Quem disse que a viagem não são férias?

Por vezes quando se escolhe o percurso a realizar para chegar ao tão ansiado destino das férias, a opção é o caminho mais rápido, para se perder o menor tempo possível com a viagem.

No entanto quando o percurso pode implicar passar pelos Alpes Suíços, em que a paisagem é um permanente postal ilustrado, proporcionando imagens idílicas, a escolha talvez recaia sobre o percurso panorâmico, pois o tempo da viagem não é considerado tempo perdido mas sim aproveitado.

Claro que com isso deve estar-se consciente que percorrer 80km pode demorar mais de 2 horas, com tantas curvas e contra-curvas bastante prenunciadas, sempre com um declive muito acentuado e em alguns casos a mais de 2000m de altitude.

Eu que sofro de vertigens, a permanente sensação de estar muito próxima de um precipício, fez que a expressão que dizia com mais frequência ao meu indispensável e eterno acompanhante (que foi o condutor durante toda a viagem) fosse: “por favor conduz mais devagar, com extremo cuidado, e sempre que possível afastado das bermas exteriores”.

Acho que ele ficou cansado de tanto me ouvir dizer isso, e para desanuviar, por vezes parava apenas para eu poder apreciar a paisagem de forma mais descontraída.

O percurso percorrido implicou, andar sempre por autoestrada, a A96, desde que se saiu do centro de Munique até uma das extremidades do Bodenssee, onde ficava a fronteira entre a Alemanha e a Áustria.

Depois percorrer um pouco estradas nacionais na Áustria, nas imediações de Bregenz junto ao Bodensee.

Em Bregenz não quis também perder a oportunidade de visitar o Factory Outlet da Wolford, que fica junto à sede da empresa. Sem dúvida uma óptima forma de unir o útil ao agradável, e de sair de lá com um saco muito bem recheado. A imagem seguinte foi retirada do site oficial da companhia.

Um pouco depois, as estradas nacionais são substituídas uma vez mais pelas autoestradas, já na Suiça, até Chur (ponto B no mapa anterior).

Desde Chur até Brig (entre os pontos B e C), o percurso é essencialmente através de estradas de montanha, quase sempre sem entrar nas pitorescas cidades, ou aldeias que se vão avistando, bem como campos de golfe verdejantes e recortados entre as montanhas aproveitando o relevo destas. Estes últimos foram uma inesperada surpresa pois não imaginava que houvessem tantos campos de golfe, em áreas de montanha bastantes afastadas de centros urbanos .

Mas as montanhas são realmente onde a paisagem é mais incrível e admirável, sobretudo quando se passa tão perto de quedas de agua com tanta potencia e intensidade.

Lagos no cimo das montanhas, regos de agua de degelo que as serpenteiam ou áreas onde a neve continua presente, no topo dos Alpes, mesmo quando o termómetro regista nas redondezas 25ºC, é algo incrivelmente magnifico e digno de ser apreciado.

O percurso descendente ao aproximar-se de Brigs e da autoestrada, continua a proporcionar paisagens fantásticas, mas a atenuar a minha sensação de vertigens, ao  diminuir a altitude e a proporção de curvas constantes e acentuadas.

Continuando na Autoestrada até perto de Aigle, e depois subindo, uma vez mais por estrada de montanha até Leysin, onde ficava o pacífico hotel de montanha escolhido para a estadia destas férias, começa gradualmente a sobressair na paisagem a rica região vinícola .

E assim termina o primeiro dia de férias, o da viagem com predominância das cores verdejantes dos Alpes.

Jantar em St Gallen

Com o pretexto de jantar nas proximidades, aproveitei para “espreitar” uma cidade perto de uma das margens do lago Bodensee (também conhecido por lago Constância) que tinha curiosidade em conhecer.

A primeira impressão da cidade de St Gallen na Suiça, é que se trata de uma cidade cosmopolita com uma oferta ao nível das artes bastante diversa.

Atendendo a que o pretexto era o de apenas jantar na cidade, esta foi apenas “visitada” no que se cingiu a deambular pela cidade para se encontrar um restaurante cuja ementa agradasse.

No entanto, ainda assim, foi possível encontrar obras de Arte na estrada (como o automóvel vermelho, muito bem estacionada na passadeira vermelha que contornava a margem da estrada e que de alguma forma confundia nesta) ou muito bem alojadas nas montras de um edifício (uns bustos masculinos e femininos bastante coloridos, que mais recordavam pinturas corporais elaboradas).

Passei também em frente ao Museu Textil, cuja fachada é bastante criativa e sugestiva.

São estas obras e museu que são ilustradas na composição de fotos seguintes.

Quanto ao restaurante propriamente dito, um restaurante espanhol com tapas, paelha, e creme catalão, todos óptimos, não rezam as fotos…