou-me se havia algo que eu quisesse que ele me trouxesse de lá.

A resposta não foi nada difícil, e foi acompanhada pela entrega nas suas mãos da máquina fotográfica do nosso três palmos. Sim, porque eu ando sempre acompanhada pela minha máquina fotográfica para onde quer que vá, e seria impensável ficar sem ela durante 15 dias…

O que eu queria que ele me trouxesse, era a sua reportagem fotográfica e vivência dos locais que escolheria visitar durante o seu fim-de-semana na Normandia. Ele escolheu sobretudo áreas costeiras, praias ligadas à história que contribuiu para o fim da Segunda Guerra Mundial.

O fim-de-semana de Janeiro revelou-se bastante chuvoso e frio, mas isso não o demoveu de visitar os locais que pretendia.

Este é um mapa que ilustra invasão pelas tropas aliadas em várias frentes no dia D, dia 6 de Junho de 1944, da costa francesa da Normandia na posse das tropas alemãs.

Normandia - mapa com Praias da Invasao no dia D

O primeiro local visitado foi Arromanches, uma das praias centrais no dia D, integrada no sector atribuído aos XXX corpos britânicos, com o nome de código Gold.  “A leste de Arromanches, os penhascos dão lugar a uma baixa altitude litoral, pantanosa, e foi lá, na frente de Asnelles e Ver-sur-Mer, que o general Graham da 50ª divisão de infantaria (Northumbrian) liderou o assalto. Eles desembarcaram às 7h25, uma hora mais tarde do que os americanos, devido às diferenças locais em tempos de maré.” (texto traduzido e retirado daqui)

Normandia - Praia de Arromanches

Para não se diluírem na memória os eventos que ocorreram na Normandia em 1944, persistem junto à praia alguns canhões.

Normandia - Praia de Arromanches 2

E nas imediações da praia, construído com vista para onde um dos portos artificiais Mulberry foi erguido, e cujos seus restos podem ser vistos ainda hoje, a poucas centenas de metros da costa, encontra-se o Museu do Desembarque. Um museu que é justamente acerca do dia D, 6 de Junho de 1944. Inaugurado exactamente 10 anos depois dos eventos que aborda.

Normandia - Arromanches - Museu du Debarquement

Mas em Janeiro a visita a este museu não é possível, já que o mesmo se encontra fechado e só reabre em Fevereiro.

Assim teve que se limitar a observar e ler o que do exterior se podia vislumbrar.

Normandia - Arromanches - Museu du Debarquement - informacao exterior

Para saberem todos os pormenores sobre o dia D e a Batalha da Normandia, o site ideal a visitarem é o Normandie Mémoire.

Muito obrigada pelas fotografias e a “reportagem” da tua visita exploratória a Arromanches, meu querido economista ocasional.