Bracalandia, em Penafiel

A Bracalandia, é um parque de diversões, originalmente criado em Braga. Por esse motivo a sua designação  é uma clara alusão ao nome da cidade e a sua mascote se chama  Bracas.

Por motivos cujos pormenores me ultrapassam por completo, apesar de se apontarem pretextos um tanto contraditórios, como pronuncio de falência por um lado e a necessidade de um espaço maior para o parque por outro, o parque em Braga foi fechado  a 1 de Outubro de 2007 e movido para Penafiel.

Em Penafiel, a Bracalandia depois de atrasos sucessivos, foi inaugurada a 13 de Março de 2010.

Localiza-se na Rua de Santo André, Marecos, 4560-221 MARECOS.

Cerca de um ano e 5 meses depois da sua inauguração, decidi visitar esse parque de diversões, em especial para acompanhar o meu acompanhante de dois palmos, pois seria certamente um local que ele iria apreciar bastante.

Estas são imagens que se podem encontrar à entrada do parque. As estátuas da cena de um cavaleiro a enfrentar um dragão, ou quiçá, seja o rei Artur. Esse pormenor não esclareci.

O mapa seguinte ilustra os elementos que compõe o parque, e foi retirado do prospecto que me foi fornecido à entrada, porque o pedi, e mesmo assim, lamentavelmente só o possuíam na altura disponível em espanhol.

Por esse motivo o que aqui apresento sofreu alterações feitas por mim, para estar com a legenda em português.

Não é querer ser muito exigente, mas estou habituada a encontrar mapas de parques de diversões com melhores descrições e mais pormenorizados (apenas para citar um exemplo, que possuam assinalados os percursos existentes entre as diversões, ao invés de haver um vazio a preencher os espaços).

A zona no mapa a azul claro, simbolizando uma espécie de lago, não existe efectivamente no parque real, a não ser que se considere a pequena poça de agua castanha perto do galeão como um lago.

Há uma preocupação do parque definir áreas distintas, como uma relacionada com África, com os Piratas ou com os Tempos Medievais, entre outras, mas se no espaço real isso talvez seja identificado de forma ténue com alguma sinalização, no mapa tal delimitação é inexistente…

Esta é uma imagem do edifício administrativo (A), com a bilheteira (T) e acesso de entrada/saída (E) do parque.

Após a entrada no parque propriamente dita, estas são as imagens panorâmicas que dão a primeira impressão do que se pode encontrar no mesmo.

Se dúvidas houvesse, fica-se com a clara sensação que o parque se insere numa zona florestal, com algumas das implicações que isso acarreta, como um chão particularmente poeirento de terra batida (porque estava um dia seco de sol) , que deixa os sapatos mais resistentes com um aspecto irreconhecível. Admito que se o dia estivesse húmido, o transtorno podia ser maior, se o chão estivesse enlameado.

Uma advertência inicial: Não possuo muitas fotos das diversões deste parque, pois ou andava nelas ou apreciava quem lá andava.

5 – O bosque encantado

6 – Carrossel infantil

7 – Jumbo

Talvez um pouco como acontece na própria ilustração do mapa do parque, entre os divertimentos também existe um certo vazio decorativo. O que tal me transmitiu é que era como se as diversões fossem espalhadas pelo espaço disponível, mas não fossem algo integrado como um todo no espaço.

Esta imagem ilustra um pouco isso mesmo, tendo como elementos “decorativos”, o Jumbo (7) e o Carrossel Parisiense (8), e pouco mais.

Houve alturas em que me senti como se estivesse numa festa popular de uma qualquer vila ou cidade espalhada pelo país, na qual os divertimentos temporários “se acomodam” no espaço que lhes foi adjudicado, em alguns casos num descampado, sem qualquer envolvência apropriada. Em seu abono na comparação com as festas populares, apenas o facto dos divertimentos não se acumularem quase em cima uns dos outros.

Para mim um parque de diversões é um todo que encaixa perfeitamente e não uma soma de partes independentes.

9 – Grande Roda (denominação que consta no mapa e que deveria ser coincidente com a que aparece na própria Roda, mas admito que tal possa ser responsabilidade minha, por ter feito uma tradução literal do que estava no meu prospecto espanhol).

Área medieval, onde se localiza o Castelo Fantasma (10), a Aldeia Medieval (11) entre outros (mas as delimitações da área não são claras).

11- Aldeia Medieval (com direito a uma personagem/boneco a dormir no chão já com a cabeça desconexa do corpo)

12 – Lagarto

13 – Torre da Princesa

15 – Galeão (abandonado com a porta de entrada fechada e a de saída aberta, permitindo por esta ultima espreitar para o interior da sua plataforma inferior completamente às escuras. Está inserido na margem de um espaço com pouca agua e castanha como a terra em que está alojada)

Nas proximidades deste Galeão localiza-se o suposto único restaurante do parque, mas o mesmo é um mero Snack-Bar, em que as opções se limitam a: sande de panado, sande de pasta de atum, sande de carne assada, sande de presunto, cheese-burguer pré-confeccionado (é só retirar do invólucro e aquecer no microondas), sacos de batatas fritas, algumas bebidas, e gelados da Ola.

16 – A Corsária

Nas imediações da Corsária localiza-se a futura área das Arábias.

A discrepância do estado de conservação dos divertimentos, uns aparentemente colocados ao abandono como era o caso do Galeão (15), outros a gritarem por obras de manutenção (com aspecto de velhos e deteriorados), em contraposição com zonas como as Arábias, que estão ainda em obras de construção, soaram-me bastante estranhas num parque em que tudo deveria ter aspecto de novo, já que foi inaugurado à pouco mais de um ano.

Claro que alguns dos divertimentos vieram da Bracalandia original de Braga e outros da antiga Feira Popular de Lisboa, mas isso não devia ser justificação, para não serem objecto de pintura a valer pelo menos, para adquirirem um aspecto mais novo e conservado.

Em relação à área das Arábias, não posso deixar de referir, que apesar de estar ainda em fase de construção, na altura da minha visita, não estavam a decorrer obras. Também, por esse motivo, seria aconselhável que a zona estivesse vedada e inacessível ao invés de se encontrarem amontoados sacos de cimento, em risco de uma criança curiosa qualquer, poder ingerir ou ser alvo de um acidente de qualquer espécie.

18 – Área do Western e dos Índios, com a Caravana, carroças e casa de pinturas faciais de índio.

19 – Montanha Mágica

20 – Comboio Panorâmico

21 – Mundo Perdido (e acrescento inacessível, já que só se consegue vislumbrar devidamente o mesmo, sentado em uma das carruagens do comboio panorâmico)

17 – Rio Bravo (para terminar a visita ao parque um pouco mais fresca. Sem dúvida alguma, o divertimento mais interessante e o que mais agradou ao meu acompanhante de dois palmos)

Uma advertência final: As sensações e opiniões partilhadas durante o artigo, acerca deste espaço, ilustram a minha desilusão em relação à expectativa prévia que tinha criado.

Com isto, não pretendo demover ninguém de visitar este parque, até porque garanto que há palmos e meio e dois palmos que se forem como o que acompanhei durante esta visita, adorarão o tempo que passarão neste espaço.

Por outro lado, admito que em Portugal não existem alternativas em termos de parques de diversões deste género, e isso também pode ter uma ponderação elevada quando toca a decidir visitar ou não este espaço.

6 thoughts on “Bracalandia, em Penafiel

  1. Enfim… que tristeza. Percebe-se isso pelas fotos. Espaços pouco integrados, um verdadeiro descampado sem articulação, divertimentos meio abandonados. Eu por mim não vou lá!
    Babette

    • Sim, eu fiquei bastante decepcionada com o que encontrei. Pelos Parques de diversões que já conheci, tinha a esperança que de alguma forma tivesse pontos em comum com eles. Só posso reafirmar que as minhas expectativas foram totalmente defraudadas.
      Beijinhos

  2. Se o parque não agradou tenho certeza de que havia outras opções por ali. Afinal, Portugal é um país lindo, cheio de cidades encantadoras e de culinária fantástica. Para encontrar um parque que as crianças amam é só dar um pulinho à Paris e curtir um dia inteiro de Disney. É sucesso garantido. Nem sempre a gente acerta 😦
    Beijo
    Claudia

    • Claudia, não é por falta oportunidade e de visita a parques de diversões, que eu me queixo, pois a uma distancia muito aceitável de onde moro, em várias direcções posso, felizmente, desfrutar de vários (citando apenas dois exemplos: a Legoland Deutschland e a Playmobil Fun Park em Zirndorf). Alemanha como em muitos outros aspectos, está bem servida em termos de parques de diversões, e tem vários e de qualidade espalhados pelo país, para que nenhum estado se sinta desprivilegiado.

      O sentimento de tristeza e de desapontamento descrito neste artigo, refere-se mais com o facto de no meu país Natal, encontrar um parque de diversões, por sinal o único do género no país, que deixa tanto a desejar. Pessoalmente penso que Portugal e os portugueses mereciam mais e melhor.

      Mas concordo plenamente consigo, Portugal tem uma grande riqueza turística e gastronómica para oferecer, apenas não a este nível.

      Beijinho

  3. ola eu adoraria visitar a bracalandia mas gostava em primeiro lugar de saber se o dinheiro que pagamos a entrada e para andar em tudo?

    • Olá Sara!
      Sim, o dinheiro que se paga de entrada permite andar em todos os divertimentos.
      A minha questao é se o novo espaco já terá aberto. Pelo que descobri, a Bracalandia em Penafiel mudou de nome e passou a chamar-se de Magikland, mas admito que depois da ultima experiência que tive lá, espero que tenham mesmo mudado bastante e para melhor na antiga Bracalandia, porque quando a visitei fiquei bastante desapontada com o que encontrei.

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