Os ultimos dias de Dezembro têm este efeito, as pessoas tendem a contar os dias até que o novo ano comece.
Mas os dias de Dezembro são particularmentemente repletos de eventos que culminam com os que ocorrem nos dias 24 e 25. O frenesim, a confusão, o convivio, o barulho, a alegria marcam inequivoca presença durante estes dias e são acolhidos com entusiasmo.
Assim, há actividades que prefiro fazer com antecedência. Desde colocar vistos na lista de pessoas a quem quero oferecer uma lembrança de Natal, até à montagem e decoração da Arvore de Natal. E nestes dois departamentos, se comprar presentes de Natal pode começar imediatamente no dia a seguir ao do Natal anterior (por muito implausível que efectivamente tal aconteça), já no que respeita a decorar a casa, parece que existe sempre uma altura certa para que tal aconteça.
Este ano o dia 19 de Novembro, ficou marcado como o dia em que a árvore de Natal branca foi colocada na sala de estar, e em que as decorações foram penduradas. O dia propiciou-se lindamente com a chuva a cair insistentemente no exterior, e as temperaturas baixas a convidarem a permanecer no interior.
Confesso que estava curiosa para ver, como é que todas as decorações que fui adquirindo ao longo do ano, nas férias e viagens se iriam conjugar com as que já possuía de anos anteriores. Mas estava particularmente curiosa em relação a uma bola em concreto, pois dadas a dimensões da mesma, os meus “dois homens da casa” torceram bastante o nariz e acharam que o meu impulso não ia dar um bom resultado.
Também por isso, depois de distribuir cuidadosamente as luzinhas, o mais uniformemente possível pela árvore, foi a primeira decoração que pendurei. A árvore não se inclinou com o peso, pelo que interpretei isso como um bom presságio. (Estou a exagerar porque a bola não é pesada.) E também só ocupou uma pequena fracção dos 210 cm da altura da árvore, pelo que achei seguro continuar a colocar as outras decorações, já que teria espaço disponível para isso.
Efectivamente consegui colocar as decorações todas que quis… e continua a haver espaço para mais.
Confesso que este ano foi particularmente pródigo em termos de locais de onde trouxe decorações para adornar a árvore.
De uma das viagens a trabalho do meu marido à Irlanda, trouxe-me de Dublin uma cruz Celta.
Das férias em Washington D.C. foram várias as decorações que vieram na mala. Algumas das quais alusivas às cerejeiras em flor e ao seu festival na capital dos EUA.
Outras referentes à visita a Mount Vernon – a casa dos Washingtons.
Mas durante o ano, o meu marido passou outras vezes pelo aeroporto internacional de Washington Dulles, e achou que eu iria achar interessante umas bonequinhas de Voodoo, uma bailarina e outra alusiva ao dia da mãe.
Os dias de férias passados na Escócia foram muito bem aproveitados e adorei explorar um pouco do país. Evidências disso também se reflectiram ao nível de decorações natalícias.
Da aldeia mais a norte (NE) da Escócia, John O’ Groats, trouxe uma bola com duas imagens icónicas do país, a de um escocês com uma Gaita de Foles, e a das bandeiras do país e da flor nacional da Escócia, o cardo.
Já a loja do Castelo Dunrobin, apresentou-me as decorações em metal, que apesar de não sobressairem muito na árvore, são muito interessantes por si.
Durante os dias pelas terras altas escocesas, encontrei outras decorações em metal do género da anterior, mas foi apenas da loja do Castelo Culzean que outra realmente prendeu o meu interesse.
Dado o interesse particular do meu marido por Golf, St. Andrews, onde nasceu este desporto reverenciado por muitos, e onde se encontra o primeiro campo de Golf do mundo, foi uma cidade que se tornou incontornável.
De lá trouxe, algo que muitos golfistas usam, um “Bag Tag Old Course Scorecard“, e que converti em decoração natalícia.
Edimburgo foi a ultima cidade visitada durante as férias na Escócia, e de lá vieram uma bola com motivos da cidade e a flor nacional do país, neste caso, adquirida na loja oficial do Palácio Holyrood e representativa do mesmo.
Já durante as férias escolares de Pentecostes, procuramos rumar para a costa mediterrânica, mas das várias cidades em que estivemos em Itália e França, apenas na cidade piscatória de Portofino, encontrei uma bola de porcelana que gostei.
As férias de Verão foram muito bem aproveitadas e serviram para explorar alguns locais em vários países.
Ainda antes de sairmos da Alemanha, depois de Hamburgo, fizemos um desvio no percurso originalmente definido, para visitar a Ilha de Veraneio de Sylt. Foram as primeiras praias na Alemanha, dignas desse nome que conheci. E como “bonus” ainda avistei algus dos típicos farois de lá.
(No Verão não é facil encontrar decorações natalícias dignas desse nome na Ilha, pelo que acabei por converter um porta-chaves numa)
Na Dinamarca iriamos passar apenas um dia, aproveitando a oportunidade para reencontrar uma grande amiga e a sua filha, minha afilhada. Elas estariam por Copenhaga, mas havia um castelo nas imediações que eu queria revisitar, porque da primeira vez o tinha encontrado fechado. Desta vez, num dia de sol típico de verão pude desfrutar e explorar devidamente o Castelo Frederiksborg, em Hilerod, e da loja do castelo trouxe uma coroa.
Na Suécia, passamos vários dias em Estocolmo para explorar convenientemente a capital do país.
No primeiro dia optamos por visitar o Palácio de Drottningholm, que fica fora da cidade, e foi das melhores decisões que fizemos. Foi o unico dia, durante a estadia em Estocolmo, que fomos presenteados com um dia de sol e calor (andamos o dia todo de bicicleta).
Da loja do palácio, à falta de algo mais apropriado, trouxe dois magnéticos de vidro com a imagem do mesmo, e que colei um outro e coloquei uma fita.
No Museu Vasa, em Estocolmo, adquiri uma bola com o emblemático barco.
Mas foi no centro da cidade de Estocolmo, mais concretamente em Gamla Stan, que adquiri a bola, a que os meus “dois homens da casa” torceram o nariz dadas as suas dimensões.
Depois de Estocolmo, o destino seguinte foi Oslo na Noruega, onde também ficamos alguns dias. Mas depois de tanto esforço a procurar algo que gostasse, apenas encontrei uma bola com os típicos trolls da Noruega, digna de vir para casa comigo.
Em Tromso (resultado de uma viagem de avião relampago a partir de Oslo) adquiri mais duas bolas, uma alusiva às Auroras Borealis e outra com uma paisagem bucólica que poderia ser representativa de muitos locais.
Dos aclamados Fjords da Noruega, um dos que optamos por visitar, foi o Geiranger Fjord e de lá veio juntar-se mais uma bola à coleção.
No percurso de regresso a Munique, uma das cidades onde ficamos foi Magdeburgo, já na Alemanha. E da “Grüne Zitadelle” trouxe uma pequena torre típica de Friedensreich Hundertwasser.
Durante um fim-de-semana de Outono estivemos em Berlim, mais do que para revisitar a capital do país, para nos reencontrarmos com alguém especial. E de lá, além do coração cheio, vieram dois ursinhos (em porta-chaves) simbolos de Berlim, Buddy Bears.
Durante uma viagem decidida por impulso e emoção a Tbilisi, na Georgia, que fez escala em Istambul, adquiri respectivamente algo contra o Mau olhado que achei interessante, no aeroporto Internacional de Istambul, e uma Matriosca com uma boneca típica da Georgia em Tbilisi.
Com as lojas a prepararem-se gradualmente para a época Natalícia, não é nada dificil encontrar decorações pelas quais fico apaixonada. Esse foi o caso de uma fada azul de porcelana da Alessi, que adorei e não resisti (apesar do soldadinho de Chumbo também ser muito interessante).
Já uma amiga muito prendada, presenteou-me com um presépio bordado em ponto cruz.
Com a abertura dos Mercados de Natal na Alemanha e arredores, a questão era decidir quais visitar.
O primeiro que visitei foi o Mercado de Natal de Constança, e de lá trouxe uma espécie de Mago que oferece uma grinalda Natalícia. Algo talvez apropriado, já que foi adquirido no primeiro domingo do Advento, altura em que reza a tradição que se deve acender a primeira vela do “Adventskranz“.
No Mercado de Natal de Haidhausen, em Munique, adquiri um outro Mago, que traz consigo presentes para oferecer.
Para mim o Tollwood – Festival de Inverno, é uma categoria de Mercado de Natal à parte, não comparável com os tradicionais Mercados de Natal que existem espalhados por várias cidades e países. Simplesmente porque reúne o que é expectável de encontrar em um e muito mais. Talvez também por isso não se designa de Mercado de Natal, e é o que o torna para mim imprescindível de visitar anualmente em Munique.
Este ano trouxe de lá uma estrela bordada com aplicações, para a minha árvore de Natal, e mais duas Elfas, da Elfenfamilie para a colecção que povoa a minha árvore dourada (de momento convertida em Calendário do Advento).
As decorações de Natal, servem assim também como uma espécie de retrospectiva do ano 2017, e de alguns dos locais que visitei, sendo mais uma forma de os recordar.
E se o fim do ano é propicio a retrospectivas, esta época é igualmente a ideal para fazer desejos e votos para o novo ano. Assim, desejo a todos os que passam, tenham passado, ou venham a passar por este blog:
Uma época Natalícia muito alegre, feliz, repleta de bons sentimentos e emoções e que 2018 vos traga tudo o que mais desejam. Que concretizem muitos dos vossos sonhos, mesmo aqueles que ainda não têm noção que existem.