Contagem decrescente para 2018

Os ultimos dias de Dezembro têm este efeito, as pessoas tendem a contar os dias até que o novo ano comece.

Mas os dias de Dezembro são particularmentemente repletos de eventos que culminam com os que ocorrem nos dias 24 e 25. O frenesim, a confusão, o convivio, o barulho, a alegria marcam inequivoca presença durante estes dias e são acolhidos com entusiasmo.

Assim, há actividades que prefiro fazer com antecedência. Desde colocar vistos na lista de pessoas a quem quero oferecer uma lembrança de Natal, até à montagem e decoração da Arvore de Natal. E nestes dois departamentos, se comprar presentes de Natal pode começar imediatamente no dia a seguir ao do Natal anterior (por muito implausível que efectivamente tal aconteça), já no que respeita a decorar a casa, parece que existe sempre uma altura certa para que tal aconteça.

Este ano o dia 19 de Novembro, ficou marcado como o dia em que a árvore de Natal branca foi colocada na sala de estar, e em que as decorações foram penduradas. O dia propiciou-se lindamente com a chuva a cair insistentemente no exterior, e as temperaturas baixas a convidarem a permanecer no interior.

Confesso que estava curiosa para ver, como é que todas as decorações que fui adquirindo ao longo do ano, nas férias e viagens se iriam conjugar com as que já possuía de anos anteriores. Mas estava particularmente curiosa em relação a uma bola em concreto, pois dadas a dimensões da mesma, os meus “dois homens da casa” torceram bastante o nariz e acharam que o meu impulso não ia dar um bom resultado.

Também por isso, depois de distribuir cuidadosamente as luzinhas, o mais uniformemente possível pela árvore, foi a primeira decoração que pendurei. A árvore não se inclinou com o peso, pelo que interpretei isso como um bom presságio. (Estou a exagerar porque a bola não é pesada.) E também só ocupou uma pequena fracção dos 210 cm da altura da árvore, pelo que achei seguro continuar a colocar as outras decorações, já que teria espaço disponível para isso.

Efectivamente consegui colocar as decorações todas que quis… e continua a haver espaço para mais.

Arvore natal 2017

Confesso que este ano foi particularmente pródigo em termos de locais de onde trouxe decorações para adornar a árvore.

De uma das viagens a trabalho do meu marido à Irlanda, trouxe-me de Dublin uma cruz Celta.

Decoração de Natal 2017 - Dublin

Das férias em Washington D.C. foram várias as decorações que vieram na mala. Algumas das quais alusivas às cerejeiras em flor e ao seu festival na capital dos EUA.

Decoração de Natal 2017 - Washington DC

Outras referentes à visita a Mount Vernon – a casa dos Washingtons.

Decoração de Natal 2017 - Mount Vernon

Mas durante o ano, o meu marido passou outras vezes pelo aeroporto internacional de Washington Dulles, e achou que eu iria achar interessante umas bonequinhas de Voodoo, uma bailarina e outra alusiva ao dia da mãe.

Decoração de Natal 2017 - Aeroporto de Dulles

Os dias de férias passados na Escócia  foram muito bem aproveitados e adorei explorar um pouco do país. Evidências disso também se reflectiram ao nível de decorações natalícias.

Da aldeia mais a norte (NE) da Escócia, John O’ Groats, trouxe uma bola com duas imagens icónicas do país, a de um escocês com uma Gaita de Foles, e a das bandeiras do país e da flor nacional da Escócia, o cardo.

Decoração de Natal 2017 - escocia

Já a loja do Castelo Dunrobin, apresentou-me as decorações em metal, que apesar de não sobressairem muito na árvore, são muito interessantes por si.

Decoração de Natal 2017 - Castelo Dunrobin

Durante os dias pelas terras altas escocesas,  encontrei outras decorações em metal do género da anterior, mas foi apenas da loja do Castelo Culzean que outra realmente prendeu o meu interesse.

Decoração de Natal 2017 - Castelo Culzean

Dado o interesse particular do meu marido por Golf, St. Andrews, onde nasceu este desporto reverenciado por muitos, e onde se encontra o primeiro campo de Golf do mundo, foi uma cidade que se tornou incontornável.
De lá trouxe, algo que muitos golfistas usam, um “Bag Tag Old Course Scorecard“, e que converti em decoração natalícia.

Decoração de Natal 2017 - St Andrews

Edimburgo foi a ultima cidade visitada durante as férias na Escócia, e de lá vieram uma bola com motivos da cidade e a flor nacional do país, neste caso, adquirida na loja oficial do Palácio Holyrood e representativa do mesmo.

Decoração de Natal 2017 - Edinburgo

Já durante as férias escolares de Pentecostes, procuramos rumar para a costa mediterrânica, mas das várias cidades em que estivemos em Itália e França, apenas na cidade piscatória de Portofino, encontrei uma bola de porcelana que gostei.

Decoração de Natal 2017 - Portofino

As férias de Verão foram muito bem aproveitadas e serviram para explorar alguns locais em vários países.

Ainda antes de sairmos da Alemanha, depois de Hamburgo, fizemos um desvio no percurso originalmente definido, para visitar a Ilha de Veraneio de Sylt. Foram as primeiras praias na Alemanha, dignas desse nome que conheci. E como “bonus” ainda avistei algus dos típicos farois de lá.
(No Verão não é facil encontrar decorações natalícias dignas desse nome na Ilha, pelo que acabei por converter um porta-chaves numa)

Decoração de Natal 2017 - Sylt

Na Dinamarca iriamos passar apenas um dia, aproveitando a oportunidade para reencontrar uma grande amiga e a sua filha, minha afilhada. Elas estariam por Copenhaga, mas havia um castelo nas imediações que eu queria revisitar, porque da primeira vez o tinha encontrado fechado. Desta vez, num dia de sol típico de verão pude desfrutar e explorar devidamente o Castelo Frederiksborg, em Hilerod, e da loja do castelo trouxe uma coroa.

Decoração de Natal 2017 -Castelo Frederiksborg .jpg

Na Suécia, passamos vários dias em Estocolmo para explorar convenientemente a capital do país.

No primeiro dia optamos por visitar o Palácio de Drottningholm, que fica fora da cidade, e foi das melhores decisões que fizemos. Foi o unico dia, durante a estadia em Estocolmo, que fomos presenteados com um dia de sol e calor (andamos o dia todo de bicicleta).

Da loja do palácio, à falta de algo mais apropriado, trouxe dois magnéticos de vidro com a imagem do mesmo, e que colei um outro e coloquei uma fita.

Decoração de Natal 2017 - Palacio Drottningholm

No Museu Vasa, em Estocolmo, adquiri uma bola com o emblemático barco.

Decoração de Natal 2017 - Museu Vasa

Mas foi no centro da cidade de Estocolmo, mais concretamente em Gamla Stan, que adquiri a bola, a que os meus “dois homens da casa” torceram o nariz dadas as suas dimensões.

Decoração de Natal 2017 - Estocolmo

Depois de Estocolmo, o destino seguinte foi Oslo na Noruega, onde também ficamos alguns dias. Mas depois de tanto esforço a procurar algo que gostasse, apenas encontrei uma bola com os típicos trolls da Noruega, digna de vir para casa comigo.

Decoração de Natal 2017 - Oslo

Em Tromso (resultado de uma viagem de avião relampago a partir de Oslo) adquiri mais duas bolas, uma alusiva às Auroras Borealis e outra com uma paisagem bucólica que poderia ser representativa de muitos locais.

Decoração de Natal 2017 - Tromso

Dos aclamados Fjords da Noruega, um dos que optamos por visitar, foi o Geiranger Fjord e de lá veio juntar-se mais uma bola à coleção.

Decoração de Natal 2017 - Geiranger

No percurso de regresso a Munique, uma das cidades onde ficamos foi Magdeburgo, já na Alemanha. E da “Grüne Zitadelle” trouxe uma pequena torre típica de Friedensreich Hundertwasser.

Decoração de Natal 2017 - Magdeburgo

Durante um fim-de-semana de Outono estivemos em Berlim, mais do que para revisitar a capital do país, para nos reencontrarmos com alguém especial. E de lá, além do coração cheio, vieram dois ursinhos (em porta-chaves) simbolos de Berlim,  Buddy Bears.

Decoração de Natal 2017 - Berlim

Durante uma viagem decidida por impulso e emoção a Tbilisi, na Georgia, que fez escala em Istambul, adquiri respectivamente algo contra o Mau olhado que achei interessante, no aeroporto Internacional de Istambul, e uma Matriosca com uma boneca típica da Georgia em Tbilisi.

Decoração de Natal 2017 - Aeroporto de Istambul

Decoração de Natal 2017 - Tbilisi

Com as lojas a prepararem-se gradualmente para a época Natalícia, não é nada dificil encontrar decorações pelas quais fico apaixonada. Esse foi o caso de uma fada azul  de porcelana  da Alessi, que adorei e não resisti (apesar do soldadinho de Chumbo também ser muito interessante).

Decoração de Natal 2017 - Fada Alessi

Já uma amiga muito prendada, presenteou-me com um presépio bordado em ponto cruz.

Decoração de Natal 2017 - presépio

Com a abertura dos Mercados de Natal na Alemanha e arredores, a questão era decidir quais visitar.

O primeiro que visitei foi o Mercado de Natal de Constança, e de lá trouxe uma espécie de Mago que oferece uma grinalda Natalícia. Algo talvez apropriado, já que foi adquirido no primeiro domingo do Advento, altura em que reza a tradição que se deve acender a primeira vela do “Adventskranz“.

Decoração de Natal 2017 - Constanca

No Mercado de Natal de Haidhausen, em Munique, adquiri um outro Mago, que traz consigo presentes para oferecer.

Decoração de Natal 2017 - Mercado de Natal de Haidhausen

Para mim o Tollwood – Festival de Inverno, é uma categoria de Mercado de Natal à parte, não comparável com os tradicionais Mercados de Natal que existem espalhados por várias cidades e países. Simplesmente porque reúne o que é expectável de encontrar  em um e muito mais. Talvez também por isso não se designa de Mercado de Natal, e é o que o torna para mim imprescindível de visitar anualmente em Munique.

Este ano trouxe de lá uma estrela bordada com aplicações, para a minha árvore de Natal, e mais duas Elfas, da Elfenfamilie para a colecção que povoa a minha árvore dourada (de momento convertida em Calendário do Advento).

Decoração de Natal 2017 - Tollwood

Calendário do Advento 2017 e novas Elfas 1.jpg

As decorações de Natal, servem assim também como uma espécie de retrospectiva do ano 2017, e de alguns dos locais que visitei, sendo mais uma forma de os recordar.

E se o fim do ano é propicio a retrospectivas, esta época é igualmente a ideal para fazer desejos e votos para o novo ano. Assim, desejo a todos os que passam, tenham passado, ou venham a passar por este blog:

Uma época Natalícia muito alegre, feliz, repleta de bons sentimentos e emoções e que 2018 vos traga tudo o que mais desejam. Que concretizem muitos dos vossos sonhos, mesmo aqueles que ainda não têm noção que existem.

Culzean & Famous Grouse

O quarto dia na Escócia começou cedo no Radisson Blu Hotel em Glasgow, mas foi passado a cerca de 78 km a sul e a norte da cidade, (tirando respectivamente o tempo da viagem, para chegar a ambos) em dois locais distintos e que procuraram agradar a interesses diferentes.

Quarto dia na Escócia - mapa

O dia começou particularmente cedo por um motivo especial. Tinhamos que ir ao aeroporto de Glasgow para buscar um casal de amigos portugueses que chegava de Budapeste e com quem iríamos passar os próximos 3 dias a explorar um pouco mais o país.

Enquanto esperava que o seu voo aterrasse e que eles saíssem pela porta da saídas (claro), procurei ocupar o tempo a recolher algumas brochuras de locais que podiam ser interessantes de visitar nas imediações, mais ou menos distantes.

O primeiro destino, foi escolhido por mim, mas foi previamente vetado e aceite por todos.

Assim, deixamos Glasgow para trás e dirigimo-nos para sul e para a costa em direção ao Castelo Culzean, outro dos castelos com uma localização idílica que eu tinha imensa curiosidade e interesse em visitar.

A planta da propriedade ajuda a perceber melhor a extensão da mesma.

Castelo e Parque Culzean - plantaCulzean Castle and Park_0001

Mas sem duvida foi o Castelo, a “joia da coroa” da propriedade, o principal motivo de termos feito a viagem para chegar aquela costa na Escócia. E mesmo em um dia sombrio e cinzento, com reminescências de Outono, é incontornável a sua imponência.

Castelo Culzean - exterior

Assim como é indisputável a sua fantástica localização.

Paisagem avistada do Castelo Culzean

A visita ao interior do castelo reservou algumas surpresas, uma das quais envolveu-nos a todos a cooperar com o meu “5 Palmos”. Em todas as divisões havia um bonequinho da Lego escondido à vista, e cujo desafio era encontrar, um pouco no espírito da caça ao ovo, típica na Páscoa. Foi uma tarefa por vezes ardua, mas também divertida, e os 7 bonecos da Lego existentes foram encontrados…

A primeira sala visitada, a do Arsenal,  possui uma incrível colecção de armas dispostas de uma forma no mínimo muito artisitica. Para terem uma ideia, possui 716 pistolas, e em apenas uma das paredes 111 espadas.

Castelo Culzean - Arsenal

 A Biblioteca, um local muito aprazível e com uma iluminação natural providenciada pelas grandes janelas que possui voltadas para o mar.

Castelo Culzean - Biblioteca

A sala de jantar é muito harmoniosa e agradável, e transmitia uma sensação de vivida, muito provavelmente pela mesa preparada para uma refeição.

Castelo Culzean - Sala de Jantar

A escadaria oval no centro do Castelo tem um ar imponente. Da mesma pode-se espreitar o andar superior, acessível apenas aos que ficam alojados em um dos quartos do castelo que funciona como hotel – The Eisenhower, assim denominado dado o seu atigo residente, o General Dwight D. Eisenhower.

Castelo Culzean - escadaria interior

O Salão circular é impressionante, muito elegante e uma vez mais possui janelas voltadas para o mar que permitem apreciar a fantástica vista.

Castelo Culzean - salao circular

A Suite de quartos, iclui vários, o primeiro dos quais entitulado de “Gentleman’s State Dressing Room”.

Castelo Culzean - Primeira Suite

Castelo Culzean - antecamara

O primeiro de uma série de salões de estado mantem o esquema de cores do que estava em trend em fins do século XVIII.

Castelo Culzean - salao azul

O longo salão outrora denominado de grande salão no então castelo medieval, foi também referido como o Quarto dos quadros, uma vez que houve intenção de dispor tesouros de arte adquiridos por Sir. Thomas Kennedy na sua grande viagem.

Castelo Culzean - longo salão

Uma outra pequena sala, com um ar acolhedor, onde outrora seria servido o chá das cinco, antecede uma zona de quartos onde os mais pequenos residentes da casa dormiam .

Castelo Culzean - pequena sala

 O que nos quartos onde os mais pequenos dormiam, mais atraiu a minha atenção, foi o formato dos berços ou camas infantis, que mais lembram pequenos barcos.

Castelo Culzean - quartos infantis

Perto de uma pequena escadaria interior, um lembrete do motivo porque existe um quarto no castelo com nome homónimo, que foi oferecido e pertencia ao General Dwight D. Eisenhower.

Castelo Culzean - presente de agradecimento

Por último, na visita ao interior do Castelo, a cozinha, cheia de utensílios, e com uma mesa que pretende relembrar o que anteriormente lá era preparado.

Castelo Culzean - cozinha

De regresso ao exterior do castelo, um pouco mais do mesmo.

Castelo Culzean - exterior 2

E do parque que o rodeia.

Castelo Culzean - parque

Além de um livro sobre a História do Castelo e do Parque, de uma decoração para a árvore de Natal, adquiri igualmente dois postais na loja do Castelo.

Castelo Culzean

Depois de dada por concluida a visita ao Castelo Culzean e um pouco do seu extenso parque, era chegada a altura de rumar em direcção ao segundo destino, aquele que interessava mais aos nossos dois amigos pois ainda não tinham visitado nenhuma destilaria de Whisky na Escócia. A escolha recaiu sobre a denominada “The Famous Grouse Experience”, cujo panfleto tinha trazido do aeroporto de Glasgow.

A destilaria fica em Crieff, a norte de Glasgow, como o mapa no início do mapa assinala.

Famous Grouse Experience - localizaçao

A destilaria é facilmente identificável pelo seu edifício com as chaminés típicas, e com o inconfundível “Grouse” de grandes dimensões à entrada do parque de estacionamento.

Famous Grouse Experience - parque e edifício

Mas o conhecido Whisky The Famous Grouse, não é um Single Malt mas sim um Blended, o que significa que resulta da mistura de vários Single Malted. Como tal não se pode dizer que seja oriundo de uma destilaria exclusivamente. Desta forma escolheu para a sua “casa” a destilaria do Whisky Glenturret, a mais antiga destilaria da Escócia, fundada em 1775, que pertence ao mesmo grupo.

Famous Grouse Experience - destilaria

Durante a visita guiada à destilaria, por sinal a mais interessante e instructiva das que fiz durante estas férias na Escócia, sobretudo pela guia Australiana que tivemos, não foi possível, uma vez mais tirar fotografias nos espaços interiores.

Assim as únicas que possuo são as da loja, no fim da visita guiada, onde foi feita a prova de dois Whiskys, um dos quais um Famous Grouse fumado.

Algo interessante, é que é possível engarrafar a sua própria garrafa de Whisky, de uma edição anual especial.

E foi mesmo isso que o Earl e a Condessa de Strathearn, mais conhecidos como Duque e Duquesa de Cambridge, fizeram aquando da sua primeira visita oficial à região escocesa de  Strathearn em 2011.

Famous Grouse Experience - lojaFamous Grouse Experience - loja2

Um dia em cheio, que acabou em Glasgow…

Lagos, Montanhas e Castelos…

A Escócia é pródiga em Lagos, Montanhas e Castelos numa combinação. A outros níveis também, mas alguns desses talvez fiquem para outro artigo, ou já tenham sido mencionados anteriormente (como a quantidade de destilarias de Whisky que possui).

No terceiro dia na Escócia, o objectivo final era dormir em Glasgow, com acento tónico no dormir, porque queria aproveitar o máximo o percurso até lá.

Terceiro dia na Escócia - mapa

Mas a viagem começou na direcção oposta… pois o meu marido queria visitar uma destilaria que não tinha conseguido visitar no dia anterior, a Cardhu.

Comparada com a que tinhamos visitado no dia anterior, esta não me deixou tão “maravilhada”, mas com isso não pretendo dizer que a visita guiada à destilaria, não foi uma experiência enriquecedora, porque foi.

Cardhu - exterior destilaria

Não era possível tirar fotografias durante a visita guiada, pelo que apenas o pude fazer na area interior da loja, também reservada no fim da viagem à prova de 3 amostras Whiskies Cardhu.

Faço referência a esta precisão apenas porque os Cardhu são Whiskies Single Malt, mas faz parte da história da destilaria Cardhu o facto desta ter sido adquirida pela John Walker & Sons em 1893. Os Whiskies Johnnie Walker, porque se tratam de Blended Malt Whisky, são assim originários parcialmente desta destilaria, tendo esta como uma das suas legítima casas.

Convém referir igualmente, que na loja era possível adquirir Whiskies não apenas da Cardhu e Johnnie Walker, mas também de outras marcas escocesas da região que pertencem igualmente ao grupo Diageo.

Cardhu - interior loja

Depois da visita à destilaria, a viagem começou realmente no sentido pretendido… passando de novo por Inverness, em direção ao Lago Ness. Confesso que não andei à procura do Nessie, o conceituado monstro do lago. Ainda assim passamos pelo Centro e Exibição do Loch Ness, onde não faltavam réplicas e referências ao Nessie.

Centro do Loch Ness

Não permanecemos aí durante muito tempo, porque mais do que monstros estavamos mais interessados em avistar o Castelo Urquhart, ou mais concretamente as ruinas do mesmo que se encontra nas imediações, no Lago Ness.

Lago Ness e Castelo Urquhart

Com uma localização absolutamente fantástica, seria impossível ficar indiferente às ruinas do Castelo. Mas por se tratarem justamente de ruinas, não havia muito que realmente pudesse ser visitado (segundo os meus padrões), que me desculpem o sacrilégio, os que tem um particular interesse por arqueologia e ruinas.

Assim, depois de o avistar à distância, optei por aproveitar ao máximo o dia, continuando viagem com outro destino no pensamento.

Mas não se pode descontar o facto, que o percurso embora com paisagens dificeis de ignorar e que convidam a parar para as apreciar melhor, é composto por estradas predominantemente locais e em várias situações, apenas com uma estreita faixa de rodagem. Assim o percurso demorou bem mais que quaisquer expectativas minhas, por mais pessimistas que fossem.

Paisagem entre o Lago Ness e Inverarey _01

Paisagem entre o Lago Ness e Inverarey _02

E consequência dessa realidade, só chegamos ao destino intermédio, bem depois da hora deste fechar as suas portas ao publico e permitir ser visitado.

E sim, num país como a Escócia, com tantos, tantos castelos, era mesmo um que eu pretendia visitar, o Castelo de Inveraray.

Mas só consegui apreciar o exterior do Castelo (do século XVIII, mas que parcialmente já remontava ao século XV), casa ancestral do  Duque de Argyll, Chefe do Clan Campbell.

Castelo de Inverarey

A sua localização perto do Lago Fyne, insere-o numa paisagem ainda mais cativante, que as cores do entardecer só glorificam.

Lago Fyne

A chegada a Glasgow só aconteceu bem depois das 21h, mas valeu bem a pena, aproveitar o dia no percurso ao invés de no destino…

Nas Terras Altas escocesas

O segundo dia na Escócia começou no hotel, com um pequeno almoço continental para uns, e um tipicamente Macdonald escocês para outro.

Macdonald - pequeno almoço

O percurso previamente definido, sofreu alterações ao longo do dia, mas presumo que  o imprevisto também torna um dia de férias ainda mais interessante.

O mapa seguinte, (uma vez mais cortesia do Google maps) resume o resultado final, mas apenas em um sentido, porque o dia acabou uma vez mais no hotel em Inverness.

Segundo dia na Escócia - mapa

O primeiro local que mereceu uma paragem, foi totalmente inesperado. Era um local que o meu marido queria visitar mas que tinha desistido, ao constatar via internet que o local não estaria a laborar durante o período da Páscoa. Assim não se tinha preocupado em descobrir onde ficava concretamente.

No entanto, no percurso para o Castelo Dunrobin, ao apreciar a paisagem, vi uma tabuleta informativa que anunciava a proximidade da Destilaria Glenmorangie. Essa era justamente a destilaria sobre a qual o meu marido tinha pesquisado, e decidimos espreitar se realmente estaria tudo fechado ou se daria para visitar.

Glenmorangie street sign 1

Os prenuncios eram encorajadores, já que haviam vários automóveis, estacionados no parque.

Destilaria Glenmorangie 1

Efectivamente, era possível visitar a destilaria, mas foi a loja, em um  pequeno edífício anexo, que mais despertou a nossa atenção.

Destilaria Glenmorangie 2

A loja é elegante e selecta, e possuia algumas garrafas de Whisky que a avaliar pelo seu preço, suponho que só podiam ser excepcionais.

Destilaria Glenmorangie 3

Depois da destilaria, a viagem continuou em direcção ao Castelo Dunrobin, um dos castelos que eu tinha mais interesse em visitar nas Terras Altas escocesas.

Castelo Dunrobin - indicacao

O Castelo Dunrobin parece literalmente retirado de um Conto de Fadas.

Dunrobin Castle postcard

O Castelo Dunrobin é das grandes casas, a que se encontra mais a norte na Escócia, sendo mesmo a maior das Terras Altas com 189 quartos, e uma das casas britânicas mais antigas continuamente habitadas, datando em parte dos inícios dos anos 1300.

Trata-se da casa histórica dos Condes e Duques de Sutherland. A Primeira parte do edifício data de cerca de 1275 e possui várias extensões posteriores.

Eis a planta informativa do que se pode encontrar na propriedade.

Dunrobin Castle plan

E mesmo em um dia com muitas semelhanças a um outonal, não perde muito do seu encanto.

Castelo Dunrobin - castelo e jardim

Além do jardim, também tive o desprazer de visitar o Museu, anexo à propriedade, onde estão expostos os trofeus e comprovativos de caça dos ancestrais da família Sutherland. Para mim o museu pode ter o efeito de incentivar a caça furtiva, de alguma forma enaltecendo-a, o que só pode ter repercuções nefastas.

Castelo Dunrobin - Museu

Já dentro do Castelo, não era permitido tirar fotografias, pelo que as que possuo se limitam à entrada, onde se adquirem os bilhetes, o que não revela muito do seu interior.

Castelo Dunrobin - interior

Assim na loja não saí sem o Guia oficial do Castelo (e sem mais uma decoração para a minha árvore de Natal).

Dunrobin Castle guide

Após dar por concluida a visita ao castelo Dunrobin, eis chegada a altura de alterar os planos seguintes (que implicavam uma inversão de marcha e seguir no sentido contrário, em direccao à região de Speyside, especialmente pródiga em destilarias de Whisky).

Assim o destino continou em direcção à extremidade mais a norte da ilha da Grã-Bretanha, num percurso predominantemente junto à costa até John O’ Groats.

Percurso até John O Groats

O principal motivo para a visita a este vilarejo, é simples. O local é conhecido por ser uma das extremidades da distância mais longa entre dois pontos continentais britânicos habitados, com a extremidade da terra a sudoeste, em Cornwall a distar 876 milhas (1.410 quilômetros) de John O’ Groats.

John o Groats

Numa lojinha nas imediações, além de adquirir um postal ilustrativo do percurso destas 876 milhas, não resisti a comprar também uma bola com motivos escoceses para decorar a minha árvore de Natal.

John O Groats

Dever cumprido, chegamos a John O’ Groats, era por isso altura de finalmente regressar a Inverness, sem mais desvios previstos. Até porque o Castelo e Jardins de Mey, que fica nas imediações, estava ainda fechado ao publico.

A chegada a Inverness foi bem mais tardia que quaisquer previsões podiam antever, pois na viagem de regresso encontramos uma fila interminavel de veiculos na estrada, consequência de um veículo pesado a obstruir completamente as vias.

veiculo pesado na estrada

E descobrimos em “primeira mão” a parca quantidade de estradas alternativas e o quão estreitas, apenas com uma faixa de rodagem,  as estradas na Escócia podem ser.

O aspecto positivo do percurso alternativo utilizado, foi poder apreciar um pouco a costa oeste da Escócia, ver as ovelhas a uma incrível proximidade e desfrutar ainda mais da paisagem.

Percurso de regressoa a Inverness

Assim a chegada a Inverness foi apenas para jantar, e descobrir que a maioria dos Restaurantes escoceses estão interditos a menores de 16 anos a partir das 21h, por servirem bebidas alcoolicas e funcionarem como Pubs também.

Acabo este artigo com Inverness ao anoitecer, com o seu castelo e as margens junto ao Rio Ness.

Inverness ao anoitecer

Em terras da “Mary, Queen of Scots”

As férias da Páscoa 2017 começaram demasiado cedo, para quaisquer padrões convencionais, uma vez que o voo entre Munique e Edinburgo estava marcado para as 5:55 de manhã. Como se tratou de um voo directo, não houve atrasos dignos de referência, a chegada ao aeroporto de Edinburgo foi registada cerca das 7:20, hora local.

O aeroporto de Edinburgo, tratando-se do aeroporto da capital do país, admito que o esperava com maiores dimensões e melhores infraestruturas, nada comparável com o de Munique por exemplo. Suponho que seja reflexo do nível de afluxo diário de voos e passageiros, que ambos possuem, que justificará em parte essa diferença. Com isso não pretendo dizer, que se trate de um aeroporto rudimentar, ou que tenha sido complicado e demorado sair do mesmo, muito pelo contrário.

Aeroporto de Edinburgo

Com as malas despachadas já em nossa posse, o passo seguinte foi encontrar o balcão  de atendimento da Sixt, onde tinhamos previamente feito o aluguer de uma viatura. Aí o atendimento foi bastante expedito e agradável, conforme os padrões esperados. Houve mesmo um upgrade da viatura oferecida, o que é sempre agradável, e acabamos por saír do aeroporto com um Mercedes-Benz Classe C novo.

Auto - Sixt

Os planos para o primeiro dia na Escócia, não envolviam ficar na capital do país, antes rumar em direção à capital das Terras Altas escocesas (Highlands), mas não necessariamente optar pelo caminho mais directo para lá chegar.

A minha proposta implicava várias paragens durante o percurso, com o objectivo de explorar algumas atrações turísticas. Claro que à priori eu acho sempre que o tempo é elástico, que nós somos imunes ao cansaço (consequência de termos madrugado), e que por isso conseguimos visitar mais do que é humanamente possível.

O resultado final ficou bastante aquêm das minhas expectativas iniciais, mas no computo geral, ainda assim, diria que foi um sucesso. O mapa seguinte, “cortesia” do Google maps, ilustra os locais, no percurso, que efectivamente visitamos.

Primeiro dia na Escócia - mapa

O primeiro local onde paramos foi em Linlithgow. O motivo era simples, pretendia visitar o Palácio onde a Rainha Mary Stuart nasceu, o Palácio de Linlithgow.

O dia digno de Outono e não de Primavera, não nos impediu de desfrutar da agradável paisagem do Palácio e Igreja Paroquial de St Michael, avistada junto ao lago com nome homónimo.

Palácio de Linlithgow 1

Palácio de Linlithgow

O caminho de acesso principal ao Palácio, é feito passando primeiro por uma praça com a Cruz e seu icónico Poço no centro, local central da cidade onde se realizam mercados, cerimónias publicas e anúncios.

O edifício com uma torre de relógio, à esquerda do Poço na foto abaixo, foi outrora o edifício Municipal da cidade, construido entre 1668-70 por John Smith, baseado nos planos de John Mylne, Mestre Masson  de Charles I e Charles II. Actualmente é um Centro de Artes da Comunidade denominado de Burgh Halls.

Linlithgow 2

Poço da Cruz,  Antigo Edifício Municipal – Burgh Halls

Continuando pelo Kirkgate chega-se ao portão do Palácio, com os brasões que registram a linha real de sucessão. O Portão data de cerca de 1535, e os quatro paineis esculpidos e pintados representam as ordens de cavalaria transmitidas por James V – o Velo de Ouro, São Miguel, a Jarreteira e o Cardo.

Linlithgow 3

Imediatamente depois de se passar pelo portão do Palácio, encontra-se a Igreja Paroquial de S. Miguel.

A igreja foi consagrada em 1242, mas sofreu um fogo em 1424 e foi reconstruida pouco depois na sua forma actual. Em 1821 perdeu  a sua coroa de pedra do século XV, a qual foi substituida em 1964 pela actual de alumínio.

Linlithgow 4

Ao lado encontra-se o motivo principal da visita à cidade, o Palácio de Linlithgow.

Linlithgow 5

Uma casa senhorial real foi construida no local do presente palácio, no século XII. O actual edifício quadrado começou a ser construido em 1424 para o Rei James I e foi concluido após dois séculos. James V nasceu neste palácio em 1512 e Mary, Rainha dos Escoceses, em 1542.

O Parlamento Escocês encontrou-se no grande salão em diversas ocasiões, sendo que a ultima foi em 1646. O Palácio foi fortificado e ocupado durante 1650-59 por Oliver Cromwell, e eviscerado pelo fogo em 1746 depois da ocupação pelos soldados do Duque de Cumberland e permaneceu sem telhado desde então.

Actualmente encontra-se em ruinas, e por isso a visita que fizemos ao mesmo foi curta que o inicialmente previsto. A estátua no jardim é da Rainha Mary.

Palácio de Linlithgow 3

Onde despendemos mais tempo, foi a explorar a loja do Palácio. Aí adquiri um livro sobre os Castelos escoceses “Scottisch Castles & Fortifications” e um postal.

Linlithgow Palace

Depois de Linlithgow, o destino seguinte foi Stirling onde havia um castelo que queria impreterivelmente visitar, o Castelo de Stirling.

Ao contrário do anterior, este não se encontra em ruinas e tem muito mais para visitar.

Stirling Castle_0001

Como o castelo fica no cimo de um rochedo, a paisagem avistada do mesmo é magnifica, e o Monumento Wallace, à distância, destaca-se indiscutivelmente tornando-se incontornável.

Wallace Monument avistado do castelo de Stirling

O magnificente Castelo de Stirling dominou a história escocesa durante séculos, e permanece como um dos melhores exemplos da arquitectura renascentista na Escócia.

O edifício actual remonta aos séculos XV e XVI e foi defendido contra os Jacobitas em 1746. Entre 1881 e 1964 foi usado como um depósito para recrutas dos Highlanders de Argyll e Sutherland (Regimento de Infantaria), mas agora não serve quaisquer funções militares.

Gerações de monarcas escoceses, ampliaram, adaptaram e embelezaram o castelo durante séculos. O Palácio Real foi a casa de infância da Mary, Rainha dos Escoceses.

Não faltavam assim motivos, para este castelo ter caído no meu radar de castelos que queria visitar.

O mapa seguinte, retirado do site oficial do castelo, ilustra o quanto há para explorar no Castelo de Stirling.

Stirling Castle Map

E incontornavelmente, a visita exploratória começa passando pela entrada principal. Depois de apreciar as vistas e a estátua de Roberto I, embainhando a sua espada após a Batalha de Bannockburn em 1314.

Castelo Stirling 1

Depois de adquiridos os bilhetes, claro que visitei a loja do pátio, mas como se pode ver pelo mapa, essa não é a única loja nas instalações.

Após o controlo dos bilhetes encontra-se do lado esquerdo o acesso ao jardim da Rainha Anne, e do lado direito o Café Unicórnio (algo que despertou muito mais o interesse do meu “5 palmos”).

Castelo Stirling 2

Já o Esporão Francês com os seus canhões, fica por cima do Café, e do mesmo também se pode desfrutar de uma paisagem fantástica.

Castelo Stirling 3

E depois de apreciar a paisagem, eis que finalmente atravessamos o portão com as duas torres laterais circulares e chegamos ao pátio exterior.

Antes de visitarmos os Edifícios reais propriamente ditos, optamos por visitar primeiro a Cozinha, e a exposição de Tapeçarias.

Achei particularmente interessante na cozinha todo o ambiente encenado que parecia muito autêntico.

Castelo Stirling 4

Já a exposição de tapeçarias ajudou-me a perceber melhor o porquê do logótipo do Castelo ter um Unicórnio, uma vez que o tema das tapeçarias conta a história da Caça de um e qual o seu simbolismo. (As tapeçarias ilustradas nos placares, essas estão nas paredes das salas do Castelo.)

Castelo Stirling 5

De regresso agora ao Pátio Interior, as fachadas dos vários edifícios que o envolvem, evidenciam que não foram construidos simultaneamente, ambos foram resultado de ampliações sucessivas, pelos diferentes estilos e materiais usados.

Castelo Stirling 6

O Grande Salão (edificio com as fachadas exteriores pintadas de amarelo pálido, oficialmente, dourado real) foi concluido para James IV em 1503 e é o maior deste tipo alguma vez construido na Escócia. Foi usado para festas, danças e concursos e possui grandes janelas do lado onde se sentam os reis à mesa.

Castelo Stirling 7

Através de uma porta lateral ao fundo do salão, acede-se directamente ao edifício do Palácio Real. Trata-se de uma autêntica viagem no tempo, à época do reinado de James V, da infância da  Mary Stuart e da realeza do século XVI.

Além das divisões incrivelmente bem conservadas, tratadas e magnificamente decoradas, o que mais me agradou foram as personagens vestidas a rigor de acordo com época, com as quais podiamos interagir, e descobrir por essa via pormenores sobre as vivências, intrigas e acontecimentos da corte da altura.

Castelo Stirling 8

O terraço conhecido como Posto de Observação das Senhoras, como o próprio nome sugere, era usado pelas damas da corte para apreciarem a paisagem circundante. Acede-se ao mesmo através de uma porta do palácio para o exterior.

Castelo Stirling 9

Depois do palácio seguiu-se a visita ao Museu do Regimento, algo que confesso despertou mais o interesse e atenção do meu marido do que o meu.  Pessoalmente o que eu achei mais piada foi apreciar os Kilts e outros acessórios que constituem a indumentária típica e tradicional escocesa.

Castelo Stirling 10

Por fim, visitamos a Capela Real, o ultimo dos edificios reais erguidos no Castelo. Construida em apenas sete meses, por ordens de James VI que queria um local adequado para o baptismo do seu filho e herdeiro Principe Henrique. Data de 1593-4 e foi uma das primeiras igrejas protestantes na Escócia.

 

Castelo Stirling 11

A visita à descoberta deste castelo e de muitos dos seus recantos, agradou-me imenso, mas era chegada a altura de continuar viagem em direcção a Inverness.

Desta vez sem mais paragens previstas no percurso, pois o cansaço tinha-se apoderado dos “turistas” que madrugaram, e que só desejavam a paragem final, aquela que os levaria ao quarto do hotel.

A viagem exploratória pela Escócia continuou no dia seguinte por outras paragens…

Páscoa 2017…

A época da Páscoa está aí.

O Domingo de Ramos, foi um dia calmo por aqui, consequência natural dos meus dois afilhados viverem em Portugal e eu não. Não recebi nenhum ramo de flores, como “reza” a tradição, mas também quem me conhece sabe que não gosto de receber flores naturais.

Em contrapartida, recebi antecipadamente pelo correio um Ovo da Villeroy & Boch, recheado com amêndoas de chocolate deliciosas, onde não faltavam flores, no padrão, enviado pela minha querida afilhada.

Ovo Páscoa

O meu “cinco palmos” começou as suas duas semanas de merecidas férias e por isso também iremos aproveitar para tirar alguns dias de férias fora de casa… O destino, esse certamente será motivo de algum artigo posteriormente.

Mas antes disso, gostaria de desejar a todos os que passam por este Blog, uma Páscoa fantástica, repleta da ressureição de bons sentimentos e rodeados por amigos e familiares, numa festa, que para muitos é vivida em família e cheia de tradições e momentos memoráveis.

Deixo-vos a minha árvore de Páscoa carregada de ovos, flores e não só… símbolos do renascimento, da vida e da alegria, que sabe sempre melhor quando é partilhada.

Decoracoes de Pascoa 2017_0002

Um dia no “Campo”

O segundo dia passado em Washington, foi sobretudo desfrutado fora da cidade…

A ideia começou no dia anterior, mas foi cerca das 4h da manhã, consequência uma vez mais dos efeitos do Jet Lag, e estarmos precocemente acordados, que a reserva foi feita, para visitar Mount Vernon no próprio dia, numa excursão de autocarro com partida às 11h de 420 L’Enfant Plaza SW, Washington, DC. A companhia que ofereceu o programa que procuravamos e com disponibilidade para o próprio dia foi a D.C. Trails.

Chegar à L’Enfant Plaza SW, não foi díficil, já que existe uma paragem da linha de metro com essa mesma designação.

A excursão oferecia a visita não apenas a Mount Vernon, destino principal pretendido, mas uma paragem intermédia para visitar a cidade histórica de Alexandria.

Outras excursões, ofereciam igualmente no pacote, a visita ao Cemitério Nacional de Arlington, mas confesso que não tinha um interesse particular em visita-lo, pelo que não fiquei  desapontada por aquela que marcamos não possuir.

Em Washington D.C, o condutor e guia turista, procurou conduzir o autocarro o mais lentamente possível, facultando o máximo de informações possível, sobre os locais e atracções turísticas por onde passavamos.

Saídos de Washington D.C., o autocarro conduziu-nos em direcção à cidade histórica de Alexandria, passando no percurso perto do Pentagono, por exemplo.

Na cidade de Alexandria paramos para uma curta visita à Igreja de Cristo, a Igreja que George Washington frequentava, enquanto viveu na cidade.

Igreja de Cristo - Alexandria

Historia da Igreja de Cristo

Depois da curta paragem na Igreja, regressamos ao autocarro, e demos algumas voltas pela cidade a uma incrível lenta velocidade, para melhor apreciarmos alguns edifícios que constituem o património histórico da cidade, incluindo aquela que é considerada a casa mais estreita e pequena dos EUA, uma escola para cães e a casa onde o General George Washington viveu na cidade (a casa branca com a decoração azul, vermelho e branco por baixo das janelas).

As casas históricas estão todas devidamente assinaladas na sua fachada com uma placa metálica em forma de uma elipse, e segundo o guia custam um absoluto balúrdio.

Alexandria

Depois de Alexandria ficar para trás, Mount Vernon começou a ficar cada vez mais perto até finalmente chegarmos ao destino.

Mount Vernon é uma extensa propriedade com plantação, localizada nas proximidades de Alexandria, no Estado da Virginia, junto ao Rio Potomac. Pertenceu ao Primeiro Presidente dos Estados Unidos, antes, durante e depois de o ter sido. Nela encontram-se vários edifícios, alguns que persistem desde o tempo em que George Washington lá viveu, como a mansão por exemplo, e outros bem mais recentes, e que tornam a visita ainda mais rica e agradável, destacando-se a este nível o Museu, a área de apoio, de restauração, e de lojas.

O bom estado de conservação actual deve-se ao empenho e dedicação da “Mount Vernon Ladies’ Association” (Associação das Damas de Mount Vernon), que se juntaram para impedir a deterioração da propriedade, reabrindo-a ao publico em 1860, depois de esta ter caído em declínio com após a morte de George Washington em 1799.

Mapa Mount Vernon

Após a paragem do autocarro nas imediações da propriedade, a primeira indicação de que estamos no local certo é a sinalectica informativa.

Mount Vernon_0002

Mais à frente é possivel adquirir os bilhetes para visitar a mansão num horário pré-determinado, mas no nosso caso os bilhetes faziam parte do pacote, pelo que foi só uma questão de os levantar na bilheteira (abaixo encontra-se o do meu “5 Palmos”, o único jovem do grupo).

Mount Vernon Ticket

E como não nos restava muito tempo para cumprirmos o horário no bilhete, convinha dirigirmo-nos para a mansão com diligência.

Mount Vernon_0010

No percurso, do lado esquerdo da mansão, encontra-se a Greenhouse, um dos maiores edifícos da propriedade, que servia para proteger não apenas as plantas, como uma estufa, mas também como residência dos escravos que trabalhavam na propriedade.

Mount Vernon_0013

Mas no interior da mansão, era expressamente proibido tirar fotografias, e eu cumpri as regras, pelo que não possuo nenhuma.

Assim as fotos que possuo são apenas do seu exterior, e neste caso, da fachada traseira da mansão.

Mount Vernon - Mansao

A paisagem que se pode avistar em frente à mesma, admito, essa realmente merece ser avistada todos os dias ao acordar e ao adormecer…

Vista sobre o Pontomac

Os estábulos remontam ao tempo do General G. W., e persistem pouco ou nada inalterados. Era aqui que ele guardava muitos dos seus cavalos e algumas carruagens, e escusado será dizer, que como General era um ótimo cavaleiro.

Mount Vernon - Estabulos

O Túmulo onde George Washington deixou escrito no seu testamento, que queria ser sepultado, e que foi construido posteriormente (mais de 30 anos depois da sua morte) segundo os seus planos, para esse efeito.

Mount Vernon - Tumulo de George Washington e esposa

A propriedade possui igualmente um Ancoradouro, utilizado actualmente, entre Abril e Outubro, pelos que fazem um cruzeiro pelo Rio Potomac e chegam por esta via para visitar Mount Vernon.

Mount Vernon - Ancoradouro

Mount Vernon - no Ancoradouro

A proximidade ao rio Potomac, era encarada pelo General George Washington, de forma positiva, por vários motivos, e não apenas paisagistas, afinal ele também gostava de pescar, era prático e tinha um espirito bastante empreendedor.

Mount Vernon - pescaria

E claro que não eram apenas “os recursos” do Rio, mas também os da Terra que eram extraidos da propriedade e alvo do espírito empreendedor de George Washington.

Perto do Ancoradouro, pode-se ver também o Pomar e o Viveiro de plantas da propriedade.

Mount Vernon - Pomar e Viveiro

Além da Agricultura, a  Pecuária, também era bem explorada na Propriedade, e por isso não faltavam nem faltam igualmente animais, como ovelhas por exemplo.

Mount Vernon - ovelhas

O Museu dedicado à vida e obra de George Washington, é uma magnífica lição histórica interactiva, que apreciei imenso visitar. Sem dúvida uma muito mais recente “aquisição” e mais valia para quem descobre Mount Vernon.

Mount Vernon -Museu 1

Mount Vernon -Museu 2

Mount Vernon -Museu 3

Depois da visita ao Museu, chegou finalmente à altura que o meu “5 Palmos” já pedia e ansiava fazia bastante tempo, almoçar.

E depois do almoço, pude deliciar-me um pouco na loja, descobrir que a porcelana que lá vendiam, inesperadamente era da Vista Alegre, e adquirir mais alguns enfeites para decorarem a minha árvore de Natal.

Mount Vernon - Loja

Mount Vernon - Loja 2

Depois da loja… e porque já estavamos em “cima da hora” combinada, era altura de regressar ao autocarro e fazer a viagem de regresso até Washington D.C.

Primeiro dia em Washington D.C.

O primeiro dia em Washington, começou cedo por efeitos de “jet lag”. O dia estava solarengo, e bastante primaveril com temperaturas bastante convidativas para passear pela cidade.

Washington DC

Com um mapa de Washington D.C. nas mãos (obtido na recepção do hotel), era chegada a altura de decidir qual o caminho a seguir e que local visitar primeiro.

washington-dc-capitol-hill-map

Atendendo a que o ponto de partida era Foggy Bottom, e que estava tudo por visitar, o percurso a seguir, que parecia fazer mais sentido, era continuar pela 23ª Rua até ao Lincoln Memorial (extremidade esquerda do mapa anterior).

No percurso ainda haviam vestígios da sinalização existente relativa ao dia de Inauguração do 58º Presidente, afinal todos os que quiseram assistir eram convidados fazê-lo, deslocando-se a pé.

sinalectica dia inauguracao

E também se passa pelo edifício do Instituto da Paz dos Estados Unidos.

Instituto de Paz dos Estados Unidos

Mas efectivamente era o “Lincoln Memorial” que merecia especial atenção de todos os turistas nas imediações.

Lincoln Memorial

E se era a monumental estátua de Abraham Lincoln no centro interior do memorial, que inspirava respeito e todos queriam ver e visitar, eram os discursos gravados nas paredes que lhe davam maior significado e importância por tudo o que representavam.

Discursos Lincoln

 Depois do Memorial de Abraham Lincoln ter ficado para trás, o Espelho de Água em frente ao Memorial, e o Monumento de Washington, um obelisco de enormes proporções, são impossíveis de ignorar.

O Espelho de Água foi apreciado e percorrido pelo seu lado Norte pelo que  só avistei à distância o Memorial dos Veteranos da Guerra da Coreia, com os seus soldados a lembrarem os típicos exércitos em terracotta, assim como o Distrito de Columbia War Memorial (com a forma de um Monóptero), que homenageia os cidadãos do Distrito de Colúmbia que serviram na Primeira Guerra Mundial.

Espelho de Agua em Frente ao Memorial de Lincoln

A colmatar na extremidade do Espelho de Agua, encontra-se o impressionante Memorial da Segunda Guerra Mundial.

Memorial da II Guerra Mundial

Depois de deambular um pouco pelo Memorial, a vontade de ingerir algo, de preferência sentada e num ambiente confortavel e acolhedor, fez-me desviar do “National Mall”, onde tirando as tradicionais carrinhas ambulantes de “Fast Food”, não existem cafés, restaurantes e afins nas imediações,  e subir a 17ª Rua NW, em busca de um local aprazível que preenchesse os requisitos pretendidos.

Mas a 17ª Rua NW, também não é uma rua qualquer, e são vários os edifíicios que lá se encontram dignos de referência. Como por exemplo o edifício principal da Organização dos Estados Unidos, o Memorial Continental Hall – Edificio principal da DAR (Daughters of the American Revolution), o edifício da American National Red Cross, ou o edifício do Corcoran School of the Arts & Design, e o majestoso Eisenhower Executive Office Building.

Na Rua 17 NW

Convém referir que o majestoso edifício Eisenhower fica ao lado do “West Wing da White House” e em frente  à Galeria Renwick, ou seja, está muito bem acompanhado e localizado.

Dwight D Eisenhower Executive Office Building - sinalectica

E como gosto de arte contemporânea, a Galeria Renwick, foi um dos museus que não perdi a oportunidade de visitar.

Renwick Gallery

Foram várias as peças expostas que apreciei bastante, eis apenas algumas delas:

Renwick Gallery - exposicao

Claro que depois de sair da Galeria, queria apreciar a “White House” o melhor possivel, atendendo ao que o extenso perímetro de segurança permitia. Mas foram as estatuas da Praça Lafayette  (norte da White House) que eu pude realmente ver de perto.

Praça Lafayette e White House

E se a White House era o local que todos queriam fotografar entre o gradeamento na Praça, uns metros mais à frente, e depois de passar na Avenida de Pensilvania, em frente aos edifícios do Tribunal Federal das Reclamações dos EUA, do PNC Bank – Bank of América, e do Tesouro dos EUA, na esquina entre a Rua 15ª NW e a Avenida de Nova York NW era certamente onde iriam a seguir, já que é onde se encontra a loja de souvenirs da Casa Branca.

Na Avenida de Pensilvania NW

E na montra da loja de souvenirs, não faltam artigos, alguns bastante peculiares até (como uma espécie de tarteira em vidro cuja cobertura parece a cupola do Capitólio). No interior a quantidade e diversidade de artigos é realmente enorme, e existe para todos os gostos e “preferências politicas” devo acrescentar. Não faltam as cores da Bandeira dos EUA, nem obviamente artigos com o popular slogan “Make America great Again”…

Loja de souvernirs da Casa Branca

(Não resisti a adquirir aqui duas decorações para a minha árvore de Natal, confesso: uma bola e uma decoração metálica alusiva ao Festival das flores de cerejeira.)

Descendo pelo passeio da Rua 15ª NW, pelo lado da loja, umas placas metálicas circulares no chão despertaram a minha atenção e interesse. Tratava-se afinal de um monumento denominado de “The Extra Mile” que pretendia homenagear desta forma pessoas ilustres em diversas áreas.

The extra Mile

O percurso continuou, o que me permitiu posteriormente, virando para a Rua E NW (perpendicular à 15ª), apreciar de novo a Casa Branca, mas agora a sua fachada Sul com os jardins.

Casa Branca - lado Sul

Depois da Casa Branca ter ficado para trás, era chegada a altura de regressar ao National Mall, e apreciar de perto o Obelisco conhecido como Monumento de Washington. Até à Primavera de 2019, não é possível visitar o interior do Monumento pois este encontra-se em obras de reparação e substituição do elevador, ainda por consequência do tremor-de-terra que afectou o estado da Virgínia em 2011.

Monumento de Washington

Deste “ponto central” no National Mall foi interessante vislumbrar os monumentos uma vez mais, que culminam na extremidade Oeste no Lincoln Memorial, e  na extremidade Este no imponente edifício do Capitólio. Foi curioso igualmente presenciar a quantidade de carrinhas de Fast Food que se alinhavam em frente, na rua mais próxima.

 Vistas a partir do Monumento de Washington

Depois de passar por este corredor de carrinhas de Fast Food, e nada imbuida do espírito tipicamente americano, de saciar a fome desta forma, continuei em direcção a um edifício que até então não sabia de que se tratava. Mas lá que tinha um design muito sui generis e um estilo que contrastava com todos os outros que ficavam em “Downtown” isso era inegável. Tratava-se afinal do Museu Nacional da História e Cultura Afro-Americana. Um Museu inaugurado em Outubro de 2016, pelo então Presidente Barack Obama.

Museu Nacional de História e Cultura Afro-Americana

Apesar de todos os Museus em Washington D.C. terem entrada gratuita (excepto três), existe um “catch” para visitar este. Ou seja, não é possível simplesmente chegar ao Museu, entrar e visitá-lo, é necessário possuir previamente bilhetes para esse efeito, e isso é obtido através do site do Museu aqui.

Como não tinha um interesse especial em visita-lo, não fiquei particularmente aborrecida ou transtornada com esse inconveniente.

Assim, a visita à cidade continuou passeando pela frente de vários outros museus que pertencem ao Instituto Smithsonian.

Mapa dos Museus do Instituto Smithsonian

Mas foram os Arquivos Nacionais dos Estados Unidos da América que me despertaram maior interesse em visitar, e por um motivo muito simples, era aqui que se podiam ver os documentos de Fundação dos Estados Unidos: A Declaração de Independência, a Constituição e a Declaração dos Direitos dos Estados Unidos.

Arquivos Nacionais dos Estado Unidos da América

O dia entretanto em termos atmosféricos deteriou-se consideravelmente, e começou a ficar cinzento, e a chover, tornando-se nada convidativo a continuar a explorar a cidade. Assim decidi regressar, mais cedo que o previsto, ao hotel e recuperar um pouco dos efeitos do jet lag que persistiam.

O que este primeiro dia em Washington me deixou completamente convencida, é o quanto “Downtown” se encontra “apinhada” de Edificios, Memoriais e monumentos  emblemáticos e de extrema importância para os EUA, por metro quadrado, sejam eles históricos, governamentais, museus, ou sede de organizações com reconhecida relevância a nivel mundial.

Isso, e o quanto é dificil encontrar lojas, cafés, restaurantes, ou algo do género, nas imediações da área do “National Mall“. (O pequeno-almoço foi tomado perto da Casa Branca, num Cosi, e o Almoço no Carmine’s)

E se… uma viagem inesperada

No dia em que o meu marido regressava de uma viagem a trabalho à Irlanda, antes mesmo de colocar o telemóvel em “flight mode” enviou-me uma sms com uma proposta do tipo:

“Porque não voamos todos para Harrisburg na semana do Carnaval? Fim de semana em Washington?”

Contexto:

Na Baviera existe uma semana de férias escolares de Inverno durante o Carnaval, e já andavamos a pensar tirar pelo menos dois dias de férias durante essa período, só não tinhamos decidido minimamente acerca do destino.

Por outro lado o meu marido realmente precisava de viajar para Harrisburg a trabalho e lá ficar durante uma semana. O problema, é que haviam algumas restrições com as datas, pois eu tinha-o advertido que gostaria de contar com a sua presença para o meu aniversário e para o nosso aniversário de casamento, duas datas muito próximas uma da outra.

A proposta dele seria uma forma de conciliar a necessidade de ir a Harrisburg, e poder antecipar ao máximo a hipótese de regresso dos EUA, já que adiantaria a ida.

A minha contra proposta limitou-se a aceitar o fim-de-semana em Washington, extende-lo até terça-feira, altura em que eu e o meu “5 palmos” regressariamos a Munique e o meu marido viajaria até Harrisburg onde ficaria durante uma semana.

A contra-proposta foi aceite, e as viagens de avião via Lufthansa, a reserva de hotel (o River Inn) e os pedidos ESTA, foram todos tratados com menos de uma semana de antecedencia, da nossa partida de Munique, tendo como destino Washington D.C.

O dia de partida, foi uma sexta-feira, em um horário que não era incompativel com o facto do meu “5 palmos” ter aulas de manhã. Inclusivamente festejou o Carnaval na escola, fantasiando-se durante uma hora escolar. Este ano os seus festejos carnavalescos limitaram-se a essa hora na escola…

Mas ele saiu de lá todo contente e entusiasmado, com a mochila  nas costas e o saco com a fantasia na mão, porque uma viagem de avião, de longa duração o aguardava, e ele aprecia isso, não o incomodando minimamente as horas que passa a voar, com limitação de movimentos, pois existe entretenimento televisivo a bordo.

O Terminal 2 do Aeroporto de Munique (para voos da Lufthansa e da Star Alliance),  estava particularmente congestionado na área de scâner de pessoas e bagagens de mão. Pois tal como nós, muitas pessoas tinham optado por viajar assim que as férias escolares de Inverno começavam…

Foi a primeira vez que utilizei o novo Terminal 2 satélite do aeroporto de Munique, pois desta vez a nossa porta de embarque tinha a letra “L” (as letras G e H ficam no Terminal principal, enquanto as letras K e L ficam no satélite). Isso implicou andar no comboio/metro subterrâneo que liga o edificio principal ao satélite. Mais uma experiência agradável vivida, a acrescentar a outras no primeiro aeroporto da Europa a possuir 5 estrelas em termos de serviços.

Mapa do aeroporto de Munique

A viagem de avião decorreu sem qualquer contratempo, e tive oportunidade de assistir a alguns dos filmes que estava ansiosa para ver e pretendia adquirir em Bluray. O meu “5 palmos” também se manteve entretido com jogos e uns filmes, e claro reservou algum tempo para dormir…

A chegada ao Aeroporto Internacional de Dulles foi bastante pacífica. Depois da saída do avião no terminal D fomos encaminhados para apanhar um Shuttle (espécie de autocarro largo e alcatifado, com dois corredores e um banco corrido no meio, que parece ter umas chaminés no meio, isto é, com um aspecto estranho) e que faz a ligação entre esse terminal e o edifício das chegadas internacionais.

Mapa do aeroporto de Dulles

O controlo de passaportes e de segurança foi bem menos congestinado e demorado do que eu tinha previsto, o que é sempre algo favorável.

Não houve qualquer problema com o levantamento das malas, e o desafio seguinte era descobrir a forma de chegar ao hotel através de transportes publicos. Tal também se revelou menos desafiante e mais simples do que esperava, mas afinal na altura de reservar o hotel para a nossa estadia em Washington D.C. eu também tive a preocupação de escolher um que ficasse perto de uma estação de metro (e que em termos de localização relativamente ao centro da cidade, estivesse bem cotado, claro).

Mapa do sistema de metro Washington DC

A solução implicou usar primeiro um autocarro da “Silver Line – SV” que faz a ligação entre o aeroporto e a estação de metro “Wiehle-Reston East” (linha cinza a tracejado) enquanto a linha de metro não está concluida. Os bilhetes para efectuar esse percurso de autocarro custam 5 USD e são adquiridos num balcão perto da paragem do autocarro.

Depois de chegados Wiehle-Reston East, fazer um pequeno percurso a pé, para chegar efectivamente à estação de metro, adquirir nas máquinas automáticas, os cartões de metro que são recarregaveis com o valor que se pretender, carrega-los, e  finalmente utilizar a linha de metro SV até à estação Foggy Bottom- GWU.

Uma solução simples e eficiente, que nos deixou a cerca de 300m (4 minutos) a pé do hotel, cerca de uma hora depois de termos entrado no autocarro no aeroporto.

O quarto do hotel era espaçoso, bem servido e  com uma pequena cozinha, e o atendimento na recepcao foi bastante atencioso e simpático.

Sem dúvida o River Inn é um hotel que recomendo, e que usaria de novo numa outra estadia em Washington DC.

Quanto à exploração da capital dos EUA, essa ficou para o dia seguinte, e a sua descrição fica reservada para um artigo posterior.

Há datas que são impreteríveis de festejar

Para mim qualquer justificação é boa para festejar. Mas há datas que anualmente são incontornáveis, e que faço questão de celebrar da melhor forma possível, conforme as condições permitem.

Este ano por exemplo, o dia de aniversário do meu casamento pelo civil coincidiu com um sábado, num fim-de-semana em que por vários motivos, sabia que não optariamos por sair de casa.

Se no meu aniversário de nascimento faço questão de festejar  fora, nem que seja apenas para jantar com algumas das pessoas mais importantes da minha vida, já no de casamento, não faço essa questão, e ir para a cozinha e preparar algo especial, é bastante plausível.

Foi justamente com essa ideia em mente que comecei o dia 11 de Março a escolher na internet os pratos que iriam compor a ementa do jantar.

A entrada escolhida, foi uma que já fiz várias vezes, mas que aprecio bastante e que  também costuma ser muito apreciada pelos outros destinatários do jantar.

Para prato principal, queria algo que fosse preparado no forno, permitindo-me assim mais tempo livre, no entretanto, para outras exigências da ementa e dos preparativos, e de preferência que tivesse peixe como ingrediente essencial.

As restrições na escolha da sobremesa prenderam-se sobretudo com os ingredientes de que dispunha em casa, já que a queria preparar de manhã antes de ir para o exterior. Por outro lado queria fugir ao chocolate, pois ao invês de castanho, ao amor associo muito mais facilmente as cores vermelho e rosa. Assim na minha pesquisa, procurei receitas com frutos vermelhos (e leite condensado, um ingrediente que simplesmente adoro)…

Depois de decididos os três pratos, eis chegada a altura de fazer a sobremesa, a colocar no frigorífico, e de preparar as ementas a imprimir.

bodas de aço

A mesa que serviu de cenário principal, para um jantar que desejava fosse especial, foi colocada enquanto o peixe estava no forno, e antes de os camarões exigirem a minha total atenção.

Bodas de Aço - a mesa

Para não variar, escolhi o serviço de porcelana que tanto adoro, da Pip Studio, com algumas peças extra versateis da Asa Selection, uma travessa da Villeroy & Bosch, e apenas copos de água (porque sou abstémia) da Atlantis.

As letras usadas como marcadores de lugar, foram adquiridas durante os Saldos de Natal, na Butlers, e os guardanapos são da Papstar.

Como couvert na mesa, Ciabatta com ervas, pesto de basílico e creme de azeitona Kalamata.

Entretanto a entrada ficou pronta e o jantar podia começar…

Bodas de Aço - a entrada

Ao que se lhe seguiu o prato principal, muito apreciado pelos três.

Bodas de Aço - prato principal

Para coroar um jantar dedicado ao amor e à união, a cor rosa na forma perfeita de um circulo, para simbolizar que não existe princípio nem fim neste sentimento.

Bodas de Aço - a sobremesa

O molho de frutos vermelhos, optei por servi-lo separadamente, assim cada pessoa podia coloca-lo na quantidade que mais lhe aprouvesse, ou mesmo optar pelo bavaroise sem qualquer extra.