Catedral de Sevilha

Sevilha é um município e cidade espanhola que ostenta os títulos de “Muito Nobre, Muito Leal, Muito Heróica, Invicta e Mariana Cidade de Sevilha”.

O seu centro histórico é um dos mais extensos de Espanha com cerca de 335 ha. O seu património histórico, monumental e os seus diversos espaços cénicos e culturais a tornam bastante atractiva em termos turísticos.

Entre os seus monumentos mais representativos encontra-se a Giralda, a Catedral, o Alcazar, o Arquivo das Índias e a Torre de Ouro, tendo alguns destes sido declarados em 1987 Património da Humanidade pela UNESCO.

A Catedral é assim uma das “rainhas da cidade” e é impossível ficar indiferente à sua imponência e riqueza.

O edifico exterior é bastante sumptuoso e o interior supera as elevadas expectativas criadas com base no mesmo.

Denominada de Catedral de Santa Maria da Sede, mas mais conhecida apenas como catedral de Sevilha, é uma catedral católica romana sendo a maior Catedral Gótica e a terceira maior igreja do mundo (apenas superada pela de São Pedro no Vaticano e a de São Paulo em Londres).

Na altura em que foi concluída, no século XVI, suplantou a Hagia Sophia, de Istambul, como a maior catedral do mundo.

As imagens seguintes com a ilustração da planta da catedral foram obtidas a partir daqui, com tradução livre minha (pelo que pode haver algum erro).

É nesta catedral que se encontra o Túmulo de Cristóvão Colombo (5) (navegador, explorador, colonizador e principalmente conhecido como o descobridor do continente americano) .

A Catedral foi construída para demonstrar a riqueza da cidade. Em Julho de 1401 decidiram construir um novo templo no local onde existia a antiga mesquita moura, que após o terramoto de 1356 tinha ficado em más condições.

De acordo com a tradição oral de Sevilha, a decisão dos membros do capítulo foi: “Deixem uma igreja tão bonita e tão grande que aqueles que a vejam construída pensem que éramos loucos.” De acordo com as minutas desse dia a nova igreja devia ser “uma obra  tão boa como nenhuma outra.” A construção começou em 1402 e continuou até 1506. Os trabalhadores da Igreja deram metade dos seus salários para pagar aos arquitectos, construtores e outras despesas.

Cinco anos depois do fim da sua construção, em 1511, a cúpula colapsou e os trabalhos recomeçaram.  A cúpula entrou de novo em colapso em 1888 devido a um terramoto (que resultou na “destruição de todos os objectos preciosos” que se encontravam por baixo desta) e os trabalhos de recuperação persistiram pelo menos até 1903.

O interior tem a nave mais longa de Espanha. A sua nave central eleva-se até uma altura de 42m e é ricamente decorada com uma evidente grande quantidade de ouro. No corpo principal da catedral, destaca-se principalmente a estrutura do coro que preenche a área central da nave.

Destaca-se também o Altar Mor (2) com o grande retábulo gótico, com cenas da vida de Cristo esculpidas. Essa obra foi o trabalho de uma vida de apenas um artesão, Pierre Dancart.

Os construtores usaram algumas das colunas e elementos da mesquita, e o mais famoso a Giralda, um minarete transformado numa torre de sino. A Giralda é o símbolo mais famoso da cidade. A sua base quadrada é de 13,61 metros e possui a altura de 105 metros. Foi construído como um minarete da antiga mesquita, embora a torre do sino e o topo do seu pináculo seja do renascimento.

A catedral possui 80 capelas nas quais são rezadas diariamente 500 missas segundo registado em 1896.

O Baptistério da Capela de Santo António contém a pintura da Visão de Santo António (1656) por Bartolomé Esteban Murillo.

Além de Cristóvão Colombo encontram-se nesta catedral os túmulos de de D. Fernando III de Castela, Elizabeth de Hohenstaufen, D. Alfonso X de Castela e D. Pedro I de Castela.

Para maiores detalhes acerca do conteúdo no interior da catedral recomendo espreitarem este Folheto da Catedral retirado da mesma fonte.

Estas são algumas das minhas compilações de fotos do interior da catedral.

Os riquíssimos vitrais e altares.

Outras capelas cujos altares têm merecido destaque.

O Altar de Prata (3)

Algumas das peças incríveis de prata, com especial destaque para a Custódia de Prata de Juan de Arfe.

Sacristia Mor (7)

A Inmaculada de Alonso Martínez, na Sacristia Mor

Sacristia dos Cálices com pintura “As Santas Justa e Rufina” de Francisco de Goya.

Ante-cabido (uma antecâmara que me agradou particularmente pela sua arquitectura)

Sala Capitular (6) (elíptica que achei mesmo original)

O Tesouro (o qual sem as extravagantes e pesadas peças em ouro e com pedras preciosas não seria um verdadeiro tesouro digno desse nome)

Para terminar esta visita à Catedral, no seu exterior o Pátio das Laranjeiras (2) com a Porta do Perdão (4) e a Porta da Concepção (5).

3 thoughts on “Catedral de Sevilha

  1. Ah, Sevilha!!! Como tenho boas recordaçoes de lá. Lindo post, querida amiga!
    Gostaria de fazer um convite: sábado lá no meu blog será po lançamento do meu 1° Guia de Viagens editado aqui na Alemanha e adoraria que prestigiasse.
    Beijos e um ótimo final de semana.

    • Bom dia Durval!

      O seu comentário ficou por responder por outros mais recentes terem aparecido e eu só ter começado a responder depois de regressar de férias.
      Muito obrigada por ter deixado aqui o seu comentário e com um feed-back tão positivo acerca deste meu artigo.

Deixe um comentário