A Escócia é pródiga em Lagos, Montanhas e Castelos numa combinação. A outros níveis também, mas alguns desses talvez fiquem para outro artigo, ou já tenham sido mencionados anteriormente (como a quantidade de destilarias de Whisky que possui).
No terceiro dia na Escócia, o objectivo final era dormir em Glasgow, com acento tónico no dormir, porque queria aproveitar o máximo o percurso até lá.
Mas a viagem começou na direcção oposta… pois o meu marido queria visitar uma destilaria que não tinha conseguido visitar no dia anterior, a Cardhu.
Comparada com a que tinhamos visitado no dia anterior, esta não me deixou tão “maravilhada”, mas com isso não pretendo dizer que a visita guiada à destilaria, não foi uma experiência enriquecedora, porque foi.
Não era possível tirar fotografias durante a visita guiada, pelo que apenas o pude fazer na area interior da loja, também reservada no fim da viagem à prova de 3 amostras Whiskies Cardhu.
Faço referência a esta precisão apenas porque os Cardhu são Whiskies Single Malt, mas faz parte da história da destilaria Cardhu o facto desta ter sido adquirida pela John Walker & Sons em 1893. Os Whiskies Johnnie Walker, porque se tratam de Blended Malt Whisky, são assim originários parcialmente desta destilaria, tendo esta como uma das suas legítima casas.
Convém referir igualmente, que na loja era possível adquirir Whiskies não apenas da Cardhu e Johnnie Walker, mas também de outras marcas escocesas da região que pertencem igualmente ao grupo Diageo.
Depois da visita à destilaria, a viagem começou realmente no sentido pretendido… passando de novo por Inverness, em direção ao Lago Ness. Confesso que não andei à procura do Nessie, o conceituado monstro do lago. Ainda assim passamos pelo Centro e Exibição do Loch Ness, onde não faltavam réplicas e referências ao Nessie.
Não permanecemos aí durante muito tempo, porque mais do que monstros estavamos mais interessados em avistar o Castelo Urquhart, ou mais concretamente as ruinas do mesmo que se encontra nas imediações, no Lago Ness.
Com uma localização absolutamente fantástica, seria impossível ficar indiferente às ruinas do Castelo. Mas por se tratarem justamente de ruinas, não havia muito que realmente pudesse ser visitado (segundo os meus padrões), que me desculpem o sacrilégio, os que tem um particular interesse por arqueologia e ruinas.
Assim, depois de o avistar à distância, optei por aproveitar ao máximo o dia, continuando viagem com outro destino no pensamento.
Mas não se pode descontar o facto, que o percurso embora com paisagens dificeis de ignorar e que convidam a parar para as apreciar melhor, é composto por estradas predominantemente locais e em várias situações, apenas com uma estreita faixa de rodagem. Assim o percurso demorou bem mais que quaisquer expectativas minhas, por mais pessimistas que fossem.
E consequência dessa realidade, só chegamos ao destino intermédio, bem depois da hora deste fechar as suas portas ao publico e permitir ser visitado.
E sim, num país como a Escócia, com tantos, tantos castelos, era mesmo um que eu pretendia visitar, o Castelo de Inveraray.
Mas só consegui apreciar o exterior do Castelo (do século XVIII, mas que parcialmente já remontava ao século XV), casa ancestral do Duque de Argyll, Chefe do Clan Campbell.
A sua localização perto do Lago Fyne, insere-o numa paisagem ainda mais cativante, que as cores do entardecer só glorificam.
A chegada a Glasgow só aconteceu bem depois das 21h, mas valeu bem a pena, aproveitar o dia no percurso ao invés de no destino…